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Alfa Romeo na Fórmula 1

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Alfa Romeo (Fórmula 1))
Itália/Suíça Alfa Romeo
Nome completo Alfa Romeo S.p.A
(1950-1951)
Autodelta
(1979)
Marlboro Team Alfa Romeo
(1980-1983)
Benetton Alfa Romeo
(1984-1985)
Alfa Romeo Racing
(2019)
Alfa Romeo Racing Orlen
(2020-2021)
Alfa Romeo F1 Team Orlen
(2022)
Alfa Romeo F1 Team Stake
(2023)
Sede Milão, Itália
Hinwil, Zurique, Suíça (2019-2023)
Pessoal notável Carlo Chiti
Gioacchino Colombo
Robert Choulet
Gérard Ducarouge
Simone Resta
Ian Wright
Luca Furbatto
Frédéric Vasseur
Andreas Seidl
Alessandro Alunni Bravi
James Key
Jan Monchaux
Eric Gandelin
Julien Simon-Chautemps
Xevi Pujolar
Ruth Buscombe
Nome anterior Sauber F1 Team
Nome posterior Stake F1 Team Kick Sauber
Pilotos
Chassis
Motor Alfa Romeo (L8c, F12, V12, V8 turbo) e Ferrari (V6 turbo)
Pneus Pirelli, Goodyear, Michelin e Pirelli
Combustível Shell V-Power
Histórico na Fórmula 1
Estreia GP da Grã-Bretanha de 1950
Último GP Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2023
Grandes Prêmios 214[1]
Campeã de construtores 0 (6º em 1983)
Campeã de pilotos 2 (1950, 1951)
Vitórias 10[1]
Pódios 26[1]
Pole Position 12[1]
Voltas rápidas 16[1]
Pontos 199[1]
Posição no último campeonato
(2023)
9º (16 pontos)

A Alfa Romeo participou da Fórmula 1 como construtor e fornecedor de motores esporadicamente entre 1950 e 1987. A marca retornou como construtor na temporada de 2019, quando a equipe Sauber foi rebatizada para Alfa Romeo. Entre este período a equipe competiu sob uma licença suíça e estava sediada em Hinwil, Suíça e era operada pela Sauber Motorsport AG.[2][3]

Os pilotos da Alfa Romeo conquistaram os dois primeiros Campeonatos Mundiais de Pilotos: Giuseppe Farina em 1950; e Juan Manuel Fangio em 1951. Porém, após estes sucessos, a empresa se retirou da Fórmula 1. Durante a década de 1960, embora a empresa não tivesse presença oficial na Fórmula 1, várias equipes utilizaram motores Alfa Romeo desenvolvidos de forma independente para alimentar os seus carros. No início da década de 1970, a Alfa forneceu suporte de Fórmula 1 ao seu piloto de trabalho Andrea de Adamich, fornecendo versões adaptadas de seu motor V8 de 3 litros do carro esportivo Alfa Romeo Tipo 33/3 para impulsionar a McLaren de Adamich em 1970 e para a March em 1971. Nenhuma dessas combinações de motores marcou pontos no campeonato. Em meados da década de 1970, o engenheiro da Alfa Romeo, Carlo Chiti, projetou um motor flat-12 para substituir o T33 V8, que obteve algum sucesso ao conquistar o Campeonato Mundial de Resistência de 1975. Bernie Ecclestone, então proprietário da equipe Brabham, convenceu a Alfa Romeo a fornecer este motor gratuitamente para a temporada de Fórmula 1 de 1976. Embora a primeira temporada da Brabham-Alfa Romeo tenha sido relativamente modesta, durante os Campeonatos Mundiais de 1977 e 1978 seus carros conquistaram 14 pódios, incluindo duas vitórias em corridas para Niki Lauda.

O departamento esportivo da empresa, Autodelta, regressou como equipe de fábrica em 1979, com a equipe passando a competir sob o nome "Alfa Romeo" a partir da temporada de 1980. Este segundo período como construtor foi menos bem sucedido que o primeiro. Entre o regresso da empresa e a sua retirada como construtor no final de 1985, os pilotos da Alfa Romeo não venceram nenhuma corrida e a equipe nunca terminou acima do sexto lugar no Campeonato Mundial de Construtores. Os motores da equipe também foram fornecidos para Osella de 1983 a 1987, mas marcaram apenas dois pontos no Campeonato Mundial nesse período.

O logotipo da Alfa Romeo regressou à Fórmula 1 em 2015, aparecendo nos carros da Scuderia Ferrari. No final de 2017, a Alfa Romeo anunciou que se tornaria patrocinadora principal da Sauber a partir de 2018[4] e firmou uma parceria técnica e comercial com a equipe. A Alfa Romeo voltou ao esporte quando a Sauber mudou seu nome de construtor para "Alfa Romeo Racing", porém, a propriedade e a administração da equipe permaneceram inalteradas e independentes.[5][6] A parceria da Alfa Romeo com a equipe suíça foi encerrada após o fim da temporada de 2023.[7]

1950–1951: títulos

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O carro de Fórmula 1 Alfa Romeo 159

Em 1950, Giuseppe Farina foi campeão da Fórmula 1 no 158 com compressor, em 1951 Juan Manuel Fangio foi campeão com um Alfetta 159 (uma evolução do 158 com duas etapas de compressor). Na temporada de 1952, a equipe se retira da Fórmula 1 por um tempo.

1961–1979, 1983–1988: fornecedora de motor

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Ver artigo principal: Motores Alfa Romeo na Fórmula 1
O radical Brabham BT46B-Alfa Romeo de 1978, que ficou conhecido como "Fan Car" devido ao seu grande ventilador, era movido por um motor Alfa Romeo.

Em 1961 forneceu motores para a equipe De Tomaso, porém não obteve sucesso e a equipe não marcou um ponto sequer. Entre 1962 e 1972, foi fornecedora de motores para equipes: Cooper, LDS, McLaren e March. Durante esses anos o motor Alfa Romeo não se mostrava competitivo, e só voltou a fornecer motores em 1976, desta vez para a equipe Brabham.

Alfa Romeo Special de Peter de Klerk, utilizada em 1963 e 1965.

Em 1978, na Brabham conseguiu desenvolver um bom motor, o que levou a equipe para um belo 3.º lugar no campeonato de construtores e o 4.º no de pilotos com Niki Lauda (as melhores colocações como fornecedora). Em 1979 resolve voltar à Fórmula 1 como equipe, mas fornece apenas para a Brabham, encerrando esse ciclo. Voltou a fornecer de 1983 a 1987 e a escolhida é a pequena equipe Osella. No GP de Dallas de 1984, Piercarlo Ghinzani termina em 5.º lugar marcando 2 pontos e no GP da Itália, em Monza, marcaria novamente 2 pontos se o austríaco Jo Gartner estivesse elegível para a temporada na Osella.[8] Na temporada de 1988, os motores Alfa Romeo foram rebatizados com o nome da própria Osella, que os desenvolve sozinha. Apenas três provas terminadas, sete abandonos, quatro não qualificações para o grid de largada e também nenhum ponto marcado como nas temporadas anteriores: 1985, 1986 e 1987. Um grande fracasso nessa tentativa de desenvolvimento da própria Osella, que fez a Alfa Romeo deixar a categoria máxima da velocidade.[9]

1979–1985: retorno como equipe

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A temporada de 1979 marca o retorno da Alfa Romeo como equipe, mas não consegue pontuar. Passou mais seis temporadas não conseguindo repetir o sucesso do início da década de 1950, quando conseguiu dois títulos mundiais. O melhor resultado em sua volta, foi um sexto lugar na temporada de 1983 com dezoito pontos e dois pódios: segundo lugar nos GPs: Alemanha e África do Sul conseguidos por Andrea de Cesaris. Em 1984 obteve o único (último) pódio com o terceiro lugar no GP da Itália, Monza, conduzido por Riccardo Patrese. Essa temporada, assim como a de 1985, ela teve o patrocínio da marca Benetton, que viria a ser uma equipe em 1986.

Um Alfa Romeo 179 de 1980.

A temporada de 1985 foi um desastre, porque com o chassi 185T, os carros não terminaram as quatro provas inicias no campeonato. No meio da temporada, "desenterraram" o modelo 184T modificando para 184TB, mas os resultados foram péssimos: não pontuaram e raramente acabavam corridas, devido à pobre fiabilidade do motor e as restrições de gasolina ao qual os motores Turbo estavam sujeitos. No final da época, dadas as dificuldades que a marca passava, a retirada da Formula 1 foi inevitável. Em uma entrevista que deu em 2000, Riccardo Patrese descreveu o 185T como "o pior carro que já dirigi".

A Benetton patrocinou o Alfa Romeo 185T em 1985

A Alfa Romeo saiu da Fórmula 1 como construtora após a corrida final da temporada de 1985 na Austrália.[10]

2018: Parceria com a Sauber

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Charles Leclerc dirigindo o Sauber C37 da Alfa Romeo Sauber F1 Team durante o Grande Prêmio da Áustria de 2018.

Para a temporada de 2018, a Alfa Romeo firmou uma parceria técnica e comercial com a equipe Sauber, que utiliza motores Ferrari, e em 29 de novembro de 2017, foi anunciado que a Alfa Romeo seria o patrocinador título da equipe a partir da temporada de 2018, em um "contrato de parceria técnica e comercial de vários anos",[4] com a equipe suíça passando a se denominar Alfa Romeo Sauber F1 Team.[11] No dia 2 de dezembro de 2017, uma conferência de imprensa foi realizada no Museu Alfa Romeo em Arese (Milão), ilustrando os termos do acordo entre o Grupo FCA e a equipe Sauber, seguida de uma cerimônia de apresentação da pintura e da dupla de pilotos composta por Charles Leclerc e Marcus Ericsson.[12]

No dia 11 de setembro de 2018, foi anunciada a contratação de Kimi Räikkönen pela equipe, em troca com Charles Leclerc, que foi para a Ferrari.

2019–2023: Novo retorno da Alfa Romeo como equipe

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Antonio Giovinazzi, testando o Alfa Romeo Racing C38 em Montmeló em 2019.

Para a temporada de 2019, a Alfa Romeo volta como equipe após a Sauber ser rebatizada para "Alfa Romeo Racing". Mas, diferentemente da BMW Sauber, dessa vez foi alterado apenas o nome de construtor da equipe suíça, com a estrutura de propriedade e gestão permanecendo inalteradas. Esta foi a primeira vez desde 1985 que uma equipe competiu sob o nome Alfa Romeo na Fórmula 1.[5][6]

No início de 2020, a equipe anunciou que havia assinado um contrato de múltiplos anos com a empresa petrolífera polonesa Orlen como seu patrocinador título, com isso a Alfa Romeo alterou seu nome de equipe para "Alfa Romeo Racing Orlen".[13] A equipe permaneceu competindo sob esta designação até o final de 2021, quando a equipe removeu o nome "Racing" da nomenclatura de seu chassi e passou a competir a partir da temporada de 2022 sob o nome "Alfa Romeo F1 Team Orlen".[14]

O acordo entre Sauber e Alfa Romeo era inicialmente válido por dois anos,[15] porém, em 29 de outubro de 2020, as partes anunciaram que o acordo havia sido estendido para até o final de 2021.[16] Em 14 de julho de 2021, a montadora italiana anunciou a renovação da parceria com a Sauber em um acordo de múltiplos anos,[17] mas com essa parceria de longo prazo com a Sauber sendo revisada de forma anual.[18] Em 30 de julho de 2022, a Alfa Romeo confirmou que o acordo com a equipe suíça havia sido renovado por mais um ano, até o fim da temporada de 2023.[19] Porém, em meio a rumores de uma possível compra da Sauber pela Audi, alguns dias depois a Alfa Romeo anunciou o fim da parceria com a equipe suíça após o fim de 2023.[7]

Em janeiro de 2023, a Alfa Romeo anunciou um acordo de patrocínio plurianual com o cassino online Stake, renomeando a equipe para "Alfa Romeo F1 Team Stake" e tendo seu logotipo exibido com destaque no C43.[20] A equipe também assinou um acordo de parceria com a plataforma de transmissão ao vivo Kick, que recebe investimentos do cofundador e proprietário da Stake, Eddie Craven. O nome e o logotipo da Kick substituíram os da Stake em países onde anúncios de jogos de azar e apostas esportivas não são permitidos, assim a equipe competiu sob a denominação "Alfa Romeo F1 Team Kick".[21] A Alfa Romeo correu com uma pintura revisada da Kick no Grande Prêmio da Bélgica de 2023.[22]

Nota: O campeonato de construtores só passou a ser disputado em 1958.

Campeões mundiais

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Campeonatos Pilotos Temporadas
2 Itália Giuseppe Farina 1950
Argentina Juan Manuel Fangio 1951

Vitórias por piloto

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Fangio: 6

Farina: 4

Referências
  1. a b c d e f «Alfa Romeo». STATS F1. Consultado em 29 de agosto de 2022 
  2. «2019 FIA Formula One World Championship Entry List». Federation Internationale de l'Automobile (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
  3. «Provisional 2021 F1 entry list published by FIA». Motorsport Week. 12 de dezembro de 2020. Consultado em 26 de dezembro de 2020 
  4. a b «The Sauber F1 Team enters a multi-year partnership agreement with Alfa Romeo». Sauber F1 Team. Consultado em 29 de novembro de 2017. Arquivado do original em 1 de janeiro de 2018 
  5. a b «Sauber become Alfa Romeo Racing for 2019 F1 season». formula1.com. Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  6. a b «Sauber muda de nome e será a Alfa Romeo Racing na F1 2019». Terra. Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  7. a b «F1: Alfa Romeo confirma fim da parceria com a Sauber após a temporada 2023». motorsport.uol.com.br. 26 de agosto de 2022. Consultado em 26 de agosto de 2022 
  8. «1984 FIA Formula One World Championship» (em inglês). Formula 1 
  9. «Osella Squadra Corse: Allegro ma non troppo». AutoSport 
  10. «Os Gloriosos Fracassos - Alfa Romeo 1979-1985 (2ª parte)». AutoSport. Consultado em 27 de novembro de 2014. Arquivado do original em 4 de dezembro de 2014 
  11. FAZIO, VITOR. «Alfa Romeo fecha parceria técnica com Sauber, rebatiza motores e volta ao grid da F1 após 33 anos». Grande Prêmio. Consultado em 29 de novembro de 2017 
  12. «Sauber confirm Leclerc & Ericsson, as Alfa Romeo livery revealed». Formula 1® - The Official F1® Website (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2017 
  13. «Kubica assina como terceiro piloto da Alfa Romeo e time muda de nome; entenda». motorsport.uol.com.br. 1 de janeiro de 2020. Consultado em 1 de janeiro de 2020 
  14. «2022 FIA Formula One World Championship – Entry List». Fédération Internationale de l'Automobile. 7 de dezembro de 2021. Consultado em 26 de dezembro de 2021 
  15. «F1 – Vasseur confia que a Alfa Romeo vai renovar acordo». autoracing.com.br. 29 de fevereiro de 2020. Consultado em 29 de fevereiro de 2020 
  16. «F1: Sauber estende acordo com Alfa Romeo até final de 2021». motorsport.uol.com.br. 29 de outubro de 2020. Consultado em 29 de outubro de 2020 
  17. «F1: Alfa Romeo anuncia renovação da parceria com a Sauber». motorsport.uol.com.br. 14 de julho de 2021. Consultado em 14 de julho de 2021 
  18. «Audi oficializa entrada na F1 em 2026, mas confirmação de equipe parceira sairá até o fim do ano». motorsport.uol.com.br. 26 de agosto de 2022. Consultado em 26 de agosto de 2022 
  19. «Em meio ao interesse da Audi, CEO da Alfa Romeo confirma manutenção da parceria com Sauber para 2023». motorsport.uol.com.br. 30 de julho de 2022. Consultado em 26 de agosto de 2022 
  20. «Record-breaking title partnership sees launch of Alfa Romeo F1 Team Stake for 2023 and beyond». Sauber Group. 27 de janeiro de 2023. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  21. Rathore, Nischay (2 de fevereiro de 2023). «Sponsorship Trouble Forces Alfa Romeo to Play the Sneaky Game in 2023 F1 Season». EssentiallySports. Consultado em 9 de julho de 2023. Cópia arquivada em 9 de julho de 2023 
  22. Collantine, Keith (24 de julho de 2023). «Alfa Romeo reveal neon green livery changes for Belgian GP · RaceFans». RaceFans (em inglês). Consultado em 24 de julho de 2023. Cópia arquivada em 24 de julho de 2023 
  23. a b «Alfa Romeo announce Valtteri Bottas to join the team in 2022 on multi-year deal». Formula1.com (em inglês). 6 de setembro de 2021. Consultado em 16 de outubro de 2021 
  24. «Alfa Romeo confirm launch date for 2023 challenger». Formula1.com. 20 de janeiro de 2023. Consultado em 20 de janeiro de 2023 
  25. «Alfa Romeo confirm Zhou Guanyu to stay on for 2023». Formula1.com. 27 de Setembro de 2022. Consultado em 27 de Setembro de 2022 
  26. «F1: Pourchaire za sterami Alfy Romeo w pierwszym treningu w Austin». f1wm.pl. 14 de outubro de 2022. Consultado em 14 de outubro de 2022 

Ligações externas

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