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Alemanha Oriental nos Jogos Olímpicos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alemanha Oriental nos Jogos Olímpicos
Comité Olímpico Nacional
Código do COI GDR
Participações nos Jogos Olímpicos
Verão 196819721976198019841988

Inverno 196819721976198019841988
Outras participações relacionadas
AlemanhaGER Alemanha (1896–1952, 1992– )
SarreSAA Sarre (1952)
Equipe Alemã UnidaEUA Equipe Alemã Unida (1956–1964)

A República Democrática Alemã (RDA), frequentemente chamada de Alemanha Oriental, fundou um Comitê Olímpico Nacional separado para a Alemanha Oriental socialista em 22 de abril de 1951, no Rotes Rathaus de Berlim Oriental, como o último dos três Comitês Olímpicos Alemães da época. Não foi reconhecido pelo COI por mais de uma década.

Divisão da Alemanha

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Após a divisão da Alemanha por causa da Segunda Guerra Mundial, três estados separados foram fundados sob ocupação. Após a negação pelos aliados das tentativas feitas em 1947 para continuar a tradição da Alemanha nos Jogos Olímpicos, que havia começado antes de 1896, nenhum time alemão pôde participar dos Jogos de 1948. Finalmente, em 1949, o Comitê Olímpico Nacional da Alemanha foi fundado na República Federal da Alemanha, sendo posteriormente reconhecido pelo COI para representar ambos os estados alemães. O pequeno e ocupado pela frança Saarland e seu comitê olímpico nacional (SAA) não puderam, por uma década, aderir às outras partes alemãs, mas se juntaram à Alemanha Ocidental após 1955.

Autoridades da Alemanha Oriental do Nationales Olympisches Komitee für Ostdeutschland recusaram-se a mandar seus atletas para os Jogos de 1952 no time unificado da Alemanha, querendo mandar um time próprio, o que foi negado pelo COI.

Time Unificado Alemão

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Eles concordaram em participar em 1956, então atletas dos dois Estados alemães restantes competiram nos Jogos Olímpicos de 1956, 1960 e 1964 como a Equipe Alemã Unida. Enquanto esse time era simplesmente chamado de Alemanha na época, atualmente é designado pelo COI como EUA, que significa Équipe unifiée d'Allemagne.

Sucesso dos Alemães Orientais

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Durante a Guerra Fria, a socialista GDR ergueu o Muro de Berlim em 1961, e renomeou seu Comitê Olímpico para Nationales Olympisches Komitee der DDR em 1965. Ele foi reconhecido como um comitê olímpico nacional (CON) independente pelo Comitê Olímpico Internacional em 1968. Então, a Alemanha Oriental deixou o Time Unificado da Alemanha e começou a enviar um time separado do país entre 1968 e 1988, estando ausente dos Jogos de Verão de 1984 em apoio ao boicote soviético aos Jogos.

Enquanto a história da GDR, um pequeno Estado com uma população de 16 milhões, é pequena, e até menor que a das Olimpíadas, ela foi muito bem-sucedida. De 1976 a 1988, eles ficaram em segundo em todas as três Olimpíadas de Verão de que participaram, atrás da União Soviética, e bem à frente da maior Alemanha Ocidental. Esse desempenho foi ainda melhor nos 5 Jogos de Inverno, com quatro segundos lugares no ranking e até um primeiro nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1984.

Acredita-se claramente que o doping (predominantemente esteroide anabolizante) permitiu que a Alemanha Oriental, com sua pequena população, se tornasse um líder mundial nas duas décadas seguintes, ganhando um enorme número de medalhas olímpicas, além de bater vários recordes mundiais, com um grande número de atletas subsequentemente falhando nos testes de doping ou sendo suspeitos de tomarem drogas para melhorar a performance.[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16] Todavia, em muitos casos sob suspeita, nenhuma prova de trapaça foi descoberta, então a maioria dos recordes e de medalhas conquistados pelos atletas da Alemanha Oriental continuam até hoje. À parte do extensivo programa de doping, o país investiu com muito zelo no esporte - particularmente esporte olímpico, por razões de prestígio, propaganda e rivalidade com a Alemanha Ocidental - com uma extensa burocracia de Estado para escolher e treinar atletas promissores e técnicos de classe mundial.

Um importante nome da GDR foi Manfred Ewald (1926-2002), membro do comitê central do SED desde 1963. Ele foi o presidente do "Staatliches Komitee für Körperkultur und Sport" (Stako) em 1952 a 1960. Desde 1961, ele se tornou presidente do "Deutscher Turn- und Sportbund" (DTSB), governando todo o esporte na Alemanha Oriental, e em 1973 se tornou o presidente do Comitê Olímpico do país. Ele é considerado o organizador do "milagre esportivo da GDR". Sua autobiografia feita após 1990 foi intitulada "Eu fui o Esporte". Ele foi removido do escritório da DTSB em 1988.Em 2001,foi punido pelo seu papel no doping.

Alemanha Não-dividida

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A República Democrática Alemã deixou de existir após 1989, com suas regiões se juntando à República Federal da Alemanha no processo de reunificação da Alemanha em 1990. Em acordo a isso, o Comitê Olímpico da GDR se juntou ao alemão em 17 de novembro de 1990. Os atletas alemães competiram nos Jogos Olímpicos novamente como um time único a partir de 1992. Especialmente na primeira década após a reunificação, atletas da parte oriental da Alemanha contribuíram muito com as medalhas conquistadas pelo país. Isso prova que o doping não era a única razão pela qual a Alemanha Oriental era tão bem-sucedida nas Olimpíadas (e muito melhor do que a Alemanha Ocidental em particular), mas também as condições profissionais de treino eram pelo menos tão significantes. A exposição do doping foi feito por um sistema de Estado diferente (um antigo rival, que tinha muito menos destaque), algo que nunca aconteceu em outros países. A média de medalhas após 1990 se tornou próxima àquela que a Alemanha Oriental conseguia antes dessa década. Por exemplo, das 29 medalhas conquistadas pelo país nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006, 14 (6 ouros) foram conquistadas por atletas nascidos na Alemanha Oriental (um quinto da população da Alemanha), e apenas 9 (3 ouros) por atletas da Alemanha Ocidental, sendo 6 medalhas conquistadas em times mistos. Em anos recentes, alguns centros de esporte de alto-rendimento da Alemanha estão sendo mudados para parte ocidental do país, mas a parte oriental ainda tem força acima da média. Treinadores da Alemanha Oriental, como Uwe Müßiggang foram importantes no estabelecimento de condições esportivas de sucesso em muitos campos da Alemanha Unificada. Muitos atletas de alto rendimento alemães que atualmente vivem na parte ocidental do país começaram sua carreira profissional na parte oriental e podem ser vistos como parte do êxodo em larga escala de jovens pessoas do Leste para o Oeste desde a reunificação.

Quadro de medalhas

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Medalhas por Jogos de Verão

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Jogos Ouro Prata Bronze Total
1952 Helsinki não participou
1956 Melbourne/Estocolmo Parte da Equipe Alemã Unida
1960 Roma
1964 Tóquio
1968 Cidade do México 9 9 7 25
1972 Munique 20 23 23 66
1976 Montreal 40 25 25 90
1980 Moscou 47 37 42 126
1984 Los Angeles não participou
1988 Seul 37 35 30 102
Total 153 129 127 409

Medalhas por Esportes de Verão

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Esporte Ouro Prata Bronze Total
Atletismo 38 36 35 109
Natação 38 32 22 92
Remo 33 7 8 48
Canoagem 14 7 9 30
Ginástica 6 13 17 36
Ciclismo 6 6 4 16
Boxe 5 2 6 13
Tiro 3 8 5 16
Lutas 2 3 2 7
Saltos ornamentais 2 2 3 7
Vela 2 2 2 6
Halterofilismo 1 4 6 11
Judô 1 2 6 9
Futebol 1 1 1 3
Handebol 1 1 1 3
Voleibol 0 2 0 2
Esgrima 0 1 0 1
Total 153 129 127 409

Medalhas por Jogos de Inverno

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Jogos Ouro Prata Bronze Total
1952 Oslo não participou
1956 Cortina d'Ampezzo Parte da Equipe Alemã Unida
1960 Squaw Valley
1964 Innsbruck
1968 Grenoble 1 2 2 5
1972 Sapporo 4 3 7 14
1976 Innsbruck 7 5 7 19
1980 Lake Placid 9 7 7 23
1984 Sarajevo 9 9 6 24
1988 Calgary 9 10 6 25
Total 39 36 35 110

Medalhas por Esportes de Inverno

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Esporte Ouro Prata Bronze Total
Luge 13 8 8 29
Patinação de velocidade 8 12 9 29
Bobsleigh 5 5 3 13
Biatlo 3 4 4 11
Patinação artística 3 3 4 10
Combinado nórdico 3 0 4 7
Salto de esqui 2 3 2 7
Esqui cross-country 2 1 1 4
Total 39 36 35 110
  1. Tagliabue, John. - "Political Pressure Dismantles East German Sports Machine" - New York Times - February 12, 1991
  2. Janofsky, Michael. - "OLYMPICS; Coaches Concede That Steroids Fueled East Germany's Success in Swimming" - New York Times - December 3, 1991
  3. Kirschbaum, Erik. - "East German dope still leaves tracks" - Rediff from Reuters - September 15, 2000
  4. Ungerleider, Steven (2001). Faust's Gold: Inside The East German Doping Machine. Thomas Dunne Books ISBN 0312269773
  5. "Little blue pills and a lot of gold..." Arquivado em 14 de julho de 2012, no Wayback Machine. - Shorel.com
  6. Culture & Lifestyle: "Sports Doping Statistics Reach Plateau in Germany" - Deutsche Welle - February 26, 2003
  7. "The East German Doping Machine" Arquivado em 24 de abril de 2008, no Wayback Machine. - International Swimming Hall of Fame
  8. Culture & Lifestyle: "East Germany's Doping Legacy Returns" - Deutsche Welle - January 10, 2004
  9. Longman, Jere. - "East German Steroids' Toll: 'They Killed Heidi'" - New York Times - January 26, 2004
  10. Harding, Luke. - "Forgotten victims of East German doping take their battle to court" - The Guardian - November 1, 2005
  11. Jackson, Guy. Winning at Any Cost?: "Doping for glory in East Germany" - UNESCO - September 2006
  12. "Ex-East German athletes compensated for doping" - Associated Press - (c/o ESPN) - December 13, 2006
  13. "East German doping victims to get compensation" - Associated Press - (c/o CBC Canadian Broadcasting Corporation) - December 13, 2006
  14. Starcevic, Nesha. - "East German doping victims to get compensation" - Associated Press - (c/o San Diego Union-Tribune) - December 13, 2006
  15. "Germany completes $4.1M payout to doping victims" - USA Today - October 11, 2007
  16. "East Germany’s Secret Doping Program" Arquivado em 6 de abril de 2009, no Wayback Machine. - Secrets of the Dead - Thirteen/WNET - May 7, 2008

Ligações externas

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