Central Termoelétrica de Setúbal
Complexo Ferroviário das Praias do Sado (NW) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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A central termoelétrica de Setúbal[1] foi um centro de produção de energia elétrica situada junto da cidade de Setúbal, em Portugal. Tinha uma potência instalada de 946,4 MW, distribuída por quatro turbo-grupos, alimentados a vapor produzido através da combustão de fuelóleo, em grupos geradores de vapor, de circulação natural.[2]
Planeada em 1971, pela Companhia Portuguesa de Eletricidade - CPE,[3] entrou em construção em 1973[1] e, já integrada na EDP, E.P., foi dada por construída (1.º Grupo) em 1979.[2]
Projetada à imagem da Central Térmica do Carregado,[4] (primeira grande central termoelétrica a fuelóleo em Portugal),[carece de fontes] a central de Setúbal possuía quatro grupos geradores, cada um com uma potência unitária de 250 MW,[2] o dobro da potência unitária dos da Central do Carregado.[carece de fontes]
Cada gerador de vapor da Central de Setúbal, fornecidos e montados pela Mague - Foster Wheeler[5][6] consumia 55 t/h de fuel à carga máxima, gerando vapor de água a 540°C a uma pressão de 16,5 MPa em sobreaquecimento e 3,8 MPa em reaquecimento, com uma capacidade de vaporização de 770 t/h.[2] A central possuía duas chaminés de 200 m de altura (entre as mais altas estruturas em Portugal)[carece de fontes] — uma chaminé para cada dois geradores de vapor.[2]
No respeitante ao Turbo Grupo (fornecido e montado pela Brown Boveri & C.ie),[carece de fontes] a turbina era de fluxo axial e atingia 3000 r.p.m. com um rendimento de 45,7%, comportando três corpos: alta, média e baixa pressão.[2]
O alternador, de cada turbo grupo, com uma potência aparente de 294 MVA e uma tensão de saída 18 kV,[2] possuía um rotor refrigerado por hidrogénio e um estator refrigerado a água[2] extraída do Rio Sado, na margem direita (norte) de cujo estuário a central se situava.[carece de fontes]
A energia produzida por cada turbo grupo era injectada, em muito alta tensão, na rede de transporte de eletricidade da REN, através de um transformador com 315 MVA de potência aparente,[2] que elevava a tensão de 18 kV de saída do alternador para 400kV[2] de ligação à rede.[carece de fontes]
Juntamente com a central termoelétrica do Carregado[4] e a Central térmica a carvão de Sines,[7] a central termoelétrica de Setúbal, como parte integrante do parque termoelétrico da EDP, contribuiu ativamente para a segurança do abastecimento de energia elétrica a Portugal, nas décadas de 1970-1990.[carece de fontes]
A partir de 2003, com a entrada em serviço das novas centrais de ciclo combinado, a gás natural (CCC do Ribatejo,[8] CCC do Pego,[9] e CCC de Lares)[10] a central termoelétrica de Setúbal passou a ser menos solicitada, tendo deixado de produzir energia a partir de Setembro de 2012,[11] altura em que começou a ser desativada.[carece de fontes]
A central era servida, para abastecimento de combustível e saída de cinzas, por dois ramais ferroviários particulares (ainda existentes) que entroncam na Linha do Sul junto à estação de Praias-Sado, um dos quais com ligação direta ao Porto de Setúbal.[12]
No âmbito da sua desativação, a demolição das chaminés esteve inicialmente marcada para as 13h00 do dia 7 de Março de 2020, tendo sido adiada por problemas técnicos de última hora.[carece de fontes] No dia 29 de março de 2020, as chaminés foram demolidas.[13]
- ↑ a b Nº 153/154, Revista Electricidade (julho–agosto 1980). «Central Térmica de Setubal»
- ↑ a b c d e f g h i j “Setúbal : Informação técnica”, no sítio oficial da EDP, consultada em 2011.07.14
- ↑ CPE, Companhia Portuguesa de Eletricidade S.A.R.L. (1971). «Relatório do Conselho de Administração, Balanço e Parecer do Conselho Fiscal : [3º] terceiro exercício 1971 / CPE»
- ↑ a b Abílio Fernandes, Electricidade : Revista Técnica. (Julho–Agosto 1969). «Central Termoelétrica do Carregado : Alguns aspetos de conceção e de realização do equipamento e das instalações do 1º escalão»
- ↑ ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRÓNICA - N:" 180 (Outubro 1982). «MAGUE- Construções Metalomecânicas s.a.r.l»
- ↑ ELECTRICIDADE. ENERGIA. ELECTRÓNICA _ Nº 192 (Outubro 1983). «MAGUE-Construções Metalomecânicas Mague, s.a.r.l.»
- ↑ Nº 228, Revista Electricidade (Novembro 1986). «Central Termoeléctrica de Sines»
- ↑ Central Termoelétrica do Ribatejo, EDP (2003). «Características Central Termoelétrica do Ribatejo»
- ↑ PEGO CCGT, Trust energy (2011). «Central de Ciclo Combinado a gás natural do Pego»
- ↑ Central CC Lares, EDP (2009). «Central Termoelétrica de Lares»
- ↑ Vítor Andrade (9 de março de 2013). «EDP fecha centrais mais poluentes e mais caras»
- ↑ (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ “Central de Setúbal: o derrube das chaminés” EdP