Castelo da Senhora da Luz
Nota: Este artigo é sobre a fortaleza no concelho de Lagos, no Algarve. Se procura a fortaleza em Cascais, veja Forte de Nossa Senhora da Luz de Cascais.| Castelo da Senhora da Luz | |
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| Informações gerais | |
| Tipo | Fortaleza |
| Construção | Século XVII |
| Património de Portugal | |
| Classificação |  Imóvel de Interesse Público(Decreto n.º 129/77, de 29 de Setembro) |
| DGPC | 74225 |
| SIPA | 1280 |
| Geografia | |
| País |  Portugal
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| Localização | Luz |
| Coordenadas | 37° 05′ 06,66″ N, 8° 43′ 49,78″ O |
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O Castelo da Senhora da Luz, igualmente denominado de Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, é um monumento militar na vila da Luz, no Município de Lagos, na região do Algarve, em Portugal.[1]
Foi construído no século XVII, a partir da ampliação de uma torre mais antiga,[2] tendo sido classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977.[3]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A fortaleza está construída num local conhecido como a Ponta da Calheta,[4] estando virada a Sul e a Oeste para o oceano.[1] Situa-se nas proximidades da igreja.[1]
É considerada um dos melhores exemplos da arquitectura militar do século XVII, na região do Algarve.[4] Apresenta uma planta de forma poligonal com quatro baluartes angulosos, solução arquitectónica que foi igualmente utilizada em diversos outros fortes ao longo da costa portuguesa.[4] No interior da antiga estrutura militar situa-se um palacete no estilo romântico, com vários elementos que lhe dão a aparência de um castelo.[5]
História
[editar | editar código-fonte]A primeira fortificação neste sítio terá sido um castelo medieval, sobre cujas ruínas foi construída uma torre, em 1575[1] ou em 1624, já durante o período filipino.[2] Esta torre era de planta redonda, e tinha uma grande altitude.[2] Poucos anos depois, foi necessário organizar um sistema de fortes ao longo da costa portuguesa, que protegessem as povoações dos ataques dos piratas e corsários, e das forças islâmicas e espanholas.[4] Neste sentido, em 1670 o governador Nuno de Mendonça ordenou que fosse construída uma nova fortificação na Luz, em redor da torre de vigia já existente.[2] O novo edificio contava com uma bateria no lado marítimo, dois baluartes virados para o interior, e salas para albergar a guarnição e armazenar as várias peças de armamento.[2]
Nos finais do século XVIII, o autor de um mapa e descrição da organização defensiva do Algarve referiu a fortaleza da Luz como «um pequeno quadrado com huma vigia no meio» e comentou que «necesita de reparações no seu recinto e nos quartéis», danos estes causados pelo Sismo de 1755.[2] Com efeito, a fortaleza ficou muito destruída durante o sismo, tendo desaparecido a torre original e restado apenas o baluarte marítimo e parte dos muros nos lados nascente e poente.[2] Devido à importância do forte como defesa da povoação, o autor aconselhou que fossem feitas obras de reparação.[2]
Em 2 de Julho de 1894, a fortaleza foi vendida em hasta pública, tendo sido adquirida por um particular.[2] No interior foi construída uma casa, que foi feita de forma a integrar-se com a arquitectura original da fortaleza, tendo por exemplo sido instalados pequenos merlões na parte superior das paredes e uma moldura no portal de entrada, e deixadas as pedras à vista nalguns ângulos e no embasamento.[2]
O Castelo da Senhora da Luz foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 129/77, de 29 de Setembro.[6] Posteriormente, o edifício foi reutilizado como um estabelecimento de restauração.[1]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Lista de património edificado em Lagos
- Estação Arqueológica Romana da Praia da Luz
- Fortaleza de Sagres
- Forte da Baleeira
- Forte de Burgau
- Forte da Ponta da Bandeira
- Forte de São Luís de Almádena
- Forte de Vera Cruz
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- COUTINHO, Valdemar (2008). Lagos e o Mar Através dos Tempos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 95 páginas
- FERNANDES, José Manuel; JANEIRO, Ana (2008). A casa popular do Algarve: espaço rural e urbano, evolução e actualidade (PDF). Faro: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve. 153 páginas. ISBN 978-989-8208-00-2
- FERNANDES, José Manuel; JANEIRO, Ana (Dezembro de 2005). Arquitectura no Algarve: Dos primórdios à actualidade, uma leitura de síntese (PDF). Faro: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve. ISBN 972-643-138-7
- ↑ a b c d e NETO, João (1991). «Castelo da Senhora da Luz / Fortaleza de Nossa senhora da Luz». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural - Ministério da Cultura. Consultado em 30 de Janeiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j COUTINHO, 2007:59-60
- ↑ FERNANDES e JANEIRO, 2005:37
- ↑ a b c d «Fortaleza da Luz». Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 6 de Setembro de 2019
- ↑ FERNANDES e JANEIRO, 2008:35
- ↑ PORTUGAL. Decreto n.º 129/77, de 29 de Setembro. Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Educação e Investigação Científica. Publicado no Diário da República n.º 226, Série I, de 29 de Setembro de 1977.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página sobre o Castelo da Senhora da Luz e o restaurante, no sítio electrónico Wikimapia»
- «Página sobre o Castelo da Senhora da Luz, no sítio electrónico Portal do Arqueólogo»
- Castelo da Senhora da Luz na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural
- Castelo da Senhora da Luz na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
