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Capiba

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Capiba
Capiba
Estátua de Capiba localizada em Recife, Pernambuco.
Informação geral
Nome completo Lourenço da Fonseca Barbosa
Também conhecido(a) como Capiba
Nascimento 28 de outubro de 1904
Origem Surubim, Pernambuco
País Brasil
Morte 31 de dezembro de 1997 (93 anos)
Local de morte Recife, PE
Gênero(s) Frevo, MPB
Instrumento(s) piano

Lourenço da Fonseca Barbosa, mais conhecido como Capiba (Surubim, 28 de outubro de 1904Recife, 31 de dezembro de 1997), foi um músico, pianista e compositor brasileiro. Tornou-se o mais conhecido compositor de frevos do Brasil.

Capiba nasceu em uma família de músicos (Severino Atanásio, seu pai, foi maestro da banda municipal de Surubim[nota 1][1]), e aos oito anos de idade já tocava trompa. Seu pai se chamava Severino Atanásio de Souza Barbosa [nota 2] e sua mãe, Maria Digna da Fonseca Barbosa. Ainda pequeno, mudou-se com a família para o estado da Paraíba. Lá, ainda criança, trabalhava como músico pianista em cinemas.[2] Casou civilmente em 24 de fevereiro de 1961 com dona Maria José Barbosa (12 de outubro de 1931) com quem já estava casado no religioso (cerimônia realizada na Matriz do Espinheiro).

Chegou a jogar como zagueiro no Campinense Clube, porém abandonou os gramados e aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco com a valsa "Meu Destino".

Era torcedor declarado do Santa Cruz. Compôs em 1948 o frevo-canção "O Mais Querido" em homenagem ao seu time do coração, que mais tarde viria a se tornar o hino do clube.[nota 3]

Com 26 anos de idade, mudou-se para o Recife. Aprovado em concurso, tornou-se funcionário do Banco do Brasil, o que lhe rendeu sustento financeiro e lhe deu tempo para se aprimorar como músico.

Faleceu em 31 de dezembro de 1997, de infecção generalizada, depois de passar dez dias na UTI.[1][2]

  • Fundador e diretor da orquestra Jazz Band Acadêmica e protagonista do primeiro galo da madrugada
  • Diretor do Teatro do Estudante e do Teatro Popular do Nordeste.

Capiba escreveu mais de 200 canções, em sua maioria de frevo, mas também samba, guarânia e música erudita. Várias são sempre lembradas nos carnavais de Pernambuco.

Também musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes e outros poetas brasileiros.

Entre os seus sucessos, estão: Maria Betânia (valsa-canção);[5] A Mesma Rosa Amarela (samba);[6] Serenata Suburbana (guarânia);[7] Verde Mar de Navegar (maracatu) e vários outros. No gênero frevo, compôs mais de cem canções.[2]

Uma de suas canções carnavalescas mais famosas é É de Amargar. Ela foi vencedora de um festival de frevo em Pernambuco, em 1934. Entre outros prêmios, em 1967 conquistou o 5° lugar no II Festival Internacional da Canção, com a música São os do Norte que Vêm.

Capiba produziu uma obra caudalosa, tanto gravada, quanto inédita (neste último item, estima-se que tenha deixado mais de quatro centenas de composições, entre frevos, peças eruditas).[8]

Capiba teve diversos parceiros nas suas composições. Alguns deles:

Algumas composições

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  • Valsa Verde (1931)[nota 4]
  • É de Tororó (1932)
  • É de Amargar (1934)
  • Quem Vai Pro Farol é o Bonde de Olinda (1937)
  • Guerreiro de Cambinda (1938)
  • Gosto de te Ver Cantando (1940)
  • Linda Flor da Madrugada (1941)
  • Quem Dera (1942)
  • Maria Betânia (1944)
  • Não Agüento Mais (1945)
  • Que Bom Vai Ser (1945)
  • E… Nada Mais (1947)
  • É Luanda (1949)
  • Olinda Cidade Eterna (1950)
  • O Mais Querido (1958)
  • Madeira que Cupim Não Rói (1963)
Notas e referênciasNotas
  1. Naquela época, Surubim era ainda um distrito do município de Bom Jardim
  2. (Surubim, 2 de maio de 1872 - Campina Grande, 7 de agosto de 1952)
  3. A música era uma homenagem para o campeonato, mas o time não levou a taça e a música só veio a ser lançada em 1957.[3]
  4. Em parceria com Ferreyra dos Santos, Valsa verde foi a valsa tocada na festa de formatura deste e, por muitos anos, a valsa de formatura de Medicina no Recife.
Referências
  1. a b «Frevos de Pernambuco». www.frevo.pe.gov.br. Consultado em 2 de janeiro de 2021 
  2. a b c «Biografia de Capiba». biografias.netsaber.com.br. Consultado em 2 de janeiro de 2021 
  3. Zirpoli, Cassio (1 de março de 2019). «Carnaval do Santa Cruz – Inspiração do frevo de Capiba ao manguebeat de Chico». Consultado em 7 de janeiro de 2022. compôs em 1948 a marcha “O Mais Querido”. Como o clube não levantou a taça, guardou a letra [...] a canção só foi lançada em 1957 
  4. É de amargar, com Claudionor Germano.
  5. a b Maria Betânia, com Nelson Gonçalves.
  6. A mesma rosa amarela
  7. Serenata Suburbana, com Paulo Molin.
  8. ARAÚJO, João; PEREIRA, Margarida; GOMES, Maria José. 100 anos de frevo: Uma viagem nostálgica com os mestres das evocações carnavalescas. Recife: Editora Baraúna, 2007.