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Corpo Montado do Deserto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Corpo Montado do Deserto
Desert Mounted Corps

Fotografia informal de um grupo de oficiais do estado-maior do Corpo Montado do Deserto na Palestina
País Reino Unido Império Britânico
França França
Subordinação Força expedicionária egípcia
Unidade Corpo de exército
Tipo de unidade Cavalaria

Yeomanry

infantaria montada

Artilharia a cavalo

Período de atividade 12 de agosto de 1917 — 7 de junho de 1919
História
Guerras/batalhas Teatro do Médio Oriente da Primeira Guerra Mundial
Comando
Comandantes
notáveis
Harry Chauvel

O Corpo Montado do Deserto (em inglês: Desert Mounted Corps; sigla: DMC) foi um corpo de exército dos Aliados formado durante a Primeira Guerra Mundial para combater no Teatro do Médio Oriente, que fez parte da Força Expedicionária Egípcia do Império Britânico.

Originalmente chamado Coluna do Deserto (Desert Column), a primeira operação do corpo foi em 22 de dezembro de 1916. Em 22 de agosto, pouco depois de tomar o comando da Força Expedicionária Egípcia, o general Edmund Allenby rebatizou o corpo com o nome Desert Mounted Corps. Era formado por três divisões de cavalaria que serviam na Campanha do Sinai e Palestina, constituído por brigadas de Australian Light Horse (cavalaria ligeira australiana), Yeomanry e New Zealand Mounted Rifles (infantaria montada neozelandesa) apoiadas por artilharia a cavalo, infantaria e tropas de apoio. Mais juntaram-se-lhes unidades de cavalaria indiana e um pequeno destacamento de cavalaria francês. O DMC tinha três divisões: a Divisão Montada ANZAC, a Divisão Montada Australiana e a Divisão Montada Yeomanry, às quais se juntavam formações de infantaria quando era necessário.[1][2][3][4][5][6]

No primeiro mês da sua existência, o corpo continuou a treinar e a patrulhar a terra de ninguém, preparando-se para guerra de manobra. A sua primeira operação foi o ataque na Batalha de Bersebá, feito em 31 de outubro de 1917 juntamente com XX Corpo britânico. Após terem capturado o seu objetivo, estiveram envolvidos numa série de batalhas antes da linha inimiga entre Gaza e Bersebá foi finalmente rompida uma semana mais tarde. Durante a perseguição que se seguiu, o DMC combateu com dois exércitos otomanos na Batalha de Mughar Ridge (13 de novembro), antes de avançar para tomar Jerusalém, que caiu no fim de dezembro, durante a Batalha de Jerusalém.[1][2][3][4][5][6]

Em 1918, unidades do Corpo Montado do Deserto participaram na Captura de Jericó em fevereiro, no Primeiro Ataque Transjordano a Amã em março e no Segundo Ataque Transjordano em Shunet Nimrin e Es Salt em abril, tendo concluído a ocupação do vale do Jordão em durante o verão.[1][2][3][4][5][6]

Na sequência da Ofensiva da Primavera na Frente Ocidental, o DMC foi reorganizado quando a maior parte dos regimentos yeomanry britânicos foram desmontados e enviados como reforços de infantaria para França. A Divisão Montada Yeomanry e a 5.ª Brigada Montada foram desmanteladas e substituídas por regimentos de cavalaria indianos, que formaram a 4.ª e 5.ª divisões de cavalaria. As tropas indianas chegaram ao vale do Jordão em maio para se juntarem ao DMC e em setembro participaram com quatro divisões na principal operação ofensiva da Batalha de Sarom, parte da Batalha de Megido. Seguiu-se a perseguição até Damasco e, após a tomada dessa cidade, a perseguição até Haritan, numa extensão total de 970 km em território otomano. Nessas operações foram capturados 107 000 prisioneiros e mais de 500 peças de artilharia. No fim de outubro de 1918, o Armistício de Mudros pôs fim à guerra com o Império Otomano no Médio Oriente e o Corpo Montado do Deserto passou a ser uma força de ocupação na Síria. Em março de 1919, unidades do DMC patrulharam o Egito durante Revolução Egípcia de 1919. O Corpo Montado do Deserto foi extinto em junho de 1919.[1][2][3][4][5][6]

Referências
  1. a b c d Bou, Jean (2009), Light Horse: A History of Australia's Mounted Arm, ISBN 9780521197083, Australian Army History Series, Cambridge University Press 
  2. a b c d Fewster, Kevin; Basarin, Vecihi; Basarin, Hatice Hurmuz (2003), Gallipoli: The Turkish Story, ISBN 1-74114-045-5, Crows Nest, New South Wales: Allen and Unwin 
  3. a b c d Gullett, Henry S. (1941), The Australian Imperial Force in Sinai and Palestine, 1914–1918, ISBN 9780702217265, Official History of Australia in the War of 1914–1918, VII 10.ª ed.  
  4. a b c d Keogh, E. G.; Joan Graham (1955), Suez to Aleppo, Melbourne: Directorate of Military Training by Wilkie & Co., OCLC 220029983 
  5. a b c d Macmunn, G.; Falls, C. (1996) [1928 HMSO], Military Operations: Egypt and Palestine, From the Outbreak of War with Germany to June 1917, ISBN 0-89839-241-1, History of the Great War Based on Official Documents by Direction of the Historical Section of the Committee of Imperial Defence, I, Nashville, TN: Imperial War Museum & Battery Press 
  6. a b c d Wavell, Field Marshal Earl (1968) [1933], «The Palestine Campaigns», in: Sheppard, Eric William, A Short History of the British Army 4th ed. , London: Constable, OCLC 35621223 
  • Falls, Cyril (1996) [1930], Military Operations Egypt & Palestine from the Outbreak of War with Germany to June 1917, ISBN 1-870423-60-7, Official History of the Great War Based on Official Documents by Direction of the Historical Section of the Committee of Imperial Defence, II, Nashville: HMSO 
  • Fleming, Robert (2012), The Australian Army in World War I, ISBN 9781780964577, Oxford: Osprey 
  • Jones, Ian (2007), A Thousand Miles of Battle: The Saga of the Australian Light Horse in WWI, Aspley, Queensland: Anzac Day Commemoration Committee, OCLC 27150826 
  • Massey, William Thomas (1920), Allenby’s Final Triumph, London: Constable, OCLC 345306 
  • Mortlock, Michael J. (2010), The Egyptian Expeditionary Force in World War I: A History of the British-Led Campaigns in Egypt, Palestine and Syria, ISBN 9780786448715, McFarland 
  • Powles, C. Guy; A. Wilkie (1922), The New Zealanders in Sinai and Palestine, Official History New Zealand's Effort in the Great War, III, Auckland: Whitcombe & Tombs, OCLC 2959465 
  • Powles, Charles Guy (1922), The New Zealanders in Sinai and Palestine, ISBN 9781843426530, Whitcombe and Tombs 
  • Preston, Richard Martin (1921), The Desert Mounted Corps: An Account of the Cavalry Operations in Palestine and Syria, 1917–1918, ISBN 9781146758833, London: Constable 
  • Woodward, David R. (2006), Hell in the Holy Land: World War I in the Middle East, ISBN 9780813123837, University Press of Kentucky