Éramos Seis (1977)
Éramos Seis | |
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Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | Drama |
Criador(es) | Silvio de Abreu Rubens Ewald Filho |
Baseado em | Éramos Seis de Maria José Dupré |
Elenco | Nicette Bruno Gianfrancesco Guarnieri ver mais |
País de origem | Brasil |
Idioma original | (em português) |
Episódios | 165 |
Produção | |
Diretor(es) | Atílio Riccó Plínio Paulo Fernandes |
Tema de abertura | "Toda uma Vida", por Ederly Borba |
Exibição | |
Emissora original | Rede Tupi |
Transmissão original | 6 de junho – 31 de dezembro de 1977 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Éramos Seis (1958) Éramos Seis (1960) Éramos Seis (1967) Éramos Seis (1994) Éramos Seis (2019) |
Éramos Seis é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Tupi, exibida de 6 de junho a 31 de dezembro de 1977, em 165 capítulos, substituindo Tchan, a Grande Sacada e sendo substituída por João Brasileiro, o Bom Baiano[1] Baseada no romance homônimo de Maria José Dupré. Adaptada por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, dirigida por Atílio Riccó e Plínio Paulo Fernandes, sendo esta adaptação a quarta versão da obra, precedida pelas produçoes da RecordTV, em 1958, da TV Itacolomi, em 1960 e pela mesma Rede Tupi, em 1967.
Teve: Nicette Bruno, Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Alberto Riccelli, Carlos Augusto Strazzer, Maria Isabel de Lizandra, Ewerton de Castro, Geórgia Gomide e Nydia Licia nos papéis principais.
Enredo
[editar | editar código-fonte]Éramos Seis conta a história de Dona Lola, uma bondosa e batalhadora mulher que faz de tudo pela felicidade do marido, Júlio, e dos quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Maria Isabel. A vida de Dona Lola é narrada desde a infância das crianças, quando Júlio trabalha para pagar as prestações da casa onde moram, na Avenida Angélica, passando pela chegada dos filhos à fase adulta e de Dona Lola à velhice. Conforme os anos passam, vão se modificando as coisas na vida de Dona Lola, com as mortes de Júlio e Carlos; o sumiço de Alfredo pelo mundo; a união de Isabel com Felício, um homem separado; a ascensão de Julinho, que se casa com uma moça de família rica - Maria Laura, filha de Assad, patrão de Júlio. O título vem da situação de Dona Lola ao fim da vida, sozinha num asilo: eram seis, agora só resta ela. Também são expostos outros personagens, como os familiares de Lola: na cidade de Itapetininga, interior paulista, moram a mãe, dona Maria ; a Tia Candoca ; as irmãs Clotilde, solteirona, e Olga, casada com Zeca; na cidade, vive a rica Tia Emília, irmã de seu pai; e as filhas dela, Justina, uma moça com problemas psicológicos, que se comporta como criança, e Adelaide, que viveu na Europa e ao regressar traz ideias avançadas para o Brasil da época.
Produção e exibição
[editar | editar código-fonte]Texto de apresentação de Éramos seis, narrado em off no início do primeiro capítulo: "Esta é a história de uma família paulista, a família Lemos. Uma família de gente simples que enfrenta as dificuldades do dia a dia com coragem e otimismo. Uma família muito parecida com a sua. Somente a cidade mudou. São Paulo em 1921 é uma cidade extensa de casas térreas e sobrados, jardins floridos de primaveras, alamedas guarnecidas de plátanos e cortadas pelas linhas dos bondes da Light. São 600 mil habitantes numa época em que começam a se acentuar os contrastes. Os cortiços nos bairros populares, os novos hábitos trazidos pelos imigrantes".[2]
Esta foi a quarta versão do livro Éramos Seis, publicado em 1943 por Maria José Dupré. Éramos Seis foi a novela de estreia dos autores Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho. A novela começou exibida às 19 horas, batendo de frente com a novela Locomotivas, da Rede Globo. A partir de 15 de agosto de 1977, início da segunda fase, Éramos Seis passou a ser exibida às 19h30. A atriz Chica Lopes interpretou Durvalina também na quarta versão da novela, produzida pelo SBT em 1994. As atrizes Wanda Stefânia e Patrícia Mayo, escaladas para a segunda fase da novela, estavam ambas grávidas na época, e acabaram substituídas por Reny de Oliveira (Carmencita) e Carmem Monegal (Adelaide). Wanda e Patrícia, no entanto, marcaram presença na abertura do primeiro ao último capítulo – a vinheta reproduzia um álbum de família. A novela foi reprisada em 1980, quando a emissora estava em grave crise e prestes a ter suas concessões cassadas. Nesta versão, a faixa "Carousel of the Planets", composta por «Perrey e Kingsley» e proveniente do álbum de 1967, "Kaleidoscopic Vibrations", é utilizada como tema principal.
Elenco
[editar | editar código-fonte]Ator | Personagem |
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Nicette Bruno[3] | Lola Campos de Lemos |
Gianfrancesco Guarnieri | Júlio Campos de Lemos |
Carlos Augusto Strazzer | Carlos Campos de Lemos |
Carlos Alberto Riccelli | Alfredo Campos de Lemos |
Maria Isabel de Lizandra | Maria Isabel Campos de Lemos |
Ewerton de Castro | Júlio Campos de Lemos (Julinho) |
Geórgia Gomide | Clotilde Campos |
Jussara Freire | Olga Campos |
Edgard Franco | Argemiro de Almeida (Almeida) |
Paulo Figueiredo | José Carlos Bueno (Zeca) |
Carmem Monegal | Adelaide Campos |
Reny de Oliveira | Carmencita Ferreira |
Adriano Reys | Felício de Souza |
Indianara Gomes | Maria Laura Assad |
Nydia Lícia | Emília Campos |
Lourdes de Moraes | Justina Campos |
Beth Goulart | Lili Coutinho |
Flávio Galvão | Lúcio Coutinho |
Maria Célia Camargo | Genu Coutinho |
João José Pompeo | Virgulino Coutinho |
Leonor Lambertini | Maria Campos |
Geny Prado | Candoca Campos |
Gésio Amadeu | Raio Negro |
Rogério Márcico | Alonso Ferreira |
Maria Luiza Castelli | Pepa Ferreira |
Sílvio Rocha | Assad |
Lucy Meirelles | Karime Assad |
Chica Lopes | Durvalina |
Carmen Marinho | Marion |
Ruthinéa de Moraes | Zulmira |
Amilton Monteiro | Marcos |
Carminha Brandão | Layla |
Wanda Stefânia | Carmem |
Marisa Sanches | Benedita |
Luiz Carlos Braga | Alaor |
Malu Braga | Marta |
Ilene Patrícia | Maria Emília Campos Bueno |
Luciene dos Santos | Emiliana Campos Bueno |
Márcio Costa | Tavinho Campos Bueno |
Renato Carrieri | José Carlos Campos Bueno Júnior (Zequinha) |
Participações especiais
[editar | editar código-fonte]Ator | Personagem |
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Paulo Goulart | Dr. Azevedo |
Paulo César de Martino | Carlos (criança) |
Douglas Mazzola | Alfredo (criança) |
Ivana Bonifácio | Maria Isabel (criança) |
Marcelo Pinsdorf | Julinho (criança) |
Ana Cláudia Drumond Kouri | Carmencita (criança) |
Maria Cecília Salazar | Maria Laura (criança) |
Mateus Carrieri | Lúcio (criança) |
Gladys Regina Miranda | Lili (criança) |
Marcos Donizetti | Raio Negro (criança) |
Prêmios
[editar | editar código-fonte]Troféu APCA (1977)
[editar | editar código-fonte]- Melhor atriz Nicette Bruno
Trilha Sonora[4]
[editar | editar código-fonte]- Toda uma vida - Ederly Borba (tema de abertura e tema de Lola)
- Domingo antigo - Beth Carvalho (tema geral)
- Meu prelúdio - Waldyr Azevedo (tema de Julinho e Lili)
- Madrinha Lua - Rosinha de Valença (tema de Clotilde)
- Modinha - Titulares do Ritmo (tema de Carlos)
- Queremos Deus - Wilson Simonal
- Acalanto - Nana e Dorival Caymmi (tema de Lola e os filhos pequenos)
- A Banda - Chico Buarque
- Capricho do Destino - Jacob do Bandolim (tema de Clotilde)
- Mal me quer - Nara Leão
- Branca - Violinos Mágicos (tema de Clotilde)
- Serra da boa esperança - Elizeth Cardoso e Sílvio Caldas
- Caiado - Fernando Leno (tema de Olga)
Outras adaptações
[editar | editar código-fonte]- Éramos Seis (1945) — filme argentino dirigido por Carlos Borcosque e protagonizado por Sabina Olmos, foi a primeira e única versão exibida para o cinema.
- Éramos Seis (1958) primeira versão televisionada protagonizada por Gessy Fonseca, sendo exibida pela RecordTV.
- Éramos Seis (1960) segunda versão, uma produção local da TV Itacolomi, produzida por Léa Dalba.
- Éramos Seis (1967) terceira adaptação, sendo protagonizada por Cleyde Yáconis e transmitida pela Rede Tupi.
- Éramos Seis (1994) quarta versão com Irene Ravache como protagonista, desta vez transmitida pelo SBT.
- Éramos Seis (2019) quinta versão com Glória Pires e exibida pela Rede Globo.
- ↑ «Eramos Seis». Teledramaturgia. 12 de setembro de 2015. Consultado em 23 de abril de 2016
- ↑ «Éramos Seis (1977)». Teledramaturgia
- ↑ A batalhadora e sensível tricoteira já foi vivida por Gessy Fonseca na RecordTV, em 1958; por Cleyde Yáconis na Tupi, em 1967; por Nicette Bruno, também na Tupi, em 1977; e por Irene Ravache no SBT, há 25 anos, em 1994 ‘Éramos Seis’ estreia nesta segunda, com trama atemporal; saiba quem é quem
- ↑ «Eramos Seis - Trilha sonora». Teledramaturgia. 12 de setembro de 2015. Consultado em 23 de abril de 2016
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Éramos Seis. no IMDb.
- Telenovelas de Sílvio de Abreu
- Telenovelas da Rede Tupi
- Programas de televisão do Brasil que estrearam em 1977
- Programas de televisão do Brasil encerrados em 1977
- Telenovelas e séries baseadas em obras de Maria José Dupré
- Telenovelas ambientadas na cidade de São Paulo
- Telenovelas da década de 1970
- Telenovelas em língua portuguesa