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Dodge Dart

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dodge Dart
Dodge Dart modelo 1965 (frente)
O novo Dart, base para o futuro Fiat Tempra, no Brasil
Visão geral
Produção 1969 – 1981
Modelo
Classe Grande
Carroceria Sedãn e Coupé
Modelos relacionados Ford Landau
Ford Landau Ford Galaxie

Dodge Dart é uma linha de automóveis fabricados nos Estados Unidos pela Dodge entre 1960 e 1976 e no Brasil a partir de 1969.

Histórico

O Dodge Dart (dardo, em português) foi um automóvel feito pela divisão Dodge da Chrysler, entre 60 a 76. O Dart foi introduzido como um carro grande em 1960; em 1962 tornou-se um carro de tamanho médio e, finalmente, foi produzido em versão compacta entre 1963 e 1976. A Dodge utilizou o nome Dart nos anos 50, para um carro com chassi Ghia, numa exposição de carros.

Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1970.

No México

No México o nome Dart foi usado pela Dodge para uma série de automóveis, conhecidos nos EUA como Aspen, entre 1976 a 1980. O nome também foi aplicado, no mercado mexicano, para os modelos Dodge Aspen, Dodge Diplomat, Dodge Aries, Plymouth Reliant e Dodge 600.

No Brasil

O primeiro modelo saiu somente na versão Sedan ou seja modelo 4 portas (o coupé saiu em 1971) sendo que nesse mesmo ano foi eleito o carro do ano, segundo a Revista Autoesporte - principal publicação especializada da época.

Características técnicas

Possuindo o maior motor já fabricado no Brasil um V8 318 polegadas cubicas 5.212 cc3 a gasolina desenvolvia 198 cv a 4600 rpm e torque de 41,5 m.kgf a 2400 rpm, chegava a máxima de 180 km/h criando assim uma faixa de luxo entre o Ford Galaxie V8 292 e o Chevrolet Opala 6 cilindros em linha 3800. Nos modelos Charger/LS ele ganhava escape duplo chegando a 205 cv, e no Charger R/T, além dos itens mencionados no modelo Charger LS ganhou também uma maior taxa de compressão (8,4:1) para uso de gasolina azul de maior octanagem sendo o mais veloz e potente carro nacional, recorde (apenas em velocidade) que só foi quebrado no anos 90 com o Fiat Tempra Turbo.

Dodge Dart Coupé modelo 1973

O Dart foi o modelo-base para os outros modelos fabricados na familia V8 da Dodge no Brasil, que mudavam conforme o estilo e o acabamento. Os modelos fabricados no Brasil a partir de 1971 diferiam do modelo americano principalmente na estética frontal e traseira, porém a engenharia da motorização fosse a mesma utilizada nos modelos importados (original era o Dodge Dart americano 1968-1969 com motor LA318).

Era concorrente direto no setor de luxuosos do Ford Galaxie e os "esportivos" Ford Maverick e Chevrolet Opala 250-S.

Dodge Dart Coupé modelo 1980
  • Consumo: 6 km/l. (média de 4 a 7,5 km/l)

Fora de linha

Em 1980 a Volkswagen comprou o restante(em 1979 ja havia adquirido 50%) das ações da fábrica brasileira e em 1981 sua produção foi interrompida. Neste mesmo período a fábrica parou de produzir ali automóveis, aproveitando porém os motores V8 em sua linha de caminhões utilitários. Que anteriormente também eram produzidos por lá os caminhoes Dodge no Brasil.

Dodge Dart 1981(Este exemplar é o último Dart produzido no mundo)

Retorno ao Brasil em 2014

Informações recentemente divulgadas dão conta de que o Dodge Dart voltará a ser vendido no Brasil entre o fim de 2013 e o início de 2014. Uma vez que a Fiat tenha tornado-se sócia majoritária do Grupo Chrysler à nível mundial, seus planos prevêem o retorno do Dart sob a bandeira da marca italiana, com o nome de Tempra,[1] ressucitando assim o antigo sedã médio da marca, produzido entre 1992 e 1999.

Colecionismo

O Dodge Dart é um modelo bastante cultuado pelos colecionadores, como um clássico, e pela importância que teve ao longo de muitos anos, no mercado automobilístico brasileiro. Muitos exemplares ainda podem ser encontrados em condições de total originalidade e funcionamento.

Os 7 Modelos Fabricados no Brasil

  • Dart Sedan: modelos de 1969-81
  • Dart Coupé: modelos de 1970-81
  • Charger LS: modelo esporte; Fabricado de 1971-75
  • Charger R/T: modelo esporte com mais potência e acabamento diferenciado; Fabricado de 1971-80
  • Dart SE: série com visual esportivo, era um Dart coupé com acabamento simplificado; Fabricado de 1972-75
  • Dart Gran Sedan: modelos top de linha com carroceria de 4 portas; Fabricado de 1973-78
  • Dart Gran Coupé: modelos top de linha com carroceria de 2 portas; Fabricado de 1973-75
  • Magnum: substituiu os Gran Coupé. Fabricado de 1979-81
  • LeBaron: substituiu os Gran Sedan; Modelos de 1979-81



Dodge Dart SE

Histórico

O Dodge Special Edition, projeto capitaneado por Celso Lamas, foi apresentado no dia 24 de Maio de 1972 e evidenciava um cuidado com detalhes que o tornassem esportivo com um apelo jovem. A Chrysler do Brasil tinha decidido criar um automóvel que pudesse oferecer toda a potência do motor 318, mas sem custar tanto quanto os exorbitantes Cr$48.785,00 do Charger R/T, ou que o próprio Dart coupé, com preço de Cr$34.044,00. Em junho de 1972 o Dodge Special Edition custava Cr$29.868,00, inspirando o slogan “A Chrysler lança um coupé para quem não quer passar dos trinta”. Em vez de um pé-de-boi, o dono levava para casa um cupê ao estilo dos muscle cars americanos.

Esportivo Acessível

Para ser barato o Dodge SE abdicou de vários equipamentos que eram de série nos outros veículos da linha. A lista de equipamentos era resumida a acendedor de cigarros, cintos de segurança, extintor de incêndio e triângulo de segurança. A Chrysler economizou cromados, frisos e calotas. O Dodge SE não era equipado com esguicho do limpador de para-brisas, a alavanca do pisca não retornava, não tinha ventilação forçada nem luz de cortesia, e era equipado apenas com freios a tambor nas quatro rodas. A Chrysler não vendia o Dodge SE com opcionais, e até 1973, quem quisesse instalar freio a disco, deveria procurar uma concessionária Chrysler e pagar Cr$700,00 pelo equipamento. Para diminuir o preço, o Dodge SE contava com a grade dianteira e as molduras das sinaleiras traseiras também em preto fosco. O painel não possuía tabelier, e era totalmente pintado de preto, sendo que o porta-luvas possuía um botão sem chave. As cores fortes chamavam a atenção para o carro, além do inconfundível interior xadrez. Mas tudo isso foi compensado pelo tratamento esportivo que o Dodge SE recebeu. O apelo esportivo nas faixas, cores e interior fazia com que a falta de opcionais e até a falta de itens considerados básicos não se tornasse um obstáculo à venda.

Características

Em seu interior, o volante era mais caro do que o dos outros Dart; modelo esportivo produzido pela Walrod Volantes Especiais, não tinha botão de buzina e era maior que o utilizado nos modelos Charger, devido à desmultiplicação da direção com suas 6,5 voltas.

O estofamento, apesar de ser menos luxuoso, era de vinil em padrão quadriculado - branco e preto - e com assentos dianteiros individuais. Os dianteiros eram mais anatômicos e tinham encosto um pouco mais alto. Os bancos em vinil quadriculado da época hoje são um charme e muito difíceis de encontrar. Uma crítica aos bancos, sem trava de segurança, foi discutida na edição de julho de 1972 da Auto Esporte.

A manopla do câmbio também era única deste modelo. Sua caixa de câmbio Clark de 3 marchas possuía trambulador exclusivo, com alavanca colocada no assoalho numa posição bem confortável e prática para o motorista. O túnel do Dodge SE era único, possuindo uma saliência no assoalho no lado do motorista, que permitia espaço para o funcionamento das varetas.

Na edição de junho de 1972, a revista Quatro Rodas mostrou que o carro possuía um motor excelente. O motor era o mesmo que equipou toda a linha, o colossal V8 de 318 polegadas cúbicas - 5.2 litros - até hoje, a maior unidade de força já forjada no Brasil para um carro de passeio. No caso do Dodge SE, eram 198hp e 41,5mkgf que fazia o carro chegar aos 172 km/h.

Grade, capô e a parte da traseira entre as lanternas eram pintados de preto fosco, que contrastava com as cores vivas disponíveis. Os piscas eram brancos, remanescentes do estoque do ano anterior, já que os outros modelos de Dart do mesmo ano possuíam lentes na cor âmbar. O preto fosco foi a opção, apenas os para-choques e hastes que separam os vidros laterais permaneceram brilhantes. Nas laterais, duas faixas paralelas percorrem quase toda extensão do carro e terminam com as letras “SE”.

Os pneus eram diagonais 6,95 X 14" e rodas de aço 14” X 5 1/2". As rodas eram prateadas modelos Rallye básicas, com calotas únicas ao modelo SE.

A grande maioria dos Dodge SE vendidos saiu das concessionárias repleto de opcionais que melhoravam seu conforto, principalmente ar-condicionado, direção hidráulica e rádio. Outros opcionais comuns eram conta-giros e vinil preto no teto.

Plaqueta

Todos veículos Dodge possuem uma plaqueta de identificação, dentro do cofre do motor, na parede corta-fogo lado do motorista. Os Dodge Special Edition são identificados pelo código LE-23, estampado no campo “modelo”. As cinco cores disponíveis para os Dodge SE em 1972 eram Amarelo-Boreal (Y5), Amarelo-Enxofre (Y8), Branco Polar (W3), Verde-Tropical (V2) e o Vermelho-SE (R4).

Referências Dodge SE

Teste Revista Quatro-Rodas, Junho 1972

  • “Ele foi criado especialmente para um público jovem, que não liga para cromados mas exige desempenho”
  • “Ele acelera de zero a 100 Km/h em pouco mais de 10 segundos, como alguns bons esportivos importados, e chega à máxima de 172 Km/h”
  • “Não há luzes de cortesia e o pisca-pisca não volta sozinho”
  • “Os freios a tambor são insuficientes para a potência do carro”
  • “A simplificação não empobreceu a aparência do novo Dodge”

Links Dodge SE


Referências
  1. «Novo Fiat Tempra esse deve ser o nome do sedan Viaggio no Brasil». Encontra Carros. Consultado em 06 de janeiro de 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)