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- The technical term direction of fit is used to describe the distinctions that are offered by two related sets of opposing terms:
* The more general set of mind-to-world (i.e., mind-to-fit-world, not from-mind-to-world) vs. world-to-mind (i.e., world-to-fit-mind) used by philosophers of mind, and
* The narrower, more specific set, word-to-world (i.e., word-to-fit-world) vs. world-to-word (i.e., world-to-fit-word) used by advocates of speech act theory such as John Searle. (en)
- Dirección de ajuste es una metáfora que procede de una historia que aparece en la obra de Elizabeth Anscombe titulada Intention (1957), en la que un detective sigue a un comprador por toda la ciudad haciendo una lista con todas aquellas cosas que el comprador finalmente adquiere. Como señala Anscombe, mientras que la lista que el detective elabora tiene que ajustarse al modo en que son las cosas (cada una de las compras que hace el comprador ha de estar en la lista del detective), la lista del comprador es tal que es el mundo el que tiene que ajustarse a ella (cada uno de los ítems en la lista tiene que ser adquirido por el comprador). La metáfora se usa ahora de forma habitual para describir la diferencia entre tipos de actos de habla (afirmaciones versus órdenes) y tipos de estados metales (creencias versus deseos). Así, por ejemplo, se suele decir que las creencias tienen una dirección de ajuste mundo-mente debido a que el contenido de las creencias es el que se considera ajustado al modo en que son las cosas: las creencias falsas han de ser abandonadas. Los deseos poseen la dirección de ajuste contraria, ya que es a la naturaleza de los deseos a lo que el mundo debe ajustarse. Esto es así al menos en la medida en que la función de un deseo no satisfecho es la de reforzar aquella conducta que se dirige a que el mundo sea como se quiere en ese deseo. (es)
- O termo técnico direção de ajuste é usado para descrever as distinções que são oferecidas por dois conjuntos relacionados de termos opostos.O conjunto mais geral de "Mente-ao-Mundo" (ie, "mente-se-ajusta-para-mundo", não "da-mente-para-mundo") versus "Mundo-a-Mente" (isto é, "mundo-se-ajusta-para-mente") usado pelos filósofos da mente, e o conjunto, mais específico, a "palavra-ao-mundo" (ie, "palavra-se-ajusta-para-mundo") versus mundo a palavra (ou seja, "mundo-se-ajusta-para-palavra") usada pelos defensores da teoria dos atos da fala. Searle defende que todos estados intencionais que tem uma direção-de-ajuste são representações de suas condições de satisfação. As crenças, desejos, esperanças, medos e intenções são todos representações de suas condições de satisfação e atraves delas que a mente humana se relaciona com o mundo exterior. Os estados mentais intencionais representam condições de satisfação. Na filosofia da mente, uma crença tem uma direção de ajuste "Mente-ao-Mundo". Uma crença (que "p", por exemplo) descreve o mundo como estando em uma situação de tal modo que "p" é verdadeiro. Crenças, alguns filósofos têm argumentado, têm por objetivo serem verdadeiras e assim visam se ajustarem o mundo. A crença é satisfeita quando ele se adapta e reflete a realidade no mundo. Um desejo, por outro lado, normalmente expressa um estado intencional das coisas ainda a serem concretizadas e por isso tem um sentido de ajuste "Mundo-a-Mente". Um desejo que "p", ao contrário de uma crença, não descreve o mundo como sendo o estado "p", mas sim, expressa um desejo que o mundo seja tal que "p" é verdadeiro. O desejo é um estado mental que é satisfeito quando o mundo se ajusta a ele. Não somente na Filosofia da mente a direção de ajuste é um conceito importante, também na Filosofia da linguagem a direção de ajuste é importatíssima para se entender a essência e natureza dos fenômenos lingüísticos, pois a direção de ajuste dos atos ilocucionários refere-se à relação entre a linguagem e a realidade, as palavras e o mundo por elas referido. Segundo John Searle, os atos ilocucionários com propósito declaratório têm esse duplo ajuste e atos ilocucionários têm direção de ajuste nula.Em síntese, Searle diz, que há quatro e tão-somente quatro direções de ajuste:
* direção de ajuste palavra-mundo — a proposição tem de corresponder a um independente estado de coisas no mundo, são seus exemplos relatos, descrições, hipóteses, predições, promessas;
* direção de ajuste mundo-palavra — o mundo é alterado para se ajustar ao conteúdo da proposição, sendo seus exemplos ordens, comandos, súplicas, pedidos;
* direção de ajuste dupla — o mundo é alterado para se ajustar ao conteúdo proposicional que por sua vez representa o mundo como sendo alterado, são seu exemplo declarações;
* direção de ajuste nula — não há intenção de realizar nenhum ajuste porque o propósito do ato é simplesmente expressar a atitude do falante em relação ao estado de coisas representado pela proposição ou suspender a relação entre linguagem e realidade, em comum acordo com o ouvinte. Exemplos dessa direção são as expressões de felicidade ou de raiva, ou as ficções. Um exemplo constantemente citado por Searle foi escrito por Elizabeth Anscombe: Suponhamos que um homem vá ao supermercado com uma lista de compras feito por sua esposa, onde estão escritas as palavras “feijão, manteiga, toucinho e pão”. Suponhamos que, enquanto anda pelo supermercado com seu carrinho, selecionando esses itens, seja seguido por um detetive, que anota tudo que ele pega. Ao saírem da loja, comprador e detetive terão suas listas idênticas. No entanto, a função das duas listas será bem diferente. No caso do comprador, o propósito da lista é, por assim dizer, levar o mundo a corresponder às palavras; ele deve fazer com que a lista se ajuste às ações do comprador.Isso também pode ser demonstrado através da observação do papel do “erro” nos dois casos. Se o detetive chegar em casa e de repente se der conta de que o homem comprou costeletas de porco em vez de comprar toicinho, poderá simplesmente apagar a palavra “toicinho” e escrever “costeletas de porco”. Entretanto, se o comprador chegar em casa e a esposa lhe chamar a atenção para o fato de ter comprado costeletas de porco em vez de toucinho, ele não poderá corrigir o erro apagando “toucinho” da lista e nela escrevendo “costeletas de porco”. Nesse exemplo, Searle demonstra que ambas as listas são o conteúdo proposicional, porém, de diferentes atos ilocucionários. A forma pela qual esse conteúdo se relacionará com a realidade dependerá da força ilocucionária, e a diferença é quanto à direção-de-ajuste.A lista do detetive tem a direção-de-ajuste palavra-ao-mundo, e a lista do comprador tem a direção-de-ajuste mundo-a-palavra. (pt)
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- The technical term direction of fit is used to describe the distinctions that are offered by two related sets of opposing terms:
* The more general set of mind-to-world (i.e., mind-to-fit-world, not from-mind-to-world) vs. world-to-mind (i.e., world-to-fit-mind) used by philosophers of mind, and
* The narrower, more specific set, word-to-world (i.e., word-to-fit-world) vs. world-to-word (i.e., world-to-fit-word) used by advocates of speech act theory such as John Searle. (en)
- Dirección de ajuste es una metáfora que procede de una historia que aparece en la obra de Elizabeth Anscombe titulada Intention (1957), en la que un detective sigue a un comprador por toda la ciudad haciendo una lista con todas aquellas cosas que el comprador finalmente adquiere. Como señala Anscombe, mientras que la lista que el detective elabora tiene que ajustarse al modo en que son las cosas (cada una de las compras que hace el comprador ha de estar en la lista del detective), la lista del comprador es tal que es el mundo el que tiene que ajustarse a ella (cada uno de los ítems en la lista tiene que ser adquirido por el comprador). La metáfora se usa ahora de forma habitual para describir la diferencia entre tipos de actos de habla (afirmaciones versus órdenes) y tipos de estados metal (es)
- O termo técnico direção de ajuste é usado para descrever as distinções que são oferecidas por dois conjuntos relacionados de termos opostos.O conjunto mais geral de "Mente-ao-Mundo" (ie, "mente-se-ajusta-para-mundo", não "da-mente-para-mundo") versus "Mundo-a-Mente" (isto é, "mundo-se-ajusta-para-mente") usado pelos filósofos da mente, e o conjunto, mais específico, a "palavra-ao-mundo" (ie, "palavra-se-ajusta-para-mundo") versus mundo a palavra (ou seja, "mundo-se-ajusta-para-palavra") usada pelos defensores da teoria dos atos da fala. Suponhamos que um homem vá ao supermercado com uma (pt)
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