Jerônimo: diferenças entre revisões
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{{PBPE|Jerônimo|Jerónimo}}, nascido '''Eusébio Sofrônio Jerônimo''' ({{langx|la|''Eusebius Sophronius Hieronymus''}}; {{langx|el|Εὐσέβιος Σωφρόνιος Ἱερώνυμος}}) e também conhecido como '''Jerônimo de Estridão''' ([[Estridão]], {{Circa|[[347]]}} - [[Belém (Palestina)|Belém]], [[30 de setembro]] de [[420]]), foi um sacerdote [[
Jerônimo é reconhecido como
== Biografia ==
Eusébio Sofrônio Jerônimo nasceu na cidade de [[Estridão]], na [[Província romana|província romana]] da [[Dalmácia romana|Dalmácia]], por volta de 347,<ref>{{citar livro
Ainda como estudante em Roma, Jerônimo se envolveu no comportamento errático dos colegas mais despreocupados, o que lhe provocava depois terríveis ataques de arrependimento. Para apaziguar a consciência, visitava aos domingos as sepulturas dos [[mártir]]es e dos [[apóstolo]]s nas [[catacumbas de Roma|catacumbas]], uma experiência que lhe lembrava dos terrores do [[inferno]]:
{{citação2|Frequentemente me encontrava entrando naquelas profundas criptas escavadas na terra, com suas paredes de ambos os lados preenchidas com os corpos dos mortos, onde tudo era tão escuro que parecia quase como se as palavras do [[Livro dos Salmos|salmista]] tivessem se realizado: {{citar bíblia|Salmos|55|15|citação=Desçam vivos ao [[Cheol]]}}. Aqui e ali, a luz, não vinda de janelas, mas descendo através das valas, aliviava o horror da escuridão. Mas novamente, tão logo você se via caminhando cuidadosamente adiante, a noite escura se fechava a sua volta e vinha-me à mente o verso de [[Virgílio]]: "Horror ubique animos, simul ipsa silentia terrent"|Jerônimo|Commentarius in Ezzechielem<ref>{{citar livro
Jerônimo utilizou de uma passagem de Virgílio — ''"Por todos os lados o horror se espalhava; o profundo silêncio inspirava o terror na minh'alma"''<ref>[http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0054%3Abook%3D2%3Acard%3D752 P. Vergilius Maro, Aeneid Theodore C. Williams, Ed. Perseus Project] (retrieved 23 Aug 2013)</ref> — para descrever o horror do inferno. No início de sua carreira, ele utilizava termos de [[literatura clássica|autores clássicos]]{{dn}} para descrever conceitos cristãos (como "Cheol", um termo para o inferno) , um indicativo de sua educação clássica. Embora inicialmente cético em relação ao [[cristianismo]], no fim acabou se convertendo.<ref>{{citar livro
Alguns deles o acompanharam quando ele partiu, por volta de 373, numa viagem através da [[Trácia]] e da [[Ásia Menor]] até o norte da [[Síria romana|Síria]]. Em [[Antioquia]], onde ficou por mais tempo, dois de seus companheiros morreram e ele próprio ficou seriamente doente mais de uma vez. Durante uma destas enfermidades (perto do inverno de 373-374), Jerônimo teve uma [[visão (religião)|visão]] que levou-a a abandonar seus estudos seculares para dedicar-se completamente a [[Deus]]. Ele parece ter trocado uma grande quantidade de tempo que dispendia no estudo dos clássicos para estudar a [[Bíblia]], dirigido por [[Apolinário de Laodiceia]], que na época ensinava em Antioquia e ainda não dava sinais de sua futura condenação por [[heresia]] (vide [[apolinarismo]]).
Tomando por um súbito desejo de viver em [[penitência]] [[ascetismo|asceta]], Jerônimo passou um tempo no deserto de [[Cálcis (Síria)|Cálcis]], para o sudoeste de Antioquia, uma região conhecida como "[[Tebaida Síria]]", onde moravam numerosos [[eremita]]s. Durante este período, ele parece ter encontrado tempo para estudar e escrever. Lá também dedicou-se a aprender pela primeira vez o [[língua hebraica|hebraico]], sob a tutela de um [[judeu]] convertido e é possível que ele tenha mantido correspondência com os [[judeo-cristãos]] de Antioquia. Por volta desta época, Jerônimo contratou uma cópia de um "Evangelho Hebreu", do qual fragmentos foram preservados em suas notas e que é hoje conhecido como "[[Evangelho dos Hebreus]]", considerado o verdadeiro [[Evangelho de Mateus]] pelos [[nazarenos (seita)|nazarenos]].<ref>{{citar livro
De volta em Antioquia em 378 ou 379, foi [[ordem (sacramento)|ordenado]] pelo [[bispo de Antioquia|bispo]] [[Paulino de Antioquia]], aparentemente contra sua vontade e sob a condição de poder continuar sua vida asceta. Logo depois, viajou para [[Constantinopla]] para continuar seus estudos sobre as [[Escrituras]] com [[Gregório Nazianzeno]]. Ele passou por volta de uns dois anos por lá e partiu novamente para Roma, onde passou os três anos seguintes (382-385) na corte do [[papa Dâmaso I]] e a liderança cristã da cidade. O motivo da viagem foi um convite para que participasse do [[Concílio de Roma (382)|concílio de 382]] realizado para acabar com o [[cisma]] na [[Igreja de Antioquia]], que na época tinha mais de um [[patriarca de Antioquia|patriarca]] alegando ser o verdadeiro. Acompanhando um deles, Paulino, pretendia apoiá-lo nos trabalhos, acabou se destacando junto ao [[papa]] e passou a exercer um importante papel durante seus concílios.
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| header = Tradições artísticas sobre Jerônimo
| footer =
| image1 = Hans Memling - St Jerome and the Lion - WGA14946.jpg
| alt1 =
| caption1 = ''Jerônimo e o Leão'', de [[Hans Memling]]. Além do hábito vermelho de [[cardeal]], Jerônimo ainda aparece curando a pata do leão, uma história proveniente da fusão de sua história com a de [[São Gerásimo]].
| image2 = Leonardo da Vinci - Saint Jerome.jpg
| alt2 =
| caption2 = ''[[São Jerónimo no deserto]]'', na famosa representação de [[Leonardo da Vinci]]. Jerônimo aparece como um [[eremita]], semi-nu e à mercê dos elementos.
| image3 = Peter Paul Rubens - St Jerome in His Hermitage - WGA20188.jpg
| alt3 =
| caption3 = ''Jerônimo escrevendo em seu estúdio'' de [[Peter Paul Rubens]]. Além do material de escrita, aparecem também o leão e a cor vermelha, característica do [[cardeal|cardinalato]].
}}
Jerônimo foi um acadêmico numa época que o título implicava fluência em grego, mas ele sabia também alguma coisa de hebraico quando começou seu projeto de tradução. Para reforçar seus conhecimentos, mudou-se para [[Jerusalém]] estudando os comentários judaicos sobre as Escrituras. Paula, a rica aristocrata romana que era uma de suas seguidoras, financiou sua estadia num mosteiro em Belém onde ele pôde concluir sua tradução. O trabalho começou em 382, com a correção da versão latina do [[Novo Testamento]] utilizada na época, a ''[[Vetus Latina]]''. Em 390, iniciou a tradução da [[Bíblia Hebraica]] a partir do original, tendo já traduzido algumas partes utilizando a ''[[Septuaginta]]'' grega originária de [[Alexandria]]. Jerônimo acreditava que o [[Concílio de Jâmnia]] - da corrente principal do [[judaísmo rabínico]] - havia rejeitado a ''Septuaginta'' como versão válida das Escrituras judaicas por conta do que ele aferiu serem erros de tradução e elementos [[heresia|heréticos]] [[helenismo|helenísticos]].<ref name=lxxshift>"{{citar web
Antes da ''Vulgata'' de Jerônimo, todas as traduções do Antigo Testamento eram baseadas na ''Septuaginta'' e não na Bíblia Hebraica. Porém, a decisão de utilizar esta ao invés daquela, que era também uma tradução do hebraico, como fonte foi contrária às recomendações da maioria dos cristãos de seu tempo, incluindo [[Santo Agostinho]], que considerava a ''Septuaginta'' [[Inspiração (religião)|inspirada]]. O consenso acadêmico moderno, porém, tem lançado dúvidas sobre o quanto Jerônimo de fato conhecia de hebraico e muitos acreditam que, na realidade, a "[[Hexapla]]" grega teria sido a principal fonte para a tradução ''"iuxta Hebraeos"'' de Jerônimo do Antigo Testamento.<ref>Pierre Nautin, article ''Hieronymus'', in: Theologische Realenzyklopädie, Vol. 15, Walter de Gruyter, Berlin - New York 1986, p}}</ref>
Seus comentários [[patrística|patrísticos]] se alinham de forma muito próxima à tradição judaica e ele se entrega às sutilezas [[Interpretação alegórica da Bíblia|alegóricas]] e [[misticismo cristão|místicas]] no estilo de [[Fílon de Alexandria|Fílon]] e da "[[Escola de Alexandria]]". Ao contrário de seus contemporâneos, Jerônimo enfatizava a diferença entre os [[apócrifos]] da Bíblia Hebraica e os [[livros protocanônicos]] da ''Hebraica veritas'' ("verdadeira [Bíblia] Hebraica"). Evidências disso aparecem em suas introduções para os apócrifos [[Salomão|salomônicos]] (como os "[[Salmos de Salomão]]") e os livros de [[Livro de Tobias|Tobias]] e [[Livro de Judite|Judite]]. Mais notável, porém, é sua afirmação na introdução de seu comentário aos [[Livros de Samuel]]:
{{citação2|Este prefácio às Escrituras podem servir como uma introdução defensiva para todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, para que possamos estar seguros que o que ficou de fora deve ser deixado de lado como obras apócrifas.|Jerônimo|Comentários sobre Samuel<ref>{{citar web|url=http://www.bible-researcher.com/jerome.html
Os comentários de Jerônimo se dividem em três grupos principais:
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Praticamente todas as obras de Jerônimo no campo do [[dogma]] tem um caráter [[polêmica|polêmico]] de tom mais ou menos veemente, direcionadas principalmente contra os defensores de doutrinas contrárias às [[ortodoxia doutrinária|ortodoxas]]. Até mesmo a tradução de um tratado de [[Dídimo, o Cego]], sobre o [[Espírito Santo]] para o [[latim]] (iniciada em Roma em 384 e completada em Belém) revela uma tendência [[apologética cristã|apologética]] contra os [[arianos]] e os ''[[pneumatomachoi]]''. O mesmo vale para sua versão para ''"De principiis"'', de Orígenes (''ca.'' 399), cujo objetivo era sobrepujar a tradução incorreta de [[Tirânio Rufino|Rufino]]. Obras mais polêmicas, ''[[stricto sensu]]'', foram escritas em todos os períodos de sua vida, em diferentes contextos. Durante suas passagens por Constantinopla e Antioquia, por exemplo, Jerônimo estava mais preocupado com a [[controvérsia ariana]] e, especialmente, com o [[cisma meleciano|cisma em Antioquia]] protagonizado por [[Melécio de Antioquia]] e [[Lúcifer Calaritano]]. Duas cartas ao [[papa Dâmaso I|papa Dâmaso]] (Ep. 15 & 16) trazem reclamações a ambos os partidos em disputa, os melecianos e os paulinianos, que tentavam atraí-lo para a controvérsia sobre a relação entre [[Deus Pai]] e [[Deus Filho]] na [[Trindade (cristianismo)|Trindade]] e, mais especificamente, à aplicação de termos como ''[[ousia]]'' (substância) e [[hipóstase]] a esta relação. Na mesma época ou pouco depois (373), ele compôs sua ''"Liber Contra Luciferianos"'', na qual ele utiliza o diálogo de forma bastante inteligente para combater os princípios da facção dos calaritanos, principalmente sua rejeição ao [[batismo]] realizado por [[heresia|heréticos]] (uma tese de cunho [[donatismo|donatista]], já rejeitada antes).
Em Roma (por volta de 383), Jerônimo escreveu uma apaixonada resposta aos ensinamentos de [[Helvídio]] defendendo a doutrina da [[virgindade perpétua de Maria]] e da superioridade da castidade sobre o [[matrimônio]]. Um adversário de natureza similar foi [[Joviniano]], com quem debateu em 392 (''"[[Contra Joviniano|Adversus Jovinianum]]"'' e a defesa desta obra endereçada ao seu amigo [[Pamáquio]] - Ep. 48). Em 406, uma vez mais Jerônimo defendeu as práticas piedosas
A última obra polêmica de Jerônimo foi sua ''"Dialogus contra Pelagianos"'' (415), contra a heresia do [[pelagianismo]].
== Legado ==
Jerônimo é o segundo autor mais prolífico do cristianismo antigo tardio (depois de [[Santo Agostinho]]). Na [[Igreja Católica]], ele é reconhecido como [[santo padroeiro]] dos tradutores, bibliotecários e enciclopedistas.<ref>{{citar web|autor=USA
=== Arte ===
Na arte, Jerônimo geralmente aparece representado como um dos quatro [[Doutor da Igreja|doutores]] latinos, juntamente com [[Santo Agostinho]], [[Santo Ambrósio]] e [[São Gregório Magno]]. Como um membro proeminente do clero romano, ele foi muitas vezes representado - anacronisticamente - com o hábito vermelho de [[cardeal]]. Mesmo quando ele aparece representado como um [[anacoreta]] semi-nu, com a [[cruz]], a caveira (símbolo da mortalidade) e a Bíblia como únicas mobílias de sua cela, o [[galero|chapéu cardinalício]] ou outro indicativo de sua posição de cardeal aparece, via de regra, em algum lugar da obra.
Jerônimo é também geralmente representado na companhia de um [[leão]], uma referência a uma conhecida lenda de como ele teria domado um leão ao curar um ferimento em sua pata. A origem da história, quase idêntica à contada sobre [[São Gerásimo]], foi possivelmente uma confusão entre os nomes em latim dos dois santos, ''"Gerasimus"'' e ''"Geronimus".''{{ref label2|a}}{{ref label2|b}} Hagiografias de Jerônimo contam que ele passou muitos anos nos desertos da [[Síria romana]] e diversos artistas intitularam sua obras "São Jerônimo no Deserto", entre eles [[Pietro Perugino]] e [[Lambert Sustris]].<ref>{{citar web|url=http://www.catholic-saints.info/patron-saints/saint-jerome.htm
Ele é por vezes também representado com uma [[coruja]], o símbolo da sabedoria e da erudição.<ref name="NMSU">[http://artdepartment.nmsu.edu/faculty/zarursite/retablo/col-saints.html The Collection: St. Jerome] {{Wayback|url=http://artdepartment.nmsu.edu/faculty/zarursite/retablo/col-saints.html#
<gallery widths="200" heights="200">
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== Ver também ==
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== Notas ==
{{refbegin}}
{{Note label2|a}} [[Eugene F. Rice, Jr.|Eugene Rice]] sugeriu que, com toda certeza, a história do leão de Gerásimo se ligou à Jerônimo em algum momento no {{séc|VII}}, depois que as invasões militares árabes forçaram muitos monges gregos que viviam nos desertos do Oriente Médio a buscarem refúgio em Roma. Rice conjectura<ref>''Saint Jerome in the Renaissance'', pp. 44-45</ref> que, ''"por causa da similaridade entre os nomes 'Gerasimus' e 'Geronimus', este o nome latino de Jerônimo, um sacerdote também latino tornou São Jerônimo o herói da história que ele havia ouvido sobre São Gerásimo; e que o autor da 'Plerosque nimirum', atraído por uma história ao mesmo tempo tão pitoresca, tão aparentemente apropriada e tão ressonante em significado e sugestionamento; e sob a impressão de que ela teria origem em histórias que peregrinos teriam ouvido em Belém, incluiu-a em sua '[[hagiografia|vida]]' de um santo favorito que, não fosse assim, não realizara milagres"''.<ref>{{citar livro
{{Note label2|b}} Uma reminiscência desta história pode ser encontrada na "[[Legenda Áurea]]" ({{séc|XIII}}), de [[Jacobus de Voragine]]<ref>{{citar livro
{{-fim}}
▲{{Note label2|b}} Uma reminiscência desta história pode ser encontrada na "[[Legenda Áurea]]" ({{séc|XIII}}), de [[Jacobus de Voragine]]<ref>{{citar livro |sobrenome=Williams|nome=Megan Hale|título=The Monk and the Book: Jerome and the Making of Christian Scholarship|editora=U of Chicago P|local=Chicago|isbn=978-0-226-89900-8|página=1}}</ref>
▲{{Referências|col=2}}
== Bibliografia ==
* J.N.D. Kelly, "Jerome: His Life, Writings, and Controversies" (Peabody, MA 1998)
* S. Rebenich, "Jerome" (London and New York, 2002)
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* {{Schaff-Herzog|Jerome}}
* Saint Jerome, ''Three biographies: Malchus, St. Hilarion and Paulus the First Hermit Authored by Saint Jerome'', London, 2012. limovia.net. ISBN 978-1-78336-016-1
* {{citar livro|autor
{{Refend}}
== Ligações externas ==
{{Commonscat|getwikidata}}
{{Refbegin|colwidth=35em}}
▲{{Refbegin|2}}
* {{1913CE|St. Jerome}}
* {{JewishEncyclopedia|artigo=Jerome|url=http://jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=239&letter=J&search=Jerome
* {{citar web|url
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[[Categoria:Doutores da Igreja]]
[[Categoria:Santos da Igreja Católica]]
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[[Categoria:Santos ortodoxos]]
[[Categoria:Tradutores da Bíblia]]
[[Categoria:Teólogos do Império Romano]]
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[[Categoria:Romanos antigos do século IV]]
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[[Categoria:Teólogos do Império Bizantino]]
[[Categoria:Apologética cristã]]
[[Categoria:Cronistas]]
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