Jerônimo: diferenças entre revisões
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{{Ver desambig2|redir=São Jerônimo|São Jerónimo (desambiguação)|Jerónimo (desambiguação)}}
{{Mais notas|Este artigo|bioh|data=janeiro de 2022}}
{{Info/Santo
|nome
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{{PBPE|
== Biografia ==
Eusébio Sofrônio Jerônimo nasceu
Ainda como estudante em Roma, Jerônimo se envolveu no comportamento errático dos colegas mais despreocupados, o que lhe provocava depois terríveis ataques de arrependimento. Para apaziguar a consciência, visitava aos domingos as sepulturas dos [[mártir]]es e dos [[apóstolo]]s nas [[catacumbas de Roma|catacumbas]], uma experiência que lhe lembrava dos terrores do [[inferno]]:
{{citação2|Frequentemente me encontrava entrando naquelas profundas criptas escavadas na terra, com suas paredes de ambos os lados preenchidas com os corpos dos mortos, onde tudo era tão escuro que parecia quase como se as palavras do [[Livro dos Salmos|salmista]] tivessem se realizado: {{citar bíblia|Salmos|55|15|citação=Desçam vivos ao [[Cheol]]}}. Aqui e ali, a luz, não vinda de janelas, mas descendo através das valas, aliviava o horror da escuridão. Mas novamente, tão logo você se via caminhando cuidadosamente adiante, a noite escura se fechava a sua volta e vinha-me à mente o verso de [[Virgílio]]: "Horror ubique animos, simul ipsa silentia terrent"|Jerônimo|Commentarius in Ezzechielem<ref>{{citar livro
Jerônimo utilizou de uma passagem de [[Virgílio]] — ''"Por todos os lados o horror se espalhava; o profundo silêncio inspirava o terror na minh'alma"''<ref>[http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0054%3Abook%3D2%3Acard%3D752 P. Vergilius Maro, Aeneid Theodore C. Williams, Ed. Perseus Project] (retrieved 23 Aug 2013)</ref> — para descrever o horror do inferno. No início de sua carreira, ele utilizava termos de [[literatura clássica|autores clássicos]]{{dn}} para descrever conceitos cristãos (como "Cheol", um termo para o inferno)
Alguns deles o acompanharam quando ele partiu, por volta de 373, numa viagem através da [[Trácia]] e da [[Ásia Menor]] até o norte da [[Síria romana|Síria]]. Em [[Antioquia]], onde ficou por mais tempo, dois de seus companheiros morreram e ele próprio ficou seriamente doente mais de uma vez. Durante uma destas enfermidades (perto do inverno de 373-374), Jerônimo teve uma [[visão (religião)|visão]] que levou-a a abandonar seus estudos seculares para dedicar-se completamente a [[Deus]]. Ele parece ter trocado uma grande quantidade de tempo que dispendia no estudo dos clássicos para estudar a [[Bíblia]], dirigido por [[Apolinário de Laodiceia]], que na época ensinava em Antioquia e ainda não dava sinais de sua futura condenação por [[heresia]] (vide [[apolinarismo]]).
Tomando por um súbito desejo de viver em [[penitência]] [[ascetismo|asceta]], Jerônimo passou um tempo no deserto de [[Cálcis (Síria)|Cálcis]], para o sudoeste de Antioquia, uma região conhecida como "[[Tebaida Síria]]", onde moravam numerosos [[eremita]]s. Durante este período, ele parece ter encontrado tempo para estudar e escrever. Lá também dedicou-se a aprender pela primeira vez o [[língua hebraica|hebraico]], sob a tutela de um [[judeu]] convertido e é possível que ele tenha mantido correspondência com os [[judeo-cristãos]] de Antioquia. Por volta desta época, Jerônimo contratou uma cópia de um "Evangelho Hebreu", do qual fragmentos foram preservados em suas notas e que é hoje conhecido como "[[Evangelho dos Hebreus]]", considerado o verdadeiro [[Evangelho de Mateus]] pelos [[nazarenos (seita)|nazarenos]].<ref>{{citar livro
De volta em Antioquia em 378 ou 379, foi [[ordem (sacramento)|ordenado]] pelo [[bispo de Antioquia|bispo]] [[Paulino de Antioquia]], aparentemente contra sua vontade e sob a condição de poder continuar sua vida asceta. Logo depois, viajou para [[Constantinopla]] para continuar seus estudos sobre as [[Escrituras]] com [[Gregório Nazianzeno]]. Ele passou por volta de uns dois anos por lá e partiu novamente para Roma, onde passou os três anos seguintes (382-385) na corte do [[papa Dâmaso I]] e a liderança cristã da cidade. O motivo da viagem foi um convite para que participasse do [[Concílio de Roma (382)|concílio de 382]] realizado para acabar com o [[cisma]] na [[Igreja de Antioquia]], que na época tinha mais de um [[patriarca de Antioquia|patriarca]] alegando ser o verdadeiro. Acompanhando um deles, Paulino, pretendia apoiá-lo nos trabalhos, acabou se destacando junto ao [[papa]] e passou a exercer um importante papel durante seus concílios.
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Em Roma, Jerônimo estava rodeado por um círculo de mulheres bem-nascidas e bem-educadas, incluindo algumas oriundas das mais nobres famílias [[patrício|patrícias]] romanas, como as viúvas [[Santa Leia|Leia]], [[Santa Marcela|Marcela]] e [[Santa Paula|Paula]], com suas filhas [[Blesila]] e [[Eustóquia]]. Como resultado da crescente inclinação destas mulheres pela [[vida monástica]], da indulgente lascividade que imperava em [[Roma]] e mais a crítica feroz de Jerônimo ao [[clero secular]], que não poupava ninguém, logo irrompeu um conflito contra o clero romano e seus aliados. Depois da morte de [[papa Dâmaso I|Dâmaso]], seu patrono (10 de dezembro de 384), Jerônimo foi forçado a abdicar de suas funções em Roma quando um inquérito foi aberto pelos seus inimigos para investigar uma suposta relação inapropriada entre ele e Paula.
Além disso, sua condenação ao estilo de vida [[hedonismo|hedonista]] de [[Blesila]] levou-a a adotar práticas ascetas que acabaram afetando sua saúde e a tornaram tão fraca fisicamente que ela morreu apenas quatro meses depois de começar a seguir suas instruções. A maior parte da população romana ficou enfurecida com Jerônimo, acusando-o de causar a morte prematura de uma jovem tão altiva. Para piorar, sua insistência de que Paula não deveria lamentar a morte dela e suas reclamações de que o luto por ela era excessivo foram vistos como cruéis e polarizaram ainda mais a opinião pública contra ele.<ref>Joyce Salisbury, ''Encyclopedia of women in the ancient world'', ''Blaesilla''</ref>
[[Ficheiro:Francisco de Zurbarán 043.jpg|thumb|esquerda|300px|Jerônimo com [[Santa Paula]] e sua filha [[Eustóquia]], duas de suas principais devotas. Uma rica viúva, Paula deu condições para que Jerônimo pudesse viver sem preocupações financeiras e se dedicasse aos estudos. Ela seguiu-o depois para Belém e morreu com ele na [[Terra Santa]].<br><small>1638-1640. Por [[Francisco de Zurbarán]], atualmente na [[Galeria Nacional de Arte]].</small>]]
Em agosto de 385, Jerônimo abandonou Roma definitivamente e voltou para Antioquia com seu irmão [[Pauliniano]] e diversos amigos; logo depois vieram Paula e [[Eustóquia]], decididas a terminar suas vidas na [[Terra Santa]]. No inverno do mesmo ano, Jerônimo viajou com elas na função de conselheiro espiritual. O grupo, acompanhado do bispo [[Paulino de Antioquia]], peregrinou por [[Jerusalém]], [[Belém (Palestina)|Belém]] e os lugares santos da [[Galileia]] antes de seguir para o [[Egito romano|Egito]], onde viviam os heróis da vida asceta, os [[padres do deserto|monges do deserto]].
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Na [[Escola Catequética de Alexandria]], Jerônimo ouviu [[Dídimo, o Cego]], ensinar sobre o [[profeta]] [[Oseias]] e contar o que se lembrava de [[Santo Antão]], que morrera trinta anos antes. Depois, passou algum tempo na [[Nítria]] admirando a disciplinada vida comunitária dos numerosos habitantes da ''"cidade do Senhor"'', percebendo que, mesmo ali, ''"serpentes escondidas"'', ou seja, a influência do polêmico teólogo alexandrino [[Orígenes]]. No final do verão de 388, voltou para a Terra Santa e passou o resto de sua vida numa cela eremítica perto de Belém rodeado por uns poucos amigos, homens e mulheres (incluindo Santa Paula e [[Eustóquia]]), a quem ele atendia como sacerdote e professor.
Com recursos financeiros suficientes providenciados pela rica Paula, que investia também em aumentar sua biblioteca, Jerônimo passou a levar uma vida de incessante produção literária. A estes últimos trinta e quatro anos de sua carreira pertencem suas mais importantes obras; sua versão do [[Antigo Testamento]] traduzida do original hebraico, o melhor de seus comentários sobre as Escrituras, seu catálogo de autores cristãos (''[[De Viris Illustribus (Jerônimo)|De Viris Illustribus]]'') e o seu diálogo contra os [[pelagianos]], de perfeição reconhecida até pelos seus adversários. A este período também pertence a maior parte de suas [[polêmica]]s, obras que o distinguem dos demais [[Padres da Igreja]] da época, incluindo tratados contra o [[origenismo]] (crença que seria depois [[anátema|anatemizada]]) do [[bispo de Jerusalém|bispo]] [[João II de Jerusalém]] e de seu antigo amigo [[Tirânio Rufino|Rufino]].
Em 416, como consequência de suas obras contra o pelagianismo, partidários inflamados da crença invadiram os edifícios monásticos perto de onde vivia, atearam-lhes fogo, atacaram os moradores e mataram um [[diácono]], forçando Jerônimo a se refugiar numa fortaleza nas imediações.
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| width = 300
| header = Tradições artísticas sobre Jerônimo
| footer =
| image1 = Hans Memling - St Jerome and the Lion - WGA14946.jpg
| alt1 =
| caption1 = ''Jerônimo e o Leão'', de [[Hans Memling]]. Além do hábito vermelho de [[cardeal]], Jerônimo ainda aparece curando a pata do leão, uma história proveniente da fusão de sua história com a de [[São Gerásimo]].
| image2 = Leonardo da Vinci - Saint Jerome.jpg
| alt2 =
| caption2 = ''[[São Jerónimo no deserto]]'', na famosa representação de [[Leonardo da Vinci]]. Jerônimo aparece como um [[eremita]], semi-nu e à mercê dos elementos.
| image3 = Peter Paul Rubens - St Jerome in His Hermitage - WGA20188.jpg
| alt3 =
| caption3 = ''Jerônimo escrevendo em seu estúdio'' de [[Peter Paul Rubens]]. Além do material de escrita, aparecem também o leão e a cor vermelha, característica do [[cardeal|cardinalato]].
}}
Jerônimo foi um acadêmico numa época que o título implicava fluência em grego, mas ele sabia também alguma coisa de hebraico quando começou seu projeto de tradução. Para reforçar seus conhecimentos, mudou-se para [[Jerusalém]] estudando os comentários judaicos sobre as Escrituras. Paula, a rica aristocrata romana que era uma de suas seguidoras, financiou sua estadia num mosteiro em Belém onde ele pôde concluir sua tradução. O trabalho começou em 382, com a correção da versão latina do [[Novo Testamento]] utilizada na época, a ''[[Vetus Latina]]''. Em 390, iniciou a tradução da [[Bíblia Hebraica]] a partir do original, tendo já traduzido algumas partes utilizando a ''[[Septuaginta]]'' grega originária de [[Alexandria]]. Jerônimo acreditava que o [[Concílio de Jâmnia]]
Antes da ''Vulgata'' de Jerônimo, todas as traduções do Antigo Testamento eram baseadas na ''Septuaginta'' e não na Bíblia Hebraica. Porém, a decisão de utilizar esta ao invés daquela, que era também uma tradução do hebraico, como fonte foi contrária às recomendações da maioria dos cristãos de seu tempo, incluindo [[Santo Agostinho]], que considerava a ''Septuaginta'' [[Inspiração (religião)|inspirada]]. O consenso acadêmico moderno, porém, tem lançado dúvidas sobre o quanto Jerônimo de fato conhecia de hebraico e muitos acreditam que, na realidade,
Seus comentários [[patrística|patrísticos]] se alinham de forma muito próxima à tradição judaica e ele se entrega às sutilezas [[Interpretação alegórica da Bíblia|alegóricas]] e [[misticismo cristão|místicas]] no estilo de [[Fílon de Alexandria|Fílon]] e da "[[Escola de Alexandria]]". Ao contrário de seus contemporâneos, Jerônimo enfatizava a diferença entre os [[apócrifos]] da Bíblia Hebraica e os [[livros protocanônicos]] da ''Hebraica veritas'' ("
{{citação2|Este prefácio às Escrituras podem servir como uma introdução defensiva para todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, para que possamos estar seguros que o que ficou de fora deve ser deixado de lado como obras apócrifas.|Jerônimo|Comentários sobre Samuel<ref>{{citar web|url=http://www.bible-researcher.com/jerome.html
Os comentários de Jerônimo se dividem em três grupos principais:
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=== Epístolas ===
As [[epístola]]s de Jerônimo formam uma importante porção do que restou de suas obras literárias, tanto pela enorme variedade de temas quanto pela qualidade estilística. Independente de estar discutindo os problemas do ensino acadêmico ou argumentando em casos de consciência, reconfortando os aflitos ou apenas fazendo elogios aos amigos, atacando os vícios e corrupções de sua época ou a [[Pederastia na Grécia Antiga|imoralidade sexual]] no clero,<ref>"regulae sancti pachomii 84 rule 104.</ref>
As mais frequentemente republicadas ou citadas são as [[modo imperativo|exortativas]], como ''"Ad Heliodorum de laude vitae solitariae"'' (Ep. 14), ''"Ad Eustochium de custodia virginitatis"'' (Ep. 22), ''"Ad Nepotianum de vita clericorum et monachorum"'' (Ep. 52), uma espécie de [[:wikt:epítome|epítome]] de [[teologia pastoral]] do ponto de vista ascético, ''"Ad Paulinum de studio scripturarum"'' (Ep. 53), de mesmo objetivo, ''De institutione monachi'' (Ep. 57), ''"Ad Magnum de scriptoribus ecclesiasticis"'' (Ep. 70) e ''"Ad Laetam de institutione filiae"'' (Ep. 107).
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Praticamente todas as obras de Jerônimo no campo do [[dogma]] tem um caráter [[polêmica|polêmico]] de tom mais ou menos veemente, direcionadas principalmente contra os defensores de doutrinas contrárias às [[ortodoxia doutrinária|ortodoxas]]. Até mesmo a tradução de um tratado de [[Dídimo, o Cego]], sobre o [[Espírito Santo]] para o [[latim]] (iniciada em Roma em 384 e completada em Belém) revela uma tendência [[apologética cristã|apologética]] contra os [[arianos]] e os ''[[pneumatomachoi]]''. O mesmo vale para sua versão para ''"De principiis"'', de Orígenes (''ca.'' 399), cujo objetivo era sobrepujar a tradução incorreta de [[Tirânio Rufino|Rufino]]. Obras mais polêmicas, ''[[stricto sensu]]'', foram escritas em todos os períodos de sua vida, em diferentes contextos. Durante suas passagens por Constantinopla e Antioquia, por exemplo, Jerônimo estava mais preocupado com a [[controvérsia ariana]] e, especialmente, com o [[cisma meleciano|cisma em Antioquia]] protagonizado por [[Melécio de Antioquia]] e [[Lúcifer Calaritano]]. Duas cartas ao [[papa Dâmaso I|papa Dâmaso]] (Ep. 15 & 16) trazem reclamações a ambos os partidos em disputa, os melecianos e os paulinianos, que tentavam atraí-lo para a controvérsia sobre a relação entre [[Deus Pai]] e [[Deus Filho]] na [[Trindade (cristianismo)|Trindade]] e, mais especificamente, à aplicação de termos como ''[[ousia]]'' (substância) e [[hipóstase]] a esta relação. Na mesma época ou pouco depois (373), ele compôs sua ''"Liber Contra Luciferianos"'', na qual ele utiliza o diálogo de forma bastante inteligente para combater os princípios da facção dos calaritanos, principalmente sua rejeição ao [[batismo]] realizado por [[heresia|heréticos]] (uma tese de cunho [[donatismo|donatista]], já rejeitada antes).
Em Roma (por volta de 383), Jerônimo escreveu uma apaixonada resposta aos ensinamentos de [[Helvídio]] defendendo a doutrina da [[virgindade perpétua de Maria]] e da superioridade da castidade sobre o [[matrimônio]]. Um adversário de natureza similar foi [[Joviniano]], com quem debateu em 392 (''"[[Contra Joviniano|Adversus Jovinianum]]"'' e a defesa desta obra endereçada ao seu amigo [[Pamáquio]] - Ep. 48). Em 406, uma vez mais Jerônimo defendeu as práticas piedosas
A última obra polêmica de Jerônimo foi sua ''"Dialogus contra Pelagianos"'' (415), contra a heresia do [[pelagianismo]].
== Legado ==
Jerônimo é o segundo autor mais prolífico do cristianismo antigo tardio (depois de [[Santo Agostinho]]). Na [[Igreja Católica]], ele é reconhecido como [[santo padroeiro]] dos tradutores, bibliotecários e enciclopedistas.<ref>{{citar web|autor=USA
=== Arte ===
Na arte, Jerônimo geralmente aparece representado como um dos quatro [[Doutor da Igreja|doutores]] latinos, juntamente com [[Santo Agostinho]], [[Santo Ambrósio]] e [[São Gregório Magno]]. Como um membro proeminente do clero romano, ele foi muitas vezes representado
▲Na arte, Jerônimo geralmente aparece representado como um dos quatro [[Doutor da Igreja|doutores]] latinos, juntamente com [[Santo Agostinho]], [[Santo Ambrósio]] e [[São Gregório Magno]]. Como um membro proeminente do clero romano, ele foi muitas vezes representado - anacronisticamente - com o hábito vermelho de [[cardeal]]. Mesmo quando ele aparece representado como um [[anacoreta]] semi-nu, com a [[cruz]], a caveira (símbolo da mortalidade) e a Bíblia como únicas mobílias de sua cela, o [[galero|chapéu cardinalício]] ou outro indicativo de sua posição de cardeal aparece, via de regra, em algum lugar da obra.
Jerônimo é também geralmente representado na companhia de um [[leão]], uma referência a uma conhecida lenda de como ele teria domado um leão ao curar um ferimento em sua pata. A origem da história, quase idêntica à contada sobre [[São Gerásimo]], foi possivelmente uma confusão entre os nomes em latim dos dois santos, ''"Gerasimus"'' e ''"Geronimus".''{{ref label2|a}}{{ref label2|b}}
Ele é por vezes também representado com uma [[coruja]], o símbolo da sabedoria e da erudição.<ref name="NMSU">[http://artdepartment.nmsu.edu/faculty/zarursite/retablo/col-saints.html The Collection: St. Jerome] {{Wayback|url=http://artdepartment.nmsu.edu/faculty/zarursite/retablo/col-saints.html#|date=20121022221000}}, gallery of the religious art collection of [[New Mexico State University]], with explanations. Accessed August 10, 2007.</ref>
<gallery widths="200" heights="200">
Albrecht Dürer Saint Jerome 1521.jpg|alt=São Jerónimo, de Albrecht Durer 1521|São Jerónimo, de [[São Jerónimo (Albrecht Dürer)|Albrecht Durer]] 1521
Saint Jerome (c.347–420) (kwf00534).jpg|''Saint Jerome'' de [[Simon Vouet]] c. 1620
St.Jerome MET.jpg|''Saint Jerome'' c. 1520 no museu MET NY
</gallery>
== Ver também ==
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== Notas ==
{{refbegin}}
{{Note label2|a}} [[Eugene F. Rice, Jr.|Eugene Rice]] sugeriu que, com toda certeza, a história do leão de Gerásimo se ligou
{{Note label2|b}} Uma reminiscência desta história pode ser encontrada na "[[Legenda Áurea]]" ({{séc|XIII}}), de [[Jacobus de Voragine]]<ref>{{citar livro
{{-fim}}
▲{{Note label2|b}} Uma reminiscência desta história pode ser encontrada na "[[Legenda Áurea]]" ({{séc|XIII}}), de [[Jacobus de Voragine]]<ref>{{citar livro |sobrenome=Williams|nome=Megan Hale|título=The Monk and the Book: Jerome and the Making of Christian Scholarship|editora=U of Chicago P|local=Chicago|isbn=978-0-226-89900-8|página=1}}</ref>
{{Referências
== Bibliografia ==
* J.N.D. Kelly, "Jerome: His Life, Writings, and Controversies" (Peabody, MA 1998)
* S. Rebenich, "Jerome" (London and New York, 2002)
Linha 137 ⟶ 142:
* {{Schaff-Herzog|Jerome}}
* Saint Jerome, ''Three biographies: Malchus, St. Hilarion and Paulus the First Hermit Authored by Saint Jerome'', London, 2012. limovia.net. ISBN 978-1-78336-016-1
* {{citar livro|autor
{{Refend}}
== Ligações externas ==
{{Commonscat|getwikidata}}
{{Refbegin|colwidth=35em}}
▲{{Refbegin|2}}
* {{1913CE|St. Jerome}}
* {{JewishEncyclopedia|artigo=Jerome|url=http://jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=239&letter=J&search=Jerome
* {{citar web|url
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* {{citar web|url
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* {{citar livro|url
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* {{citar web|url
* {{citar web|url
*[https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records?search=&sort=-PURL_ID,_score&perpage=10&page=1&&refine%5BCreator%5D%5B%5D=Jer%C3%B3nimo%2C+Santo%2C+ca+343-420&r&&page=1&refine%5BRights%5D%5B%5D=PUBLIC+DOMAIN Obras de São Jerónimo na Biblioteca Nacional de Portugal]
{{-fim}}
{{Jerônimo}}
{{Padres da Igreja}}
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{{DEFAULTSORT:Jeronimo Stridon}}
[[Categoria:
[[Categoria:Padres da Igreja]]
[[Categoria:Doutores da Igreja]]
[[Categoria:Santos da Igreja Católica]]
[[Categoria:Santos anglicanos]]
[[Categoria:Santos ortodoxos]]
[[Categoria:Tradutores da Bíblia]]
[[Categoria:Teólogos do Império Romano]]
[[Categoria:Acadêmicos da tradução]]
[[Categoria:Pessoas citadas na Divina Comédia (Paraíso)]]
[[Categoria:Santos do Império Romano]]
[[Categoria:Escritores de cartas da Roma Antiga]]
[[Categoria:Romanos antigos do século IV]]
[[Categoria:Bizantinos do século V]]
[[Categoria:Romanos antigos do século V]]
[[Categoria:Teólogos do Império Bizantino]]
[[Categoria:Apologética cristã]]
[[Categoria:Cronistas]]
[[Categoria:Opositores ao arianismo]]
[[Categoria:Controvérsia pelagiana]]
[[Categoria:Santos da Lenda Dourada]]
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