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Subóscines engloba um conjunto de pássaros encontrados nas Américas, especificamente no Neotrópico onde alcançaram notável irradiação em larga escala; além disso, representam 30% da riqueza mundial de avifauna. São endêmicos mormente do Novo Mundo; embora sejam encontradas 51 espécies das famílias Eurylaimidae, Philepittidae e Pittidae de ocorrência exclusiva no Velho Mundo, para quais as evidências sugerem uma distribuição geográfica pretérita muito mais ampla do que a atual.[1][2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTyranni
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Tyranni
Infraordens
  • Eurylaimides
  • Tyrannides

Evolução

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Os subóscines são de uma linhagem evolutiva mais antiga do que a dos óscines (subordem Passeres). Quando existe contato entre os dois grupos, subóscines usualmente perdem em competição[3]; consequentemente, análises biogeográficas evidenciam que óscines são predominantes na Europa, Ásia, América do Norte, África e Austrália, enquanto subóscines são dominantes no Neotrópico. Ademais, a subordem Tyranni floresceu principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do Novo Mundo, onde mais de 90% das espécies hoje estão localizadas.[4]

A provável razão para a persistência da dominância dos subóscines no Neotrópico reside no fato de que a interação entre subóscines e óscines ficou restrita até um período geológico recente, onde até então a América do Sul se manteve isolada de outros continentes, nos quais os óscines vinham se diversificando. A oportunidade para um câmbio faunístico em larga escala entre América do Norte e do Sul só existe desde o final do Plioceno, onde houve a formação da América Central atuando como ponte, há entre 2 a 4 milhões de anos.[3][5]

Apesar desse contato entre os dois grupos dentro da América do Sul, observa-se que os óscines são prevalentes no dossel das florestas ou em hábitat abertos, enquanto que os subóscines são dominantes abaixo do dossel dentro das florestas. Por consequência, contata-se que o Grande Intercâmbio Faunístico Americano, que se seguiu à formação da ponte centro-americana, favoreceu os óscines norte-americanos, provavelmente responsáveis por impelir os subóscines sul-americanos para fora dos dosséis das florestas e das áreas abertas.[6]

Sistemática [7]

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Referências

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  1. MAYR, Ernst; Amadon, D. (1951)
    A CLASSIFICATION OF RECENT BIRDS.
    American Museum Novitates, v. 1496, p. 1-42.
  2. R. Terry Chesser (2004)
    MOLECULAR SYSTEMATICS OF NEW WORLD SUBOSCINE BIRDS.
    Molecular Phylogenetics And Evolution, v. 32, n. 1, p. 11-24. doi.org/10.1016/j.ympev.2003.11.015
  3. a b Alan Feduccia (1999). THE ORIGIN AND EVOLUTION OF BIRDS. Yale University Press.
  4. Ian Newton (2003). SPECIATION AND BIOGEOGRAPHY OF BIRDS. Academic Press.
  5. Swanson, David L.; Francisco Bozinovic (2011).
    METABOLIC CAPACITY AND THE EVOLUTION OF BIOGEOGRAPHIC PATTERNS IN OSCINE AND SUBOSCINE PASSERINE BIRDS.
    Physiological And Biochemical Zoology, v. 84, n. 2, p. 185-194. DOI 10.1086/658291
  6. Ricklefs, Robert E. (2002)
    SPLENDID ISOLATION: HISTORICAL ECOLOGY OF THE SOUTH AMERICAN PASSERINE FAUNA.
    Journal of Avian Biology, v. 33, n. 3, p. 207-211. www.jstor.org/stable/3677586
  7. «Suborder Tyranni - Hierarchy - The Taxonomicon» 
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