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Tupuxuara é um gênero de pterossauro que sobrevoava a região brasileira de Santana do Cariri, no sul do Ceará, há mais de 100 milhões de anos. Sua espécie-tipo é o Tupuxuara longicristatus. Outras espécies deste pterossauro foram encontrada no Brasil.

Tupuxuara
Intervalo temporal: Cretáceo Inferior
112 Ma
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ordem: Pterosauria
Subordem: Pterodactyloidea
Família: Tapejaridae
Subfamília: Thalassodrominae
Gênero: Tupuxuara
Kellner & Campos, 1988
Espécie-tipo
Tupuxuara longicristatus
Kellner & Campos, 1988
Espécies
  • T. leonardii Kellner & Campos, 1994
  • T. deliradamus Witton, 2009

Descoberta

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Tamanho do T. leonardii

O gênero foi batizado e descrito por Alexander Kellner e Diógenes de Almeida Campos em 1988, com espécie tipo Tupuxuara longicristatus. O nome genérico refere-se a um espírito familiar da mitologia indígena Tupi. O nome específico significa "crista longa" em latim.[1]

Em 1994, uma segunda espécie foi nomeada por Kellner: Tupuxuara leonardii. O nome específico homenageia Giuseppe Leonardi.[2]

Em 2009, outra espécie, batizada de Tupuxuara deliradamus foi encontrada por Mark Witton.[3]

Classificação

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Tupuxuara faz parte do grupo Azhdarchoidea. Kellner atribuiu-o aos Tapejaridae dentro de Azhdarchoidea. De acordo com algumas análises, no entanto, Tupuxuara está mais próximo dos Azhdarchidae (o grupo que inclui a forma gigante texana Quetzalcoatlus) do que de Tapejara e seus parentes.[1]

O cladograma abaixo segue a análise de 2011 de Felipe Pinheiro e colegas.[4]

Azhdarchoidea

Azhdarchidae

Tapejaridae
Thalassodrominae

Thalassodromeus sethi

Tupuxuara deliradamus

Tupuxuara leonardii

Chaoyangopterinae

Jidapterus edentus

Shenzhoupterus chaoyangensis

Chaoyangopterus zhangi

Tapejarinae

Sinopterus jii

Sinopterus dongi

Huaxiapterus benxiensis

Huaxiapterus corollatus

Tapejara wellnhoferi

Tupandactylus navigans

Tupandactylus imperator

Abaixo está um cladograma que mostra a colocação filogenética de Tupuxuara dentro da Neoazhdarchia de Andres e Myers (2013).[5]

 
Concepção artística dos pterossauros T. leonardii (esquerda) e T. longicristatus (direita)
 Neoazhdarchia 
 Thalassodrominae 

Thalassodromeus sethi

Tupuxuara leonardii

Tupuxuara longicristatus

 Dsungaripteridae 

Domeykodactylus ceciliae

Dsungaripterus weii

Noripterus complicidens

Noripterus parvus

 Chaoyangopteridae 

Eoazhdarcho liaoxiensis

Shenzhoupterus chaoyangensis

Chaoyangopterus zhangi

Jidapterus edentus

Radiodactylus langstoni

 Azhdarchidae 

Azhdarcho lancicollis

TMM 42489

Zhejiangopterus linhaiensis

Arambourgiania philadelphiae

Quetzalcoatlus northropi

Quetzalcoatlus sp.

Paleobiologia

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Já foi sugerido que Tupuxuara comia peixes na costa da América do Sul, enquanto algumas hipóteses divergentes incluem a possibilidade de que fosse frugívoro. No entanto, com base em suas afinidades com outros membros do mesmo clado, era provavelmente um onívoro ou carnívoro terrestre. O Thalassodromeus intimamente relacionado era especializado em presas maiores, enquanto as duas espécies de Tupuxuara careciam de tais especializações.[6]

Comparações entre os anéis esclerais de Tupuxuara e pássaros e répteis modernos sugerem que seria um animal de hábitos diurnos.[7]

Referências
  1. a b Kellner, A.W.A., and Campos, D.A. (1988). "Sobre um novo pterossauro com crista sagital da Bacia do Araripe, Cretaceo Inferior do Nordeste do Brasil. (Pterosauria, Tupuxuara, Cretaceo, Brasil)." Anais da Academia Brasileira de Ciências, 60: 459–469.
  2. Kellner, A. W. A.; Campos, D. A. (1994). «A new species of Tupuxuara (Pterosauria, Tapejaridae) from the Early Cretaceous of Brazil». An. Acad. Bras. Ciênc. (em inglês). 66: 467–473 
  3. «Britânico acha nova espécie de réptil voador nordestino». Folha 
  4. Pinheiro, Felipe L.; Fortier, Daniel C.; Schultz, Cesar L.; De Andrade, José Artur F.G.; Bantim, Renan A.M. (Setembro de 2011). «New Information on the Pterosaur, with Comments on the Relationships of Tapejaridae». Acta Palaeontologica Polonica (em inglês). 56 (3): 567–580. doi:10.4202/app.2010.0057 
  5. Andres, B.; Myers, T. S. (2013). «Lone Star Pterosaurs». Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh (em inglês). 103 (3–4): 383–398. doi:10.1017/S1755691013000303 
  6. Witton, Mark P. Pterosaurs: Natural History, Evolution, Anatomy. ISBN 9780691150611.
  7. Schmitz, L.; Motani, R. (2011). «Nocturnality in Dinosaurs Inferred from Scleral Ring and Orbit Morphology». Science (em inglês). 332 (6030): 705–8. Bibcode:2011Sci...332..705S. PMID 21493820. doi:10.1126/science.1200043 
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