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Semei[1] (antiga Semipalatinsk) (em cazaque Семей e em russo Семей) é uma cidade da república do Cazaquistão localizado na (Oblys) Província do Cazaquistão Oriental, na parte nordeste do pais. A cidade foi chamada Semipalatinsk, até 2007. O Rio Irtich, um afluente do rio Ob atravessa a cidade. A cidade abrange cerca de 210 km2.

Foto-satélito de Semei

Implantação russa

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Semei foi fundada em 1718 como praça forte cossaca do exército russo sobre o Rio Irtich, perto de um antigo mosteiro budista em ruínas. Os sete edifícios que constituem o mosteiro foram na origem do nome Semipalatinsk, sem tem por significado sete em russo. A tradução literal do nome russo da cidade é "aos sete edifícios". O forte foi freqüentemente inundado durante as cheias do rio Irtich alimentado por neve derretida das montanhas do Altai. Em 1778, a guarnição e a fortaleza e foram transferidos 18 km a montante, para um lugar menos sujeito a inundações. A cidade cresce em torno do edifício forte, beneficiando economicamente com a sua posição sobre o rio e seu estatuto de base avançada do Império Russo para o comércio com os povos nômados da Ásia Central. Semipalatinsk segue um crescimento demografico continuo: 26 000 habitantes em 1897, 56 900 em 1926 106 700 1939, 156 100 1959, 259 000 em 1973 e 320 000 na última estimativa, de 1995. A cidade tem agora cerca de 400 000 habitantes.

O centro de experimentação nuclear

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Durante a época soviética, a cidade de Semipalatinsk, serviu como um centro para testes nucleares do Exército Vermelho. Os experimentações foram realizadas a 150 km a oeste da cidade, no meio da estepe cazaque no que é chamado de "O Polígono".

De 1949 até 1989, 468 explosões nucleares ocorreram na área de ensaio, incluindo 125 ao ar livre. A cidade manteve as infra-estruturas científicas e tecnológicas relacionadas com o seu estatuto de cidade-laboratório tal como uma universidade de bom nível. Em contra-partida Semei e seus arredores têm níveis de radiação extremamente alarmentes. O número de câncros, leucemias em crianças e malformações à nascença é igualmente assustador.

A radiação nuclear com origem no Polígono de Semipalatinsk causaria problemas de saúde a mais de 1 em 10 cazaques. Muitos bebês com malformações congênitais são abandonados por seus pais.[2]

De Semipalatinsk a Semei

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Semipalatinsk, tornou-se Cazaque apos a independência do Cazaquistão, da Comunidade dos Estados Independentes em 1991, e muda de nome para Semei em 2007 por decreto do Presidente Nursultan Nazarbayev.

Semei era a capital da província de Semei até a fusão administrativa com o província do Cazaquistão Oriental em 1999. A capital da nova província é Oskemen.

Semei abriga uma Universidade Estadual e a Academia Estadual de Medicina.

O clima em Semei é continental (grandes amplitudes térmicas sazonais) e seco. As precipitações são distribuídas uniformemente durante todo o ano, sendo julho o mês mais chuvoso, mas a precipitação total anual é baixa (268 milímetros / ano). A neve cobre o solo, em média, 132 dias por ano a partir de meados de Novembro até final de março. A altura de neve pode chegar a 126 centímetros no final do inverno.

  • Registro de temperatura mínima: -48,6 °C (novembro de 1910)
  • Registro de temperatura máxima: 42,5 °C (agosto de 2002)
  • O número médio de dias de neve durante o ano: 86
  • O número médio de dias chuvosos durante o ano: 86
  • O número médio de dias com tempestade durante o ano: 22
  • O número médio de dias com tempestade de neve durante o ano: 12


Dados climatológicos para Semei
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Temperatura máxima média (°C) −9,7 −8,5 −1,3 13,3 21,5 26,8 28,5 26,4 20,4 11,3 −0,1 −6,8
Temperatura mínima média (°C) −19,4 −19,4 −12,9 0,2 6,5 12,0 14,5 11,6 5,6 −0,5 −9,3 −15,8
Fonte: [3]

Personalidades relacionadas a Semei

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O escritor russo * Fiódor Dostoiévski passou 5 anos no exílio, em Semipalatinsk entre 1854 e 1859, como cabo no batalhão da sétima linha da guarnição.

Referências
  1. «O povo da cidade de Semei, no Cazaquistão, comemorou pela primeira vez o Dia Internacional de Ação contra os Ensaios Nucleares». Sputniknews. 12 de agosto de 2010. Consultado em 12 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2016 
  2. Nuclear soviético: as vítimas esquecidas - Cyberpresse.ca, 18/10/2008
  3. http://pogoda.ru.net/climate/36177.htm