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Tsubaki Sanjūrō

filme de 1962 dirigido por Akira Kurosawa
(Redirecionado de Sanjuro)

Tsubaki Sanjūrō (椿三十郎?) (bra: Sanjuro/prt: O Intendente Sanjuro)[2][3] é um filme japonês jidaigeki de 1962, dirigido por Akira Kurosawa e estrelado por Toshiro Mifune. É uma sequência do filme Yojimbo (1961) de Kurosawa.[4]

Tsubaki Sanjūrō
椿三十郎
O Intendente Sanjuro (prt)
Sanjuro (bra)
Tsubaki Sanjūrō
 Japão
1962 •  preto-e-branco •  95[1] min 
Gênero jidaigeki
Direção Akira Kurosawa
Produção Tomoyuki Tanaka
Ryūzō Kikushima[1]
Roteiro Ryūzō Kikushima
Hideo Oguni
Akira Kurosawa[1]
Baseado em Hibi Heian de Shūgorō Yamamoto
Elenco Toshiro Mifune
Tatsuya Nakadai
Keiju Kobayashi
Yūzō Kayama[1]
Música Masaru Sato[1]
Cinematografia Fukuzo Koizumi
Takao Saito[1]
Companhia(s) produtora(s) Toho
Kurosawa Production[1]
Distribuição Toho
Lançamento
  • 1 de janeiro de 1962 (1962-01-01) (Japão)
Idioma japonês
Receita ¥450,1 milhões (Japão)

Originalmente uma adaptação do romance Hibi Heian do escritor japonês Shūgorō Yamamoto, o roteiro foi alterado após o sucesso de Yojimbo do ano anterior para incorporar o personagem principal desse filme.

Sinopse

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Um grupo de nove jovens samurais, determinados a livrar a corrupção da cidade em que vivem, recebem constante ajuda de um outro samurai, cínico e desalinhado, que acreditam não se encaixar nos moldes de um nobre guerreiro.[2]

Elenco

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Ator Papel
Toshiro Mifune Sanjuro Tsubaki
Tatsuya Nakadai Hanbei Muroto
Keiju Kobayashi Sentinela capturado
Yuzo Kayama Iori Izaka
Reiko Dan Chidori
Takashi Shimura Kurofuji
Kamatari Fujiwara Takebayashi
Takako Irie Esposa de Mutsuta
Sachio Sakai Ashigaru
Masao Shimizu Kikui
Yūnosuke Itō Mutsuta, o camareiro

Produção

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A história é baseada, principalmente, no conto Hibi Heian (日日平安? lit. "dias pacíficos") de Shūgorō Yamamoto. Originalmente, Sanjuro seria uma adaptação direta da história. Após o sucesso de Yojimbo o estúdio decidiu ressuscitar seu popular anti-herói, e Kurosawa o reimaginou nesse novo roteiro.[5][6] Mas, apesar de ser uma obra de continuidade, o filme final acabou sendo apenas uma sequência de Yojimbo, pois o herói continua a desenvolver seu personagem a partir do fanfarrão original.

Ele é, como no filme anterior, um samurai sem mestre que preserva seu anonimato pelos mesmos meios. Quando questionado sobre seu nome em Yojimbo ele diz "amoreira" (Kuwabatake); já em Sanjuro ele escolhe a camélia (Tsubaki) como nome. Em ambos os casos ele dá Sanjūrō (trinta anos) como seu nome de batismo, embora em ambos os filmes ele admita estar perto dos quarenta.[7] Fazer com que os ronins assumam o nome de itens da natureza, em vez de uma grande casa ou clã, reflete uma virada nos filmes de samurais contemporâneos.[8] Uma diferença crucial entre Yojimbo e Sanjuro, porém, é que há pouca conexão com o gênero western. O original foi ambientado em uma cidade fronteiriça remota, onde o herói lida implacavelmente com os bandidos locais, enquanto em Sanjuro a ação gira em torno de uma luta pelo poder feudal japonês em uma cidade-fortaleza de um clã. Lá, o herói percebe que Hanbei, seu principal oponente, é um homem muito parecido com ele: um estranho (uma "espada desembainhada", nas palavras da esposa do camareiro) livre para escolher seu próprio lado em um conflito. A diferença entre eles está apenas nos motivos de suas escolhas.[9]

Há também um elemento maior de comédia social, com o lutador experiente constantemente prejudicado pela incapacidade de entender a verdadeira situação por parte dos jovens que escolhe ajudar. Mas embora ele seja superior em táticas, a senhora que ele acabou de resgatar o confunde como um qualquer já que insiste para que ele se contenha, pois matar pessoas é um mau hábito. Embora deva haver alguma matança, em grande parte como resultado das ações ineptas de seus jovens aliados, o único momento verdadeiramente violento ocorre no final do duelo entre Sanjuro e Hanbei. Ele se afasta disso furioso, porque seus jovens admiradores ainda não conseguem compreender a natureza humana e o significado do que acaba de acontecer.[10]

Lançamento

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Sanjuro foi lançado em 1º de janeiro de 1962 no Japão, onde foi distribuído pela Toho.[1] O filme também foi lançado no mesmo ano nos Estados Unidos.[1]

Bilheteria

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Sanjuro foi o filme de maior bilheteria da Toho em 1962, ficando em segundo lugar nas produções japonesas de maior bilheteria em 1962.[1] Ele arrecadou ¥450,1 milhões nas bilheterias japonesas em 1962, superando King Kong vs. Godzilla,[11] que vendeu 11,2 milhões de ingressos no Japão no mesmo ano.[12]

Recepção

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O filme foi recebido positivamente pela crítica especializada. Possui classificação de 100% no Rotten Tomatoes com base em 23 avaliações, com uma média ponderada de 8,38/10. O consenso do site diz: "Tecnicamente impressionante e com atuação soberba, Sanjuro é uma aventura de samurai divertida e cheia de ação, com excelente cinematografia e uma atuação carismática de Toshiro Mifune".[13] Em 2009, o filme ficou em 59º lugar na lista dos Maiores Filmes Japoneses de Todos os Tempos, organizada pela revista de cinema japonesa Kinema Junpo.[14]

Remake

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O filme foi refeito em 2007 sob o nome de Tsubaki Sanjuro, sendo dirigido por Yoshimitsu Morita e contando com Yūji Oda no papel-título.[1]

Referências
  1. a b c d e f g h i j k Galbraith IV 2008, p. 188.
  2. a b «Sanjuro (1962)». AdoroCinema 
  3. «O Intendente Sanjuro». CineCartaz (em inglês). Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  4. «Sanjuro». Encyclopædia Britannica. Consultado em 3 de maio de 2021 
  5. Richie, Donald. The films of Akira Kurosawa. [S.l.: s.n.] p. 156 
  6. Okamoto, Yoshinari (2002). Kurosawa Akira: Tsukuru to iu koto wa subarashii [Akira Kurosawa: It is Wonderful to Create] (em japonês) 
  7. Ebert, Roger (15 de outubro de 2010). The Great Movies III (em inglês). [S.l.]: University of Chicago Press. pp. 411–414 
  8. Conrad, David A. (2022). Akira Kurosawa and Modern Japan. [S.l.]: McFarland & Co. pp. 151–153 
  9. Yoshimoto, Mitsuhiro (2000). Kurosawa: Film Studies and Japanese Cinema (em inglês). [S.l.]: Duke University Press. pp. 294–302 
  10. «Sanjuro (1962) – Deep Focus Review – Movie Reviews, Critical Essays, and Film Analysis». Deep Focus Review (em inglês). 4 de julho de 2011. Consultado em 12 de dezembro de 2023 
  11. «Die größten japanischen Kassenerfolge der 1960er Jahre» [Maiores sucessos de bilheteria japoneses da década de 1960]. Nippon-Kino (em alemão). Consultado em 19 de março de 2022 
  12. Ryfle, Steve (1998). Japan's Favorite Mon-Star: The Unauthorized Biography of the Big G. [S.l.]: ECW Press. p. 310. ISBN 9781550223484 
  13. «Sanjuro (Tsubaki Sanjûrô) - Movie Reviews - Rotten Tomatoes». www.rottentomatoes.com 
  14. «Greatest Japanese films by magazine Kinema Junpo (2009 version)». Consultado em 26 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 11 de julho de 2012 

Bibliografia

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  • CONRAD, David A. (2022). Akira Kurosawa and Modern Japan. [S.l.]: McFarland & Co. ISBN 978-1-4766-8674-5 
  • GALBRAITH IV, Stuart (2008). The Toho Studios Story: A History and Complete Filmography. [S.l.]: Scarecrow Press. ISBN 978-1461673743 

Ligações externas

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