Santa Ernestina
Santa Ernestina é um município brasileiro do estado de São Paulo. De acordo com o censo de 2022, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui uma população de 6.118 habitantes.
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Entrada de Santa Ernestina, vindo de Taquaritinga | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | santa-ernestinense | ||
Localização | |||
Localização de Santa Ernestina em São Paulo | |||
Localização de Santa Ernestina no Brasil | |||
Mapa de Santa Ernestina | |||
Coordenadas | 21° 27′ 46″ S, 48° 23′ 27″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | Guariba, Dobrada e Taquaritinga | ||
Distância até a capital | 324 km | ||
História | |||
Fundação | 1965 (58–59 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcelo Veronezi (Verô) (Cidadania, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 134,421 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[2]) | 6,118 hab. | ||
Densidade | 0 hab./km² | ||
Clima | tropical (Aw) | ||
Altitude | 570 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,738 — alto | ||
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 106 milhões | ||
PIB per capita (IBGE/2020[4]) | R$ 19 013,15 |
História
editarO município levou o nome de uma santa(alemã), para homenagear a nora do fundador da Estrada de Ferro Araraquarense, Carlos Batista de Magalhães, que lá implantou uma estação. Ernestina Reis de Magalhães, foi casada com o "barão do café" Carlos Leôncio de Magalhães, o maior cafeicultor do Brasil no início do século XX. Com ele teve 8 filhos: Maria José, Carlos, Oswaldo, Ernestina, Maria Cecilia, Paulo, Adelaide e José Carlos Reis de Magalhães. A grande dama, senhora de excelsas virtudes cristãs, nasceu no Rio de Janeiro, em 1876, filha de José Monteiro Reis e Adelaide Monteiro Palha, viveu na lendária Fazenda Cambuhy em Matão, entre 1900 e 1914, e faleceu em São Paulo, em 1968.
A referida Estação Ferroviária, inaugurada em 2 de abril de 1901, que é o "berço" da cidade, foi construída para favorecer o escoamento do café, oriundo da fazenda de Carlos Magalhães, que ficava na região. Na época, quase não havia moradores no lugar, destacavam apenas dois: Manoel de Almeida Rollo e João Lourenço Leite, o qual doou terras para um pequeno loteamento. No entanto, para identificar a parada do trem, foi posto a princípio, o nome de "Estação Ernestina". Logo em seguida, começou a formar um povoado ao redor da estação, o qual foi batizado como "Vila de Santa Ernestina", que depois passou a Distrito de Taquaritinga.
Desenvolvimento econômico
editarApós a construção da estação férrea, Santa Ernestina começou a desenvolver-se e alcançou seu apogeu entre os anos de 1930 e 1940, quando anualmente embarcavam milhares de sacas de café beneficiado, em trens especiais e fretados com destino à S.Paulo depois, ao porto de Santos.
Na época dos embarques, podia observar-se um intenso trânsito de veículos como: carroças, carroções, carros de boi e alguns caminhões da época, os quais traziam o café, oriundo das fazendas que circundavam Santa Ernestina e, se acumulavam ao redor da estação, desembarcando e recolhendo no armazém interno e às vezes, carregavam as milhares de sacas, diretamente nos vagões do trem.
E assim, a "Vila" (como era chamada) progrediu no auge do Café, onde os fazendeiros e colonos faziam suas compras no Armazém dos Messa Puerta e o "Ranca Toco" foi formado por colonos meeiros da tradicional Fazenda Água Santa. A partir dos anos 1960 a citricultura tomou o lugar do café como principal atividade agrícola, quando Santa Ernestina ficou conhecida como a "Terra da Laranja". Por fim, o cultivo de laranja foi substituído pelo plantio de cana, que se fortaleceu e predomina até os dias atuais.
Em 1964, emancipou-se como município, sendo comemorado seu aniversário, todo 21 de março de cada ano. Recebeu também o cognome de "Cidade Alegria". A economia da cidade atualmente gira em torno da Usina Sucroalcooleira do Grupo Raízem, maior fonte de emprego da cidade e do comércio da cidade.
Hidrografia
editarDemografia
editarDados do Censo - 2016
População total: 5.672
- Urbana: 5.145
- Rural: 423
- Homens: 2.852
- Mulheres: 2.716
Densidade demográfica (hab./km²): 42,53
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 15,80
Expectativa de vida (anos): 71,25
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,60
Taxa de alfabetização: 90,45%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,770
- IDH-M Renda: 0,685
- IDH-M Longevidade: 0,771
- IDH-M Educação: 0,854
(Fonte: IPEADATA)
Igreja Católica
editarApesar do município possuir o nome de Santa Ernestina, a localidade tem como padroeiros locais, São Joaquim e Sant'Ana. A primeira capela, remonta a época da construção da estrada de ferro, em 1900. Em 1965 uma comissão formada pelos moradores locais deram início a construção da atual igreja Matriz. A paróquia é reconhecida regionalmente pela sua festa em louvor aos santos padroeiros realiza no mês de Julho e pelas missas da Renovação Carismática, que atrai fiéis a cidade. A paróquia faz parte da Diocese de Jaboticabal, forânia de São Sebastião. Peregrinos recorrem aos Milagrosos Padroeiros: São Joaquim e Sant'Ana em busca de graças e bênçãos (Principalmente mulheres ou casais quem dificuldades em engravidar).
- Igrejas
- Igreja Matriz São Joaquim e Sant'Ana - localizada na praça São Joaquim, no centro da cidade.
- Igreja de Santa Rita - localizada na Vila Bonfim, seu estilo relembra a primeira igreja da cidade, a única a possuir relógio na torre.
- Capela de Nossa Senhora Aparecida - localizada no Jardem Vanessa, a comunidade realiza anualmente a novena, quermesse e procissão em louvor a padroeira.
- Capela de Nossa Senhora do Carmo da Saudade - localizada no cemitério municipal.
- Comunidades
- Comunidade São Joaquim = Centro e Vila Tonini
- Comunidade Santa Ana = Jardim Bela Vista, Jardim Nova Santa Ernestina.
- Comunidade Nossa Senhora Aparecida = Jardim Vanessa, Viela Sant'Ana, Viela São Joaquim e Jardim Beatriz.
- Comunidade Santa Luzia = Vila Piva, Chacaras Santo Antonio, Jardim Sol Nascente
- Comunidade Santa Rita = Vila Bonfim e Jardim São Thomas
- Comunidade São Paulo Apostolo = Jardim São Paulo e Vila Rodrigues
- Comunidade Três Santos Arcanjos = Jardim Antonio Sérgio Corona II
- Comunidade São Brás = Jardim Antonio Sérgio Corona I
Transporte
editarFonte - ARTESP
A cidade é servida por quatro linhas de ônibus, que interligam as cidades das regiões:
- Matão - Santa Ernestina Via Dobrada
- Matão - Taquaritinga via Dobrada e Santa Ernestina
- Santa Ernestina - Guariba via Usina Bonfim
- Matão - Ribeirão Preto via Dobrada, Santa Ernestina, Usina Bonfim e Jaboticabal
Rodovias
editarFerrovias
editar- Linha Tronco da antiga Estrada de Ferro Araraquara [5]
Comunicações
editarA cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[6], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[7], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[8] para suas operações de telefonia fixa.
Administração
editar- Prefeito: MARCELO APARECIDO VERONEZi (2017/2020)
- Vice-prefeito: José Antônio Teixeira dos Santos (2017/2020)
- Presidente da câmara: Silvio Roberto Egas (2018)
Ver também
editar- ↑ IBGE (2022). «Áreas Territoriais». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 23 de novembro de 2023
- ↑ «Censo Populacional 2022». Censo Populacional 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2022. Consultado em 23 de novembro de 2023
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 23 de novembro de 2023
- ↑ a b «Produto Interno Bruto - PIB». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de novembro de 2023
- ↑ «Santa Ernestina -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 15 de outubro de 2020
- ↑ «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo
- ↑ «Nossa História». Telefônica / VIVO
- ↑ GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1