Romances de cavalaria portugueses
Os romances de cavalaria foram um gênero literário de grande sucesso em Portugal nos séculos XV e XVI, de jeito paralelo aos romances de cavalaria espanhóis da mesma época.
A autoria portuguesa do Amadis de Gaula é discutida, embora os textos mais antigos dessa obra que se conservam estejam em castelhano. Porém, independentemente desta obra, outros romances de cavalaria foram produzidos em Portugal, enumerados no catálogo de Pascual de Gayangos y Arce, publicado em 1857:
- Crónica do Imperador Clarimundo por João de Barros (Coimbra, 1522).
- Leomundo de Grécia, de Tristão Gomes de Castro (manuscrito), editado em Espanha no séc. XXI (Aurelio Vargas Díaz-Toledo, es:Leomundo de Grecia).
- Palmeirim de Inglaterra, de Francisco de Moraes Cabral (Livro I, Toledo, 1547, e Livro II, Toledo, 1548)
- Triunfos de Sagramor (Segunda Távola Redonda), de Jorge Ferreyra de Vasconcellos (Coimbra, 1554)
- Duardos de Bretanha[1], de Diogo Fernandes[2] (Lisboa, 1587)
- Clarisol de Bretanha[3], de Baltasar Gonçalves Lobato (Lisboa, 1602)
- es:Crónica de Don Duardos de Bretaña, de Gonçalo Coutinho (ca. 1560 - 1634 ou 1639), editado no Brasil no séc. XXI.
- Cavalarias de Dom Belindo ou Crónica do Imperador Beliandro[1], da condessa da Vidigueira, Leonor Coutinho de Távora, ou antes de Francisco de Portugal (1585-1632)[2](manuscrito)
- Aventuras do gigante Dominiscaldo, de Álvaro da Silveira (manuscrito)
- História do espantoso cavalheiro da Luz , de Francisco de Moraes Sardinha (manuscrito)
No século XVIII foram publicadas um Desafio dos Doze de Inglaterra, de Inácio Rodrigues Védouro (1732)[3], uma Segunda parte da História do Imperador Carlos-Magno e dos doze pares de França, de Jerónimo Moreira de Carvalho (Lisboa, 1737), uma História nova do Imperador Carlos Magno, e dos doze pares, de José Alberto Rodrigues (Lisboa, 1742) e uma Verdadeira terceira parte da história de Carlos-Magno em que se escrevem as glórias accoes e vitórias de Bernardo del Carpio, de Alexandre Caetano Gomes Flaviense (Lisboa, 1745).
Bibliografia
editar- Pascual de Gayangos, Libros de caballerías. Discurso preliminar y catálogo razonado, Madrid, Biblioteca de Autores Españoles, 1a. ed., 1857, tomo XL.
- VARGAS DÍAZ-TOLEDO, Aurelio, Los libros de caballerías portugueses manuscritos, em https://web.archive.org/web/20200722055653/http://www.destiempos.com/n23/vargas.pdf
Ver também
editar- es:Valerián de Hungría, de Dionís Clemente.
- es:Categoría:Libros de caballerías de España
- ↑ E Fizerom taes Maravilhas... Histórias de Cavaleiros e Cavalarias, organizado por Lenia Márcia Mongelli, p. 415 (no Google Livros)
- ↑ En torno a la autoría de la Crónica do Imperador Beliandro: la hipótesis sobre Francisco de Portugal, por Pedro Álvarez-Cifuentes, Universidad de Oviedo, Atlanta, vol. 4, n.º 1, 2016
- ↑ Desafio sustentado, e defendido na praça de Granada em defensa da Rainha Sultana, mulher delRey Audalha : trata-se da conjuraçaõ , que houve na Cidade de Granada contra os nobres Abencerrages, e a Rainha Sultana; e de como aquelles se fizeraõ Christaõs, e esta sendo falsamente accusada por adultera, deu em sua defensa quatro Cavalheros Castelhanos, que naõ só mataraõ aos accusadores, mas tambem foraõ causa de se bautizar a mesma Rainha, e de se entregar a ElRey D. Fernando o Catholico todo o Reyno de Granada / escrito por Ignacio Rodrigues Védouro, Natural desta Cidade no catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Libros de caballerías portugueses».