Dick Cheney
Richard Bruce Cheney (/ˈtʃeɪni/; nascido em 30 de janeiro de 1941) é um político e empresário americano que serviu como o 46.º vice-presidente dos Estados Unidos de 2001 a 2009. É frequentemente recordado como um dos vice-presidentes mais poderosos da história do país, em termos de influência,[1][2] e ainda como um dos mais impopulares, com seu índice de aprovação sendo de apenas 13% (em 2011).[3]
Nascido em Lincoln, Nebraska, Cheney cresceu no Wyoming.[4] Estudou em Yale e depois na Universidade de Wyoming, conquistando um BA e um MA em ciências políticas. Começou sua carreira política como estagiário para o congressista William A. Steiger, eventualmente chegando a Casa Branca durante as presidências de Richard Nixon e Gerald Ford, alcançando a posição de Chefe de Gabinete da Casa Branca, de 1975 a 1977. Em 1978, Cheney foi eleito para a Câmara dos Representantes por Wyoming de 1979 a 1989, sendo reeleito cinco vezes; em 1989 chegou a servir como líder da minoria na Câmara. Cheney foi escolhido por George H. W. Bush para servir como seu Secretário de Defesa, mantendo-se no cargo de 1989 a 1993.[5] Durante seu tempo a frente do Departamento de Defesa, Cheney supervisionou a Operação Tempestade no Deserto, entre outras ações. Durante a presidência de Bill Clinton, Cheney se afastou da política e se dedicou aos negócios, se tornando presidente e CEO da empresa de petróleo Halliburton, de 1995 a 2000.[6]
Em julho de 2000, Dick Cheney foi escolhido pelo Partido Republicano como candidato a vice na chapa de George W. Bush na eleição presidencial daquele ano. Eles derrotaram os candidatos democratas, Al Gore e Joe Lieberman. Em 2004, Cheney foi reeleito como vice do presidente Bush, derrotando John Kerry e John Edwards. Durante seu período como vice-presidente, Cheney teve um papel importante na Casa Branca, exercendo forte influência política, por trás das cortinas, durante toda a Presidência de George W. Bush, especialmente na área de política externa e de segurança nacional após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001; ele foi um dos arquitetos da Guerra Global ao Terrorismo e um dos proponentes da Operação "Liberdade do Iraque". Durante e após seu serviço no Executivo, ele sempre defendeu o legado da administração Bush e suas ações antiterrorismo, que envolviam políticas de espionagem sobre a população americana por parte da NSA e a aprovação de técnicas de tortura sancionadas pelo governo (chamadas de "técnicas avançadas de interrogatório").[7][8][9] Em 2009, ao deixar a Casa Branca, o índice de rejeição de Dick Cheney como vice-presidente era de 63%.[10]
Após 2009, Cheney deixou a vida pública, se retirando para sua casa em McLean, Virgínia, mantendo casas também em Wyoming e Maryland.[11] Ainda assim, manteve-se comentando a respeito da política no país. Foi crítico do governo Barack Obama e o chamou de um presidente "fraco",[12] mas elogiou a decisão de Obama de autorizar uma operação militar no Paquistão que acabou matando Osama bin Laden.[13] Ele chamou a interferência russa na eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016 como um "ato de guerra".[14]
Escreveu suas memórias, em 2011, intitulada In My Time: A Personal and Political Memoir, com coautoria de sua filha Liz Cheney. Apesar de ter visões majoritariamente conservadoras, Cheney é defensor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.[15]
Ver também
editar- ↑ «Cheney: A VP With Unprecedented Power». NPR. 15 de janeiro de 2009. Consultado em 13 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2009
- ↑ Reynolds, Paul (29 de outubro de 2006). «The most powerful vice-president ever?». BBC News. Reino Unido: British Broadcasting Corporation. Consultado em 13 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2010
- ↑ «Remembering Why Americans Loathe Dick Cheney». The Atlantic. Consultado em 12 de março de 2019
- ↑ Cheney: The Untold Story of America's Most Powerful and Controversial Vice President, p. 11
- ↑ «Richard B. Cheney – George H.W. Bush Administration». Office of the Secretary of Defense – Historical Office
- ↑ Henriques, Diana B.; et al. (24 de outubro de 2000). «The 2000 Campaign; Cheney Has Mixed Record In Business Executive Role». The New York Times. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2008
- ↑ «Prewar Iraq Intelligence: A Look at the Facts». NPR. 23 de novembro de 2005. Consultado em 12 de março de 2019. Cópia arquivada em 29 de março de 2008
- ↑ «Cheney Pushed U.S. to Widen Eavesdropping». The New York Times. Consultado em 13 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2014. (pede subscrição (ajuda))
- ↑ «Cheney offended by Amnesty criticism Rights group accuses U.S. of violations at Guantanamo Bay». CNN. 21 de maio de 2005. Consultado em 13 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 12 de outubro de 2008
- ↑ Saad, Lidia (3 de abril de 2009). «Little Change in Negative Images of Bush and Cheney – Favorable ratings for both are at or near their all-time lows». The Gallup Organization. Consultado em 12 de março de 2019. Cópia arquivada em 6 de abril de 2009
- ↑ Kamen, Al. «The New Neighbors Sure Like Black SUVs». The Washington Post. Consultado em 17 de janeiro de 2010
- ↑ «Exclusive: Dick Cheney says Obama is a 'very weak president'». Fox News. 29 de março de 2014. Consultado em 1 de junho de 2014. Cópia arquivada em 29 de maio de 2014
- ↑ Karl, Johnathan (2 de maio de 2011). «Dick Cheney Says 'Obama Deserves Credit' for Osama Bin Laden's Death». ABC News. Consultado em 7 de maio de 2011. Cópia arquivada em 5 de maio de 2011
- ↑ «Dick Cheney lashes out at Russia for "act of war" as neocons try outreach to liberals». Salon.com. Consultado em 29 de março de 2017
- ↑ «Dick Cheney speaks out in favour of gay marriage». Pink News. Consultado em 12 de março de 2019. Cópia arquivada em 5 de junho de 2009