Rebelião do Xeque Saíde
A rebelião do Xeque Saíde foi uma rebelião organizada por membros do clero do povo zaza e um grupo de soldados Hamidieh curdos (o chamado 'grupo Azadî'), em 1925.
Contexto
editarOs Azadî eram dominados por oficiais do antigo Hamidiye, uma milícia tribal curda fundada sob o Império Otomano, para lidar com os armênios e manter os Qizilbash sob controle. De acordo com relatórios de inteligência britânicos, os oficiais Azadî tinham onze reivindicações; além das inevitáveis exigências culturais curdas e reclamações de maus-tratos por parte dos turcos, a lista também detalhava o medo da iminência de deportações em massa dos curdos. Além disso, registrou-se também o incômodo pelo fato do nome Curdistão não aparecer em mapas, das restrições sobre o idioma curdo e sobre a educação dos curdos, além do que era visto como uma exploração econômica dos turcos sobre as áreas consideradas curdas.
Foi o xeque Saíde Pirane que supostamente teria convencido os comandantes Hamidiye a apoiar a luta pela independência curda. Oficiais curdos teriam expressado seus objetivos em novembro de 1924 como sendo liberar os curdos da opressão turca, e dar-lhes liberdade e oportunidade de desenvolver seu próprio país:
- ↑ Viennot, Jean-Pierre (1974) Contribution á l'étude de la Sociologie et de l'Histoire du Mouvement National Kurde: 1920 á nos Jours. Paris, Institut Nationale des Langues et Civilisations Orientales. p.108
- ↑ White, Paul J. (1995). «Ethnic Differentiation among the Kurds: Kurmancî, Kizilbash and Zaza». Journal of Arabic, Islamic & Middle Eastern Studies. 2 (2): 67–90
Bibliografia
editar- Olson, Robert W (1989), The Emergence of Kurdish Nationalism and the Sheikh Said Rebellion, 1880-1925, ISBN 0292776195, Austin: University of Texas Press, consultado em 22 de dezembro de 2008, cópia arquivada em 17 de setembro de 2008
- Olson, Robert W (Março de 2000), «The Kurdish Rebellions of Sheikh Said (1925), Mt. Ararat (1930), and Dersim (1937-8): Their Impact on the Development of the Turkish Air Force and on Kurdish and Turkish Nationalism», Die Welt des Islams, 40 (1): 67-94, doi:10.1163/1570060001569893