Philodendron

Em Portugal e em Angola, as espécies deste género são comummente conhecidas como filodendro^[6] (do grego philódendron).^[7]

No Brasil, onde por sua vez é um gênero nativo, recebem, popularmente, o nome de imbé (do tupi ïm'bé, "trepadeira").^[8]

 

São, em geral, plantas semitrepadeiras, de caule frágil, com raízes aéreas pouco resistentes. Possui grandes folhas labeladas, geralmente ao surgirem são protegidas por um catáfilo e suas flores são minúsculas, agrupadas em forma de espiga sob uma capa que se abre quando aptas à fecundação.

A planta possui relativa toxicidade.

Os filodendros podem ser cultivados ao ar livre em climas amenos e em zonas de sombra.^[9][10] Crescem bem em solos húmidos com um elevado teor de matéria orgânica.^[11][12][13] Em climas mais amenos, podem ser cultivados em vasos com terra ou, no caso do Philodendron oxycardium, em recipientes com água. As plantas de interior desenvolvem-se a temperaturas entre 15 e 18°C e podem sobreviver em níveis de luz mais baixos do que outras plantas de interior. Embora os filodendros possam sobreviver em locais escuros, preferem luz brilhante.^[14] Limpar as folhas com água removerá o pó e os insectos. As plantas em vasos com bom sistema radicular beneficiarão de uma solução de fertilizante fraco de duas em duas semanas.

As novas plantas podem ser cultivadas através de estacas de caule com pelo menos duas articulações. As estacas podem então ser enraizadas em vasos com misturas de areia e musgo de turfa.^[15] Estes vasos são colocados em estufas com uma temperatura baixa de 21-24°C. Durante o enraizamento, as estacas devem ser protegidas da luz solar direta. Uma vez estabelecidas, as plantas podem ser transplantadas para vasos maiores ou diretamente para o exterior em climas mais amenos. As estacas de caule, especialmente as das variedades plissadas, podem ser enraizadas em água. Após quatro a cinco semanas, a planta deve desenvolver raízes e pode ser transferida para vasos. Os filodendros também podem ser propagados por estacas aéreas, que é um método mais avançado de propagação que envolve a criação de uma nova planta no caule de uma planta existente.^[16][17]

É bastante fácil cruzar filodendros se houver plantas com flor disponíveis, porque têm muito poucas barreiras à hibridação.^[18] No entanto, alguns aspectos do cruzamento podem dificultar a hibridação dos filodendros. Os filodendros florescem frequentemente em alturas diferentes, e o momento da abertura dos rebentos varia de planta para planta.

O imbé, nome de origem indígena (tupi-guarani), possuía, entre os nativos ameríndios, e continua a possuir entre os descendentes destes no meio rural da Região Nordeste do Brasil, de onde também é nativa, o uso na pesca em pequenos rios e lagoas: suas folhas, maceradas, tinham o caldo daí resultante jogado nas águas, o que provocava o entorpecimento dos peixes, que, assim, vinham a flutuar na superfície, bastando, então, a coleta manual destes (ver timbó).

De suas raízes, também era comum o uso para a confecção de cestos e outros apetrechos e, ainda, como corda ou barbante.

Seu uso atual, no entanto, restringe-se principalmente à ornamentação e jardinagem.

• Thaumatophyllum