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Ornithocheirus (do grego antigo "ὄρνις", que significa pássaro e "χεῖρ", que significa mão) é um dinossauro do gênero pterossauro conhecido a partir de restos fósseis fragmentários encontrados em sedimentos no Reino Unido e possivelmente no Marrocos.[1]

Ornithocheirus
Intervalo temporal: Cretáceo Inferior
105–100 Ma
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Ordem: Pterosauria
Subordem: Pterodactyloidea
Família: Ornithocheiridae
Subfamília: Ornithocheirinae
Seeley, 1870
Gênero: Ornithocheirus
Seeley, 1869
Espécie-tipo
Ornithocheirus simus
Owen, 1861
Espécies
  • O. simus
    (Owen, 1861)
Sinónimos
  • Pterodactylus simus
    Owen, 1861
  • Criorhynchus simus
    Owen, 1874
  • Ornithocheirus platyrhinus
    Seeley, 1870
Holótipo de O. simus, CAMSM B54428, e espécime referido CAMSM B54552 (holótipo do sinônimo júnior O. platyrhinus).

Várias espécies foram referidas ao gênero, mas a maioria é atualmente considerada espécies duvidosas ou pertencentes a outros gêneros. Hoje, acredita-se que o gênero inclua apenas a espécie-tipo, Ornithocheirus simus. Espécies já foram associadas ao Ornithocheirus do período Cretáceo médio na América do Norte, Europa e América do Sul, mas O. simus é conhecido apenas do Reino Unido, embora um espécime identificado como O. cf. simus também seja conhecido no Marrocos.[2][3][4]

Como O. simus foi inicialmente nomeado com base em material fóssil mal preservado, o gênero Ornithocheirus tem enfrentado problemas contínuos de nomenclatura zoológica.[5]

Restos fósseis do Ornithocheirus foram recuperados principalmente do Greensand de Cambridge, na Inglaterra, datando do início do estágio Albiano do período Cretáceo inferior, cerca de 110 milhões de anos atrás. Fósseis adicionais da Formação Santana, no Brasil, às vezes são classificados como espécies de Ornithocheirus, mas também foram atribuídos a seus próprios gêneros, sendo o mais notável o Tropeognathus.[6][7] Ao contrário do material inglês, essas novas descobertas no Brasil incluíam alguns dos esqueletos de pterossauros grandes mais bem preservados e vários novos gêneros foram nomeados, como o Anhanguera. Essa situação causou um interesse renovado no material de Ornithocheirus e na validade dos vários nomes baseados nele, pois seria possível que, por meio de estudos mais detalhados, fosse estabelecido que os pterossauros brasileiros eram na verdade sinônimos júniores dos tipos europeus. Vários pesquisadores europeus concluíram que esse era realmente o caso. Unwin reviveu Coloborhynchus e Michael Fastnacht, Criorhynchus, atribuindo espécies brasileiras a esses gêneros. No entanto, em 2000, Unwin declarou que Criorhynchus não poderia ser válido. Referindo-se à designação de Seeley de 1881, ele considerou Ornithocheirus simus, holótipo CAMSM B.54428, como a espécie-tipo. Isso também tornou possível reviver Lonchodectes, usando como tipo o antigo O. compressirostris, que então se tornou L. compressirostris.[8]

Referências
  1. Megan L. Jacobs; David M. Martill; David M. Unwin; Nizar Ibrahim; Samir Zouhri; Nicholas R. Longrich (2020). «New toothed pterosaurs (Pterosauria: Ornithocheiridae) from the middle Cretaceous Kem Kem beds of Morocco and implications for pterosaur palaeobiogeography and diversity». Cretaceous Research. 110: Article 104413. doi:10.1016/j.cretres.2020.104413 
  2. Unwin D.M., 2001, "An overview of the pterosaur assemblage from the Cambridge Greensand (Cretaceous) of Eastern England", Mitteilungen aus dem Museum für Naturkunde in Berlin, Geowissenschaftliche Reihe 4: 189–221
  3. Seeley, Harry Govier (1869). «Index to the fossil remains of Aves, Ornithosauria, and Reptilia, from the Secondary System of Strata, arranged in the Woodwardian Museum of the University of Cambridge». Annals and Magazine of Natural History (em inglês). 5 (27): 225–226. ISSN 0374-5481. doi:10.1080/00222937008696143 
  4. Seeley, H.G. (1870). «The Ornithosauria: an Elementary Study of the Bones of Pterodactyles». Cambridge: 112–128 
  5. Haines, T., & Chambers, P. (2006). The Complete Guide to Prehistoric Life. Canada: Firefly Books Ltd.
  6. Kellner, A. W. A.; Campos, D. A.; Sayão, J. M.; Saraiva, A. N. A. F.; Rodrigues, T.; Oliveira, G.; Cruz, L. A.; Costa, F. R.; Silva, H. P.; Ferreira, J. S. (2013). «The largest flying reptile from Gondwana: A new specimen of Tropeognathus cf. T. Mesembrinus Wellnhofer, 1987 (Pterodactyloidea, Anhangueridae) and other large pterosaurs from the Romualdo Formation, Lower Cretaceous, Brazil». Anais da Academia Brasileira de Ciências. 85 (1): 113–135. PMID 23538956. doi:10.1590/S0001-37652013000100009 
  7. Unwin, David M. (2006). The Pterosaurs: From Deep Time. New York: Pi Press. p. 246. ISBN 0-13-146308-X 
  8. Unwin D.M.; Lü J.; Bakhurina N.N. (2000). «On the systematic and stratigraphic significance of pterosaurs from the Lower Cretaceous Yixian Formation (Jehol Group) of Liaoning, China». Fossil Record. 3 (1): 181–206. doi:10.5194/fr-3-181-2000 
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