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 Nota: Para outros significados de Me, veja ME.

Dotados de grande importância na Mitologia Suméria, os Me representavam decretos universais de autoridade divina sabedoria. Eram invocações que engendravam as artes, as ciências, a civilização. De fato, alguns traduzem o termo me como civilização.

Os Me foram catalogados em Ekur por Enlil e entregues a Enki para serem guardados e, posteriormente, transmitidos ao mundo, começando por Eridu, cidade que representava o centro de adoração do supracitado Enki.

Após realizar a operação, Enki usa os Me em auxílio das cidades de Ur, Meluhha e Dilmun, organizando o mundo com os decretos sagrados. Posteriormente Inanna encontra-se com Enki, e há duas versões para o acontecido. Na primeira, a deusa reclama do pouco que recebeu dos decretos; na segunda, versão geralmente mais aceita, embebeda Enki. Novamente, alguns dizem que ela o induz, enquanto bêbado, a entregar-lhe os documentos; outros, que ela simplesmente rouba os decretos. O resultado, entretanto, é o mesmo: Inanna obtém a chave para mais poderes, artes, ciências e outros atributos em geral, um conhecimento que soma um total de 64 Me.

Inanna deixa Enki para entregar os Me a seu culto em Erech. Enki recobra-se e parte em perseguição à deusa, mas não antes que ela alcançasse sua cidade em segurança.

Referências

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KRAMER, Samuel Noah e MAIER, John. Myths of Enki, the Crafty God, pp. 38–68. Oxford University Press, New York,1989.