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José Francisco Paes Landim

Ex-Deputado Federal pelo Piauí

José Francisco Paes Landim, mais conhecido como Paes Landim, GORB (São João do Piauí, 23 de março de 1937) é um advogado, professor e político brasileiro filiado ao União Brasil.[3] É recordista no número de mandatos como deputado federal pelo Piauí, elegendo-se oito vezes.[4][5][6]

José Francisco Paes Landim
José Francisco Paes Landim
José Francisco Paes Landim
Deputado federal pelo Piauí
Período 1º de fevereiro de 1987
1º de fevereiro de 2019
5 de junho de 2020
3 de janeiro de 2023
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1963-1964
Prefeito de Socorro do Piauí
Período 1962-1963
Antecessor(a) [1][nota 1]
Sucessor(a) José Marques Carvalho
Dados pessoais
Nascimento 23 de março de 1937 (87 anos)
São João do Piauí, PI
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Prêmio(s) Ordem de Rio Branco[2]
Partido UDN (1954-1965)
PDS (1982-1986)
PFL (1986-2004)
PTB (2004-2022)
União Brasil (2022-presente)
Profissão advogado, professor, político

Dados biográficos

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Com a arqueóloga Niède Guidon.

Filho de Francisco Antônio Paes Landim Neto e Natália Ferreira. Advogado formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com especialização em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas, em Direito Especializado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Direito Comercial pela Universidade de Ottawa. Foi aluno de Evandro Lins e Silva.

Seguindo os passos paternos (seu pai, Paes Landim, foi eleito deputado estadual pelo Piauí em 1947), filiou-se a UDN e foi nomeado oficial de gabinete do governador Chagas Rodrigues. Graças à legislação vigente, foi eleito suplente de deputado estadual e prefeito de Socorro do Piauí em 1962, afastando-se dos cargos por força do Regime Militar de 1964.[nota 2] Passou a residir em Brasília, onde assessorou juridicamente a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP), o Departamento de Estradas de Rodagem e o Ministério das Minas e Energia. Chefe de gabinete da reitoria da Universidade de Brasília entre 1974/1976, foi professor da referida instituição onde chefiou o Departamento de Direito, dirigiu a Faculdade de Estudos Sociais Aplicados e foi membro do Conselho Editorial. Durante o governo João Figueiredo foi procurador do Instituto Brasileiro do Café.

Egresso do PDS migrou para o PFL e, a partir de sólido arrimo político-familiar, foi eleito deputado federal em 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014. Filiou-se ao PTB a convite do ex-senador João Vicente Claudino. Filho de deputado estadual, viu seus irmãos: Luiz Gonzaga Paes Landim, Paulo Henrique Paes Landim e Maria do Amparo Paes Landim exercerem a mesma função e, um terceiro, Murilo Antônio Paes Landim, foi prefeito de São João do Piauí por duas vezes.

Em 17 de abril de 2016, Paes Landim votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[7][8] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[8] Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[8] [9] Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[8][10]

Figurou como segundo suplente de deputado federal em 2018 como integrante da coligação do governador Wellington Dias e por injunções deste foi convocado a exercer o mandato.[11][12][nota 3]

Nas eleições de 2022, voltou a ser candidato a deputado federal, mas obteve apenas 8.904 votos e não foi eleito. Como seu partido, União Brasil, não elegeu nenhum deputado no Piauí, então não existe suplência ou possibilidade de assumir o mandato na legislatura 2023-2026.[13] Em 10 de fevereiro de 2023, anunciou sua aposentadoria da vida política, através de uma publicação em suas redes sociais.

Notas
  1. O município de Socorro do Piauí foi criado pela Lei Estadual n.º 2.362, sancionada pelo governador Tibério Nunes em 5 de dezembro de 1962 e instalado em 27 de dezembro de 1962.
  2. No período situado entre o fim do Estado Novo e o Regime Militar de 1964 a legislação permitia a artimanha das "candidaturas múltiplas".
  3. No quarto mandato de Wellington Dias como governador do Piauí, ele reconduziu Fábio Abreu à Secretaria de Segurança garantido a convocação de Merlong Solano para exercer o mandato de deputado federal, mas quando este foi nomeado secretário de Administração, a cadeira parlamentar em aberto foi entregue a Paes Landim. Com o falecimento de Assis Carvalho em 2020, Paes Landim passou à condição de primeiro suplente.
Referências
  1. BRASIL. «IBGE Cidades. Socorro do Piauí – PI». Consultado em 6 de setembro de 2022 
  2. Brasil (13 de abril de 2006). «Diário Oficial da União - Seção 1, número 72». Imprensa Nacional. p. 13. Consultado em 21 de setembro de 2021 
  3. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Paes Landim no CPDOC». Consultado em 26 de junho de 2021 
  4. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Paes Landim». Consultado em 7 de maio de 2019 
  5. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 7 de maio de 2019 
  6. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições Anteriores». Consultado em 7 de maio de 2019 
  7. «Deputados autorizam impeachment de Dilma, saiba quem votou a favor e contra». EBC. 17 de abril de 2016. Consultado em 5 de maio de 2016 
  8. a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017 
  9. Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  10. Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  11. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Fábio Abreu». Consultado em 7 de setembro de 2022 
  12. Gilcilene Araújo; Maria Romero (2 de maio de 2019). «Governador Wellington Dias anuncia mudanças no secretariado; veja lista». g1.globo.com. G1 Piauí. Consultado em 7 de maio de 2019 
  13. «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 7 de outubro de 2022