Ingeae
Ingeae é uma tribo que agrupa cerca de 35-36 géneros e 930 a 970 espécies de árvores e arbustos (maioritariamente mesofanerófitos) da subfamília Mimosoideae da família Fabaceae.[1] A tribo, que constitui um grado, tem distribuição natural essencialmente no Neotropis, mas estendendo-se desde o México ao norte da Argentina e pelas regiões tropicais e subtropicais de todos os continentes.[2]. O género tipos é Inga.[3]
| Ingeae | |||||||||||||||||||
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| Classificação científica | |||||||||||||||||||
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| Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
 Distribuição natural da tribo Ingeae.
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| Géneros | |||||||||||||||||||
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Descrição
editarOs membros da tribo Ingeae são maioritariamente mesofanerófitos de folhas perenes, pinadas ou bipinadas, com estípulas geralmente pouco pronunciadas, por vezes espinhecentes. O pecíolo, ráquis e folíolos frequentemente com glândulas, de filotaxia oposta ou (rara vez) alterna, raras vezes unifolioladas.
Flores heteromórfas ou não, em inflorescências terminais densas, corimbos, umbelas, racimos, espigas ou panículas, estas por sua vez axilares ou dispostas em panículas axilares ou terminais. Cálice com sépalas soldadas, valvado. Corola de pétalas soldados gamopétala, valvada. Estames numerosos com filamentos unidos nas bases formando um tubo estaminal bastante longo (este carácter, entre outros, diferencia la tribo dos membros das Acacieae, grupo que apresenta os filamentos dos estames livres ou apenas soldados na base). As anteras com grãos de pólen em geral agrupados em 2-6 massas em cada locus. Ovários de uniloculares a múltiplos, livres.
O fruto é uma vagem deiscente ou não, rectas ou espiralmente retorcida, moniliforme ou não, segmentada ou não, com arilo funicular presente em algumas espécies. As sementes variadas, com linha fissural ou não.[4]
As vagens maduras caem ao solo e servem de alimento a vários mamíferos, o que permite a dispersão zoocórica das sementes.
Os géneros que integram esta tribo são maioritariamente da região Neotropical, com a maioria das espécies a ocorrer na bacia do Amazonas e nas terras altas das Guianas (região que constitui o principal centro de diversidade do grupo. Alguns géneros ocorrem nas Américas, desde o México até à Argentina e outros são pantropicais.
Usos
editarAlgumas espécies são utilizadas pela sua madeira dura, outras são amplamente cultivadas, sendo que os frutos vagens comestíveis que contêm grandes quantidades de açúcar. Algumas espécies são utilizadas como árvores ornamentais em jardins. As sementes de algumas espécies são utilizadas como alimento animal e humano.
Taxonomia
editarEstudos de biologia molecular demonstraram que apesar da tribo Ingeae constituir um grado evolucionário, o agrupamento taxonómico Mimosoideae em que se insere é monofilético, embora incorporado num clado mais vasto que inclui as Caesalpinioideae. A posição sistemática do grupo Ingeae, determinada pelas técnicas da filogenia molecular, é a que consta do seguinte cladograma:[5][6][7][8][9][10][11]
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A tribo Ingeae, na sua presente circunscrição taxonómica, inclui os seguintes géneros:[13]
Galeria
editarVer também
editar- ↑ USDA, ARS, National Genetic Resources Program. Germplasm Resources Information Network - (GRIN) [Base de Datos en Línea]. National Germplasm Resources Laboratory, Beltsville, Maryland. URL: http://www.ars-grin.gov/cgi-bin/npgs/html/gnlist.pl?1560 (29 July 2014)
- ↑ Gillian K. Brown (2008). «Systematics of the tribe Ingeae (Leguminosae-Mimosoideae) over the past 25 years» (PDF) (em inglês).
- ↑ «tribe Ingeae». Germplasm Resource Information Network (GRIN) (em inglês). Consultado em 31 julho 2018.
- ↑ Ingeae en Flora of China
- ↑ Bruneau A; Forest F; Herendeen PS; Klitgaard BB; Lewis GP (2001). «Phylogenetic Relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as Inferred from Chloroplast trnL Intron Sequences». Syst Bot. 26 (3): 487–514. doi:10.1043/0363-6445-26.3.487 (inativo 31 de janeiro de 2019)
- ↑ Miller JT; Grimes JW; Murphy DJ; Bayer RJ; Ladiges PY (2003). «A phylogenetic analysis of the Acacieae and Ingeae (Mimosoideae: Fabaceae) based on trnK, matK, psbA–trnH, and trnL/trnF sequence data». Syst Bot. 28 (3): 558–566. JSTOR 25063895. doi:10.1043/02-48.1 (inativo 31 de janeiro de 2019)
- ↑ Bruneau A; Mercure M; Lewis GP; Herendeen PS (2008). «Phylogenetic patterns and diversification in the caesalpinioid legumes». Botany. 86 (7): 697–718. doi:10.1139/B08-058
- ↑ Miller JT; Murphy DJ; Brown GK; Richardson DM; González-Orozco CE (2011). «The evolution and phylogenetic placement of invasive Australian Acacia species». Diversity and Distributions. 17 (5): 848–860. doi:10.1111/j.1472-4642.2011.00780.x
- ↑ Manzanilla V; Bruneau A (2012). «Phylogeny reconstruction in the Caesalpinieae grade (Leguminosae) based on duplicated copies of the sucrose synthase gene and plastid markers». Molecular Phylogenetics and Evolution. 65 (1): 149–162. PMID 22699157. doi:10.1016/j.ympev.2012.05.035
- ↑ LPWG [Legume Phylogeny Working Group] (2013). «Legume phylogeny and classification in the 21st century: Progress, prospects and lessons for other species-rich clades». Taxon. 62 (2): 217–248. doi:10.12705/622.8. hdl:10566/3455
- ↑ a b Miller JT; Seigler D; Mishler BD (2014). «A phylogenetic solution to the Acacia problem». Taxon. 63 (3): 653–658. doi:10.12705/633.2
- ↑ Brown GK; Murphy DJ; Ladiges PY (2011). «Relationships of the Australo-Malesian genus Paraserianthes (Mimosoideae: Leguminosae) identifies the sister group of Acacia sensu stricto and two biogeographical tracks». Cladistics. 27 (4): 380–390. doi:10.1111/j.1096-0031.2011.00349.x
- ↑ NCBI: Ingea.
- ↑ Géneros em Wikispecies [1]