Geraldo (Prefeito da Baviera)

Geraldo de Baviera (morto em 1º de setembro de 799) foi um nobre e militar de origem alemã, cunhado de Carlos Magno, que desempenhou um papel significativo na história da Baviera e nas campanhas contra os lombardos, eslavos e saxões. Sua figura está ligada ao processo de integração da Baviera ao Reino Franco, assim como à luta contra os Ávaros.^[1]

Geraldo era filho de Geraldo I de Vintzgau e de Ema, e irmão de Hildegarda, segunda esposa de Carlos Magno, que faleceu em 783. Era membro de uma importante família nobre da Alemanha.

Geraldo participou ativamente das campanhas militares de Carlos Magno, especialmente na campanha da Itália de 773-774 contra os lombardos. Além disso, seus vestígios históricos são encontrados em documentos de 786 e 790, onde é referido como conde em Baar (Bertoldsbaar).

Ele foi responsável por grandes doações nas regiões do Neckar e no vale superior do Danúbio (próximo a Sigmaringen, Rottweil e Horb), em favor da Abadia de Reichenau e de Saint-Gall. Também participou de campanhas contra os eslavos e saxões, e sua bravura foi fundamental para a integração da Baviera ao Reino Franco, especialmente na luta contra Tassilão III, o último duque agilolfíneo da Baviera.

Após a deposição de Tassilão em 788 e, posteriormente, em 791, Geraldo foi nomeado prefeito da Baviera. Seu parentesco distante com os Agilolfingos provavelmente contribuiu para sua ascensão à posição. Durante seu tempo no poder, ele esteve envolvido nas batalhas contra os Ávaros, tendo sua ação reconhecida por Carlos Magno, que o manteve à frente das campanhas com Eric de Friuli e Pepino de Itália, seu sobrinho.^[2]

A partir de 796, devido ao sucesso das campanhas, Geraldo provavelmente assumiu a administração da parte norte do império dos Ávaros.

Geraldo morreu em 799, na Panônia, durante uma batalha contra os Ávaros, ao mesmo tempo que Eric de Friuli. Está enterrado em Reichenau (Augia, em latim)^[3]. Sua morte marcou o fim de uma importante figura na história da Baviera e das campanhas de Carlos Magno.