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Gamergate (formiga)

Uma gamergate é uma formiga operária reprodutivamente viável, capaz de reproduzir com machos maduros quando a colônia estiver em falta de uma rainha. Mais comumente ocorrente em colônias de espécies primitivas das subfamílias poneromorfas, as fêmas gamergate diferem-se de suas colegas operárias por uma combinação de elevada fecundidade e mutilação, relacionada a agressões, às características sexuais secundárias das competidoras. Subsequentemente ao seu primeiro acasalamento, porém, a agressão não é mais necessária, pois a fêmea secreta sinais químicos que levam as demais operárias a aceitar seu papel como reprodutora da colônia.

Visão lateral de uma operária fêmea Bothroponera strigulosa, a formiga para qual o termo "gamergate" foi originalmente cunhado.[nota 1]

Etimologia

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O termo "gamergate" deriva-se das palavras gregas γάμος (gámos) e ἐργάτης (ergátēs), e significa "operária casada". Foi cunhado em 1983 pelo geneticista William L. Brown[1] e foi usado primeiramente na literatura científica pelos entomologistas Christian Peeters e Robin Crewe em um artigo científico de 1984 publicado na revista Naturwissenschaften.[2]

Géneros de formigas com gamergates

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  1. No artigo original na Naturwissenschaften, onde o termo "gamergate" foi inicialmente usado, B. strigulosa foi referida por seu sinônimo júnior, Ophthalmopone berthoudi.
  2. No artigo de 1993 de Fuminori Ito no Journal of Natural History, ele refere-se não a Stigmatomma mas a Amblyopone. Na altura Stigmatomma era considerada como um sinónimo Amblyopone.

Referências

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  1. Peeters, Christian; Crewe, Robin (1984). «Insemination Controls the Reproductive Division of Labour in a Ponerine Ant». Springer-Verlag. Naturwissenschaften. 71 (1): 50–51. Bibcode:1984NW.....71...50P. ISSN 0028-1042. doi:10.1007/BF00365989 
  2. Véron, Géraldine (Fevereiro de 2005). «La reine des fourmis couronnée au combat». CNRS. Le Journal du CNRS (181): 50–51. ISSN 0994-7647. Consultado em 9 de setembro de 2014. Arquivado do original em 10 de fevereiro de 2005 
  3. Ito, Fuminori (1993). «Social organization in a primitive ponerine ant: queenless reproduction, dominance hierarchy and functional polygyny in Amblyopone sp. (reclinata group) (Hymenoptera: Formicidae: Ponerinae)». Taylor and Francis. Journal of Natural History. 27 (6): 1315–1324. ISSN 0022-2933. doi:10.1080/00222939300770751 
  4. Gobin, B.; Peeters, C.; Billen, J. (setembro de 1998). «Production of trophic eggs by virgin workers in the ponerine ant Gnamptogenys menadensis» (PDF). Physiological Entomology. 23 (4): 329–336. doi:10.1046/j.1365-3032.1998.234102.x. Consultado em 26 de agosto de 2016 
  5. Peeters, Christian P. (1987). «The Reproductive Division of Labour in the Queenless Ponerine Ant Rhytidoponera sp. 12». Birkhäuser Verlag. Insectes Sociaux. 34 (2): 75–86. ISSN 0020-1812. doi:10.1007/BF02223826 
  6. a b c d e f g h i j k Schmidt, C. A; Shattuck, S. O. (2014). «The Higher Classification of the Ant Subfamily Ponerinae (Hymenoptera: Formicidae), with a Review of Ponerine Ecology and Behavior». Zootaxa. 3817 (1): 1–242. PMID 24943802. doi:10.11646/zootaxa.3817.1.1 
  7. «Genus: Diacamma». antweb.org. AntWeb. Consultado em 12 de agosto de 2014 
  8. Haskins, Caryl Parker; Zahl, P. A. (1971). «The reproductive pattern of Dinoponera grandis Roger (Hymenoptera, Ponerinae) with notes on the ethology of the species». Hindawi Publishing Corporation. Psyche. 78: 1–11. ISSN 0033-2615 
  9. Peeters, C.; Fisher, B.L. (14 de março de 2016). «Gamergates (mated egg-laying workers) and queens both reproduce in Euponera sikorae ants from Madagascar.» (PDF). African Entomology. 24 (1): 180–187. doi:10.4001/003.024.0180. Consultado em 26 de agosto de 2016 
  10. Peeters, Christian; Hölldobler, Bert (2000). «Sexual reproduction by both queens and workers in the ponerine ant Harpegnathos saltator». Birkhäuser Verlag. Insectes Sociaux. 47 (4): 325–332. ISSN 0020-1812. doi:10.1007/PL00001724 
  11. Peeters, Christian; Crewe, Robin M. (1985). «Worker reproduction in the ponerine ant Ophthalmopone berthoudi: an alternative form of eusocial organization». Springer Science+Business Media. Behavioral Ecology and Sociobiology. 18 (1): 29–37. ISSN 0340-5443. doi:10.1007/BF00299235 
  12. Schilder, Klaus; Heinze, Jürgen; Hölldobler, Bert (janeiro de 1999). «Colony structure and reproduction in the thelytokous parthenogenetic ant Platythyrea punctata (F. Smith) (Hymenoptera, Formicidae)». Birkhäuser Verlag. Insectes Sociaux. 46 (2): 150–158. ISSN 0020-1812. doi:10.1007/s000400050126 
  13. «Genus: Streblognathus». antweb.org. AntWeb. Consultado em 12 de agosto de 2014 
  14. Dietemann, V.; Peeters, C; Hölldobler, B. (2004). «Gamergates in the Australian ant subfamily Myrmeciinae». Springer-Verlag. Naturwissenschaften. 91 (9): 432–435. Bibcode:2004NW.....91..432D. ISSN 0028-1042. PMID 15278223. doi:10.1007/s00114-004-0549-1 
  15. Hölldobler, Bert; Liebig, Jürgen; Alpert, Gary (2002). «Gamergates in the myrmicine genus Metapone (Hymenoptera:Formicidae)». Naturwissenschaften. 89 (7): 305–307. Bibcode:2002NW.....89..305H. PMID 12216860. doi:10.1007/s00114-002-0329-8