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Filosofia contemporânea

A filosofia contemporânea é um período da história da filosofia que se segue à filosofia moderna, seu momento de transição e origem costuma ser localizada ao longo do século XIX, na repercussão e reação do idealismo alemão e na diversidade de movimentos filosóficos que se seguiram.[1][2] A contemporaneidade é um período de complexos e variados desenvolvimentos, em que a proliferação de elaborações filosóficas dificulta a criação de uma caracterização global, sobre o qual as esquematizações ensaiadas resultam frequentemente incompletas e parciais.[2][3] Sua vigência atual complica ainda mais a possibilidade de descrições gerais, dado que enquanto período permanece em aberto e inconcluso.[3]

Enciclopédia das ciências filosóficas de Georg Wilhelm Friedrich Hegel.

Ainda assim, é possível afirmar que uma característica marcante da filosofia contemporânea é a radicalidade de seus questionamentos, desacordos e proposições, que vão ao limite de colocar em dúvida sua própria viabilidade e necessidade, como também as categorias básicas de sua história.[4] Distancia-se, além do mais, dos programas anteriores de construção de sistemas filosóficos, fragmentando-se e multiplicando ainda mais seus focos de problemas, e sucendendo umas às outras as tendências filosóficas, com intensa rapidez.[4] O declínio da ambição racionalista que culminou no idealismo alemão testemunha sua ruptura com os projetos especulativos e totalizantes que a precederam, em razão da qual adota modos mais localizados de investigação e crítica, circunscrevendo-se à domínios como a análise da linguagem, a crítica da ciência, e o estudo da experiência fenomenológica, entre muitos outros.[5]

Referências
  1. Nunes 2004, p. 9.
  2. a b Fazio 2011, Introdução.
  3. a b Cruz 1991, p. 10.
  4. a b Cruz 1991, p. 11.
  5. Cruz 1991, p. 12.

Bibliografia

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  • Prados, Alfredo Cruz (1991). Historia de la filosofía contemporánea. [S.l.]: Ediciones Universitarias de Navarra 
  • Mariano, Fazio (2011). A History of Contemporary Philosophy - Nineteenth and Twentieth Centuries. [S.l.]: Scepter Publishers 
  • Watkin, Christopher (2016). French Philosophy Today: New Figures of the Human in Badiou, Meillassoux, Malabou, Serres and Latour. [S.l.]: Edinburgh University Press 
  • Sunar, Lutfi, ed. (2022). The Routledge International Handbook of Contemporary Muslim Socio-Political Thought. [S.l.]: Routledge 
  • Abu-Rabi‘, Ibrahim M. (2004). CONTEMPORARY ARAB THOUGHT - Studies in Post-1967 Arab Intellectual History. [S.l.]: Pluto Press 
  • Dallmayr, Fred; Tingyang, Zhao, eds. (2012). Contemporary Chinese Political Thought Debates and Perspectives. [S.l.]: The University Press of Kentucky 
  • Schrift, Alan D. (2006). Twentieth-Century French Philosophy - Key Themes and Thinkers. [S.l.]: blackwell publishing 
  • Ny, Marc Le (2009). Découvrir la philosophie contemporaine. [S.l.]: Groupe Eyrolles 
  • Nunes, Benedito (2004). Filosofia Contemporânea; edição revista e atualizada. Belém: [s.n.] 
  • Vincelette, Alan (2011). Recent Catholic philosophy: the Twentieth Century. [S.l.]: Marquette University Press 
  • DeBlasio, Alyssa (2014). The End of Russian Philosophy - Tradition and Transition at the Turn of the 21st Century. [S.l.]: Palgrave Macmillan 
  • Gironi, Fabio, ed. (2018). The legacy of Kant in Sellars and Meillassoux: analytic and continental Kantianism. [S.l.]: Routledge 
  • Deranty, Jean-Philippe; Ross, Alison, eds. (2012). Jacques Rancière and the Contemporary Scene - The Philosophy of Radical Equality. [S.l.]: Continuum 
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