Ateísmo de Estado
O ateísmo de Estado é a incorporação do ateísmo ou não-teísmo em regimes políticos.[1] Pode também referir-se a tentativas de secularização em grande escala por parte de governos.[2] É uma forma de relação religião-estado que está geralmente ligada ideologicamente à irreligião e à promoção da irreligião em certa medida.[3] O ateísmo de Estado pode referir-se à promoção de anticlericalismo, que se opõe ao poder institucional religioso e à influência em todos os aspetos da vida pública e política, incluindo o envolvimento da religião na vida quotidiana do cidadão.[4][5][6] Em alguns casos, os símbolos religiosos e práticas públicas que outrora eram mantidas pela religião foram substituídos por versões secularizadas.[7] O ateísmo de Estado também pode existir de uma forma politicamente neutra, caso em que é considerado como não secularizado.[1]
A promoção estatal do ateísmo como norma pública foi implementada pela primeira vez durante a Revolução Francesa (1789-1799).[8] O México revolucionário seguiu políticas semelhantes a partir de 1917.[9] A maioria dos Estados Marxistas-Leninistas seguiu políticas semelhantes a partir de 1917.[10][2][5][11][12][13][14] A República Socialista Federativa Soviética da Rússia (1917–1991) e, de um modo mais geral, a União Soviética (1922-1991) tiveram uma longa história de ateísmo de Estado, em que aqueles que procuravam alcançar sucesso socialmente tinham, geralmente, de professar ateísmo e de se afastar de locais de culto; Na Europa Oriental, países como a Bielorrússia, Bulgária, Estónia, Letónia, Rússia e Ucrânia experimentaram políticas fortes de ateísmo estatal.[12] A Alemanha Oriental e a Checoslováquia também tinham políticas semelhantes.[2] A União Soviética tentou impor o ateísmo em vastas áreas da sua influência, incluindo locais como a Ásia Central. Atualmente ou no seu passado, a China,[2][11][14][15] Coreia do Norte,[14][15] Vietname, Cambodja,[10] e Cuba[13] são, ou eram, oficialmente ateístas.
Em contraste, um Estado secular pretende ser oficialmente neutro em matéria de religião, não apoiando nem a religião, nem a irreligião.[1][16][17] Numa análise de 35 estados europeus em 1980, 5 estados foram considerados "laicos" no sentido de neutralidade religiosa, 9 considerados "ateus", e 21 estados considerados "religiosos".[18]
Estados ateus
editarAlbânia
editarA Albânia tornou-se um Estado ateu declarado por Enver Hoxha,[19][20] e manteve-se assim a partir de 1967 até 1991.[21] A tendência ateísta na Albânia foi levada ao extremo durante o regime quando religiões foram identificadas como importações estrangeiras para a cultura albanesa e foram totalmente proibidas.[21] Esta política foi aplicada e sentida principalmente no interior das fronteiras do atual estado albanês, produzindo uma maioria da população não religiosa.[22]
A Lei de Reforma Agrária, de agosto de 1945, nacionalizou as propriedades de instituições religiosas, incluindo os bens de mosteiros, ordens e dioceses. Em maio de 1967, todas as instituições religiosas tinham renunciado a 2.169 igrejas, mesquitas, claustros, e santuários, muitos dos quais foram convertidos em centros culturais para os jovens. Muitos imãs muçulmanos e sacerdotes ortodoxos renunciaram ao seu passado. Mais de 200 clérigos de diferentes religiões foram detidos, enquanto outros foram obrigados a procurar emprego em qualquer indústria ou agricultura. Como as obras literárias mensais da editora Tëtë Nëntori relataram, a Albânia "criou a primeira nação ateísta do mundo." De 1967 até o fim do regime comunista, foram proibidas as práticas religiosas no país que foi proclamado oficialmente ateu, marcando um evento que aconteceu pela primeira vez na história mundial.[carece de fontes]
União Soviética
editarA URSS desde 1922 tornou-se um Estado ateísta. Em 1934, 28% das igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitas muçulmanas e 52% das sinagogas judaicas foram fechadas na URSS.[23][24] Dentro de cerca de um ano da revolução, o Estado expropriou todos os bens da Igreja, incluindo as próprias igrejas, e no período de 1922 a 1926, 28 bispos Ortodoxos Russos e mais de 1.200 sacerdotes foram mortos (um número muito maior foi objeto de perseguição).[25]
A Catedral de Cristo Salvador de Moscou, a sede da Igreja Ortodoxa Russa e seu templo mais sagrado, foi destruída em duas rodadas de explosões por ordens diretas de Stalin em 1931,[26] milhares de sacerdotes protestaram contra a decisão e foram presos e enviados a Gulags, em seu lugar os comunistas pretendiam construir o "Palácio dos Sovietes", a sede do governo stalinista.[carece de fontes] A Igreja Ortodoxa Russa possuía 54.000 paróquias durante a Primeira Guerra Mundial, o que foi reduzido para 500 em 1940.[25] A maioria dos seminários foi fechada, e a publicação de escrita religiosa foi proibida.[25]
Ver também
editarReferências
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