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Escarânico (em grego: Σκαράνικον; romaniz.: skaránikon) era um elemento do indumentário bizantino. O termo aparece pela primeira vez como adjetivo num poeta do século XII de Ptocopródromo descrevendo um capacete chamado epanocamelaucis (epanokamelauchis).[1] Foi frequentemente mencionado no livro Sobre as Cerimônias do século XIV de pseudo-Codino, porém sua natureza é incerta. Segundo J. Ebersolt, duas possibilidades foram sugeridas: um tipo de túnica similar ou substituta do anterior escaramângio ou um chapéu, talvez o tocado alto e quadrado utilizado pelos oficiais do período Paleólogo como o déspota Teodoro I Paleólogo em Mistra ou Aleixo Apocauco.[2]

A origem do escarânico é incerta e várias foram as hipóteses sugeridas: pseudo-Codino alega uma origem "assíria" e Ptocopródromo coloca-o no contexto eslavo. Caratzas, por outro lado, considera-o uma vestimenta germânica que penetrou o Império Bizantino durante o reinado do imperador Manuel I Comneno (r. 1043–1080). Pseudo-Codino, ao descrever as vestimentas de várias dignidades, classificou-o entre o capacete chamado esciádio e o cafetã chamado cabádio ou depois de ambos. É descrito como vermelho e dourado (crisocócino), embora também existisse em damasco, limão ou ouro branco quando utilizado por cortesões de baixo nível. Era bordado e portava figuras do imperador de pé ou sentado no trono.[2]

Referências
  1. Kazhdan 1991, p. 1908-1909.
  2. a b Kazhdan 1991, p. 1909.

Bibliografia

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