Derek Warwick
Derek Stanley Arthur Warwick (Alresford, 27 de agosto de 1954) é um ex-automobilista britânico. Correu 10 temporadas consecutivas da Fórmula 1 entre 1981 e 1990, voltando em 1993.
Derek Warwick | |
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Warwick em 1982. | |
Informações pessoais | |
Nome completo | Derek Stanley Arthur Warwick |
Nacionalidade | britânico |
Nascimento | 27 de agosto de 1954 (70 anos) New Alresford, Hampshire, Inglaterra |
Registros na Fórmula 1 | |
Temporadas | 1981–1990, 1993 |
Equipes | (Toleman, Renault, Brabham, Arrows, Lotus e Footwork) |
GPs disputados | 162 (147 largadas) |
Títulos | 0 (7º em 1984) |
Vitórias | 0 |
Pódios | 4 |
Pontos | 71 |
Pole positions | 0 |
Voltas mais rápidas | 2 |
Primeiro GP | GP de San Marino, 1981 (não-classificado) |
Último GP | GP da Austrália, 1993 |
Registros nas 24 Horas de Le Mans | |
Anos | 1983, 1986, 1991-1992, 1996 |
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Equipes | Porsche Kremer Racing, Silk Cut Jaguar/TWR, Peugeot Talbot Sport e Courage Compétition |
Melhor posição | 1º (1992) |
Vitória na classe | 1 (Classe C1, 1992) |
Carreira
editarStock Car britânica e Fórmula 3
editarWarwick iníciou a carreira ainda jovem, disputando corridas de turismo. Ele ganhou o Campeonato em 1971, com apenas 16 anos, e venceu em 1973, aos 18. Seu irmão mais novo, Paul, também correu com algum sucesso na Fórmula Superstox antes de avançar para a Fórmula 3000, no qual estava correndo quando acabou falecendo em um acidente, em 1991.
Ele ainda venceria o Campeonato de Fórmula 3 em 1978. Foi o primeiro passo de Derek para chegar à F-1.
Fórmula 1
editarToleman e Renault
editarA estreia de Warwick na F-1 deu-se em 1981, com a modesta equipe Toleman, no GP de San Marino. Ele não conseguiu largar em 11 das 12 etapas, classificando-se apenas para o GP de Las Vegas, onde abandonou. Em 37 provas, o máximo que Warwick obteve foram 2 4ºs lugares, na Holanda e na África do Sul, em 1983.
Em 1984, foi para a Renault no lugar do francês Alain Prost, que voltava à McLaren. O time francês estava praticamente fechando suas portas, porém ele marcou 24 pontos, tendo um 2º lugar em Silverstone como o seu maior triunfo na temporada. Continuou na Renault até 1985, quando a equipe, superada por suas equipes-clientes, fechou as portas.
Era fortemente cotado para correr na Williams em 1985, no lugar de Jacques Laffite, mas, ainda acreditando que a Renault tinha carro para ele ganhar, rejeitou o convite.
Lotus e Brabham
editarCom a saída de Elio De Angelis da Lotus para a Brabham, Derek era o favorito para correr na lendária equipe de Colin Chapman. Entretanto, o primeiro piloto da Lotus, o brasileiro Ayrton Senna, impediu que Warwick assinasse com o time, pois não queria que dois pilotos de qualidade destacada pudessem dividir o cockpit e pudessem ter condições iguais de brigar por vitórias.
A morte de De Angelis, num acidente durante testes coletivos em Paul Ricard, abriu espaço para Warwick, que chamado para o lugar do italiano. Porém, o desempenho foi um fiasco: o inglês não conseguiu pontuar, tendo um 7º lugar na Alemanha como resultado mais destacado - na época, a pontuação era até o 6º lugar.
Arrows
editarSem espaço na Brabham, assinou com a Arrows em 1987. Na estreia, o inglês teve que esperar até o GP da Inglaterra para marcar os primeiros pontos pela nova equipe. Até 1989, Warwick disputou 47 GPs pela Arrows, marcando 27 pontos. Sua única ausência foi no GP da França, quando foi substituído pelo jovem norte-irlandês Martin Donnelly.
Lotus
editarWarwick, após o final de seu contrato com a Arrows, finalmente assinou com a Lotus para disputar a temporada de 1990. Na tradicional equipe, reencontrou o norte-irlandês Martin Donnelly, que passaria a ser o novo companheiro de escuderia. Mesmo com o motor V12 da Lamborghini, desempenhos fracos, a dupla chamaria a atenção em duas corridas: na Itália, o inglês bateu forte na curva Parabólica, voltando perigosamente à pista, mas o carro não foi acertado por nenhum outro carro. Já Donnelly não teve a mesma sorte: na Espanha, o norte-irlandês bateu com violência no guard-rail. A batida foi tão forte que Donnelly foi ejetado do cockpit, com o banco preso em suas costas. Sobre o desempenho de Warwick, o inglês pontuou apenas duas vezes: ao chegar em 6º no Canadá (1 ponto) e em 5º na Hungria (2 pontos).
Vitória em Le Mans e morte do irmão
editarDesiludido após não conseguir encontrar outra escuderia para continuar na F-1 em 1991, Warwick saiu da categoria e volta a disputar o Campeonato Mundial de Resistência, pela qual correra em 1986. No mesmo ano, seu irmão mais novo, Paul, sofreu um acidente fatal na Fórmula 3000 britânica, porém sagrou-se campeão póstumo, uma vez que os rivais não alcançaram a pontuação necessária para desbancá-lo. A morte prematura de Paul abalou Derek, mas ele superou a tragédia ao vencer o campeonato de 1991 do BTCC. No ano seguinte, venceu a Classe C1 nas 24 Horas de Le Mans, dividindo o Peugeot 905 Evo 1B com o francês Yannick Dalmas e o compatriota Mark Blundell.
Volta à Fórmula 1
editarCom ânimo renovado após o triunfo em Le Mans, Warwick, aos 38 anos, volta à F-1 como piloto da Footwork. No GP da África do Sul, não consegue finalizar a prova, mas foi classificado em sétimo lugar por ter completado mais de 90% das voltas. Seu melhor resultado foi um quarto lugar na Hungria. No GP anterior, na Alemanha, protagonizou outro incrível acidente: com o Footwork FA14 bastante danificado, Warwick atravessa a pista, o carro quica 4 vezes na brita e, ao pisar em um desnível, capota. Incrivelmente, o experiente piloto escapa ileso. Fora dos planos da equipe para 1994, Warwick deixa de vez a categoria, com 162 corridas disputadas (147 largadas), 71 pontos obtidos, 4 pódios (nenhuma vitória) e 2 voltas mais rápidas.
Volta ao BTCC
editarApós sair da F-1, Warwick voltaria a correr no Campeonato Britânico de Carros de Turismo (BTCC). Consegue resultados expressivos, com destaque para a vitória em Knockhill, em 1998, aos 44 anos de idade.
GP Masters, Porsche Supercup e aposentadoria
editar12 anos após deixar as corridas de monopostos, Derek compete na Grand Prix Masters, categoria que reunia ex-pilotos de Fórmula 1, entre 2005 e 2006. Após a passagem pelo campeonato, afastou-se dos monopostos.
Sua derradeira participação como piloto de corridas foi na Porsche Supercup, em 2007. Atualmente, é presidente da British Racing Drivers' Club, no lugar do também ex-piloto Damon Hill.
(legenda) (Corridas em itálico indica volta mais rápida)
† Completou mais de 90% da distância da corrida.
Ano | Equipe | Nº | Co-Pilotos | Chassi | Pneus | Classe | Voltas | Posição | Posição Na Categoria |
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Motor | |||||||||
1983 | Porsche Kremer Racing | 22 | Patrick Gaillard Frank Jelinski |
Porsche-Kremer CK5 | G | C | 76 | DNF | DNF |
Porsche Type-935 3.0L Turbo Flat-6 | |||||||||
1986 | Silk Cut Jaguar Tom Walkinshaw Racing |
51 | Eddie Cheever Jean-Louis Schlesser |
Jaguar XJR-6 | D | C1 | 239 | DNF | 13º |
Jaguar 6.0L V12 | |||||||||
1991 | Silk Cut Jaguar Tom Walkinshaw Racing |
33 | John Nielsen Andy Wallace |
Jaguar XJR-12 | G | C2 | 356 | 4º | 4º |
Jaguar 7.4L V12 | |||||||||
1992 | Peugeot Talbot Sport | 1 | Yannick Dalmas Mark Blundell |
Peugeot 905 Evo 1B | M | C1 | 352 | 1º | 1º |
Peugeot SA35 3.5L V10 | |||||||||
1996 | Courage Compétition | 4 | Mario Andretti Jan Lammers |
Courage C36 | M | LMP1 | 315 | 13º | 3º |
Porsche Type-935 3.0L Turbo Flat-6 |
- ↑ «Derek Warwick» (em francês e inglês). 24h-en-piste.com