Curly Top
Curly Top (bra: A Pequena Órfã[1]; prt: A Menina dos Caracóis[2]) é um filme estadunidense de 1935 do gênero comédia musical, dirigido por Irving Cummings. O roteiro é de Patterson McNutt e Arthur J. Beckhard e foi baseado no livro Daddy Long-Legs de Jean Webster, uma das quatro refilmagens da produção original estrelada por Mary Pickford.[3] Dentre os números músicais, aparece "Animal Crackers in My Soup".
Curly Top | |
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No Brasil | A Pequena Órfã |
Em Portugal | A Menina dos Caracóis |
Estados Unidos 1935 • pb • 74 min | |
Género | comédia musical |
Direção | Irving Cummings |
Roteiro | Patterson McNutt Arthur J. Beckhard |
Elenco | Shirley Temple John Boles Rochelle Hudson |
Idioma | inglês |
Elenco
editar- Shirley Temple...Elizabeth Blair (Curly Top)
- John Boles...Edward Morgan (Hiram Jones)
- Rochelle Hudson...Mary Blair
- Jane Darwell...Madame Denham
- Rafaela Ottiano...Madame Higgins
- Esther Dale...Tante Genevieve Graham
- Etienne Girardot...Senhor Wyckoff
- Arthur Treacher...Reynolds, o mordomo inglês
Sinopse
editarA pequena órfã Elizabeth Blair mora no Orfanato Lakeside com sua irmã adolescente Mary, sob a supervisão de duas dedicadas mulheres.Mary faz diversos serviços no orfanato enquanto Elizabeth cria alguns aborrecimentos para as supervisoras, liderando as crianças em traquinagens e cuidando de seus dois animais que herdara dos seus pais: um pato e um pônei.
Quando os patrocinadores comparecem para uma vistoria, o jovem herdeiro Edward Morgan que visitava o lugar pela primeira vez, se encanta com as duas irmãs e propõe adoção para elas, inventando um benfeitor misterioso chamado Hiram Jones. As irmãs aceitam e vão para sua casa de veraneio à beira mar, onde passarão momentos felizes junto de sua nova família e de dois criados, um mordomo inglês e um cozinheiro italiano.
Produção
editarA mãe de Shirley Temple ensaiava sua filha no estúdio e em casa. O diretor Cummings assinalou que ela ajudava a filha nos diálogos e como agir durante as falas, como andar, sentar e correr. Cummings reconheceu que a Senhora Temple foi mais “diretora de Shirley do que ele próprio”.[4]
Como brinde da produção, Shirley ganhou a casa de bonecas e a decoração de quarto infantil que aparece no filme, inclusive as cortinas das janelas e as rodas da cama, as comidas falsas da geladeira, livros, tapetes, lençóis e toalhas. O quarto foi montado na casa de campo da família da atriz e exibido aos visitantes.[5]
Canções
editarRay Henderson foi o autor de cinco canções para o filme. Johnny Mercer queria escrever as letras mas o trabalho ficou para Ted Koehler, parceiro de Harold Arlen. Edward Heyman e Irving Caesar também compuseram melodias para o filme.[6]
Com exceção de “When I Grow Up,” as canções são inéditas e apresentadas como tendo sido criadas pelos personagens Mary Blair e Edward Morgan. Numa cena na primeira parte do filme, Mary conta ter escrito "Animal Crackers in My Soup" e mais tarde Morgan compõe e canta "It's All So New to Me" em seu piano. No espetáculo de Gala, Mary canta “The Simple Things in Life”, que ela teria criado a partir de uma frase de Morgan. Na parte final, Morgan canta “Curly Top” que Elizabeth ouve sentada mas depois sobre no piano e sapateia ao som da canção.
Referências
editar- Notas
- ↑ «A Pequena Órfã». AdoroCinema. Brasil: Webedia. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ Santos, Joaquim José Carvalhão Teixeira (2011). O Cinema no “Entroncamento” do “Progresso” (PDF). II. Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. p. 1040. 1580 páginas
- ↑ Edwards 83
- ↑ Windeler 31
- ↑ Black 202-3
- ↑ Furia 88
- Trabalhos citados
- Balio, Tino (1995) [1993]. Grand Design: Hollywood as a Modern Business Enterprise, 1930-1939. Berkley and Los Angeles: University of California Press. ISBN 0-520-20334-8
- Dubas, Rita (2006). Shirley Temple: A Pictorial History of the World’s Greatest Child Star. New York: Applause Theater and Cinema Books (Hal Leonard Corporation, Inc.). ISBN 978-1-55783-672-4
- Furia, Philip (2003). Skylark: The Life and Times of Johnny Mercer. New York: St. Martin’s Press. ISBN 0-312-28720-8
- Windeler, Robert (1992) [1978]. The Films of Shirley Temple. New York: Carol Publishing Group. ISBN 0-8065-0725-X
- Bibliografia
- Basinger, Jeanine (1993). A Woman’s View: How Hollywood Spoke to Women, 1930-1960. Middleton: Wesleyan University Press. ISBN 0-394-56351-4 A autora comenta a figura paterna nos filmes de Temple.
- Thomson, Rosemarie Garland (ed.) (1996). Freakery: Cultural Spectacles of the Extraordinary Body. New York: New York University Press. pp. 185–203. ISBN 0-8147-8217-5 No ensaio “Cuteness and Commodity Aesthetics: Tom Thumb and Shirley Temple“, Lori Merish examina o "culto aos pequenos e fofos" na América.