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Complexo de Jocasta

Em psicanálise, o Complexo de Jocasta é o desejo sexual incestuoso de uma mãe para com o seu filho.[1]

Oedipus Separating from Jocasta por Alexandre Cabanel.

Raymond de Saussure introduziu o termo em 1920 através da analogia com seu contrário na psicanálise, o Complexo de Édipo, e pode ser usado para compreender diferentes graus de pertencimento, incluindo amor maternal exercido por uma dominação assexual - uma coisa talvez particularmente prevalecente entre um filho inteligente e uma figura paterna fraca ou ausente.[2]

Origens

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O Complexo de Jocasta é chamado assim devido a Jocasta, uma rainha grega fictícia que teve uma relação sexual com seu filho. O Complexo de Jocasta é similar ao Complexo de Édipo, em que um filho tem desejo sexual pela mãe. Há no termo uma certa extrapolação já que na história original Édipo e Jocasta não sabiam que eram mãe e filho quando se casaram. O uso no contexto moderno envolve um filho com pleno conhecimento de quem sua mãe é.

Discussão Analítica

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Theodor Reik via a “mãe Jocasta”, como alguém com uma própria relação afetiva adulta insatisfatória e uma super preocupação por sua criança como uma fonte primária de sua neurose.[3]

George Devereux foi além, argumentando que o Complexo de Édipo infantil era por sua vez desencadeado por um complexo parental preexistente (Jocasta/Laius).[4]

Eric Berne também explorou o outro (parental) lado do Complexo de Édipo, apontando para dramas familiares relacionados como por exemplo “a mãe dormindo com o namorado da filha.. quando a mãe não tem um filho com quem possa jogar de Jocasta”.

Análogos culturais

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Atossa, na tragédia grega “Os Persas”, é vista lutando em seus sonhos com um Complexo de Jocasta.

O folclore indiano frequentemente representa figuras que, como Jocasta, expressam desejo maternal pelos filhos.

Referências
  1. E., Roeckelein, Jon (2006). Elsevier's dictionary of psychological theories. [S.l.]: Elsevier. ISBN 0444517502. OCLC 436849676 
  2. R. J. Campbell, Campbell's Psychiatric Dictionary (2009) p. 534
  3. Stuart Sutherland, Breakdown (Oxford 1998) p. 156
  4. George Devereux, Dreams in Greek Tragedy (1976) p. 209–10
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