[go: up one dir, main page]

Comme des Garçons

Comme des Garçons, também conhecida pelo acrônimo CDG, é uma marca de moda japonesa fundada e dirigida pela estilista Rei Kawakubo. A marca iniciou suas atividades em 1969, mas a empresa só foi fundada em 1973. A principal loja da Comme des Garçons fica em Aoyama, um dos bairros mais nobres de Tóquio.

Comme des Garçons
Comme des Garçons
Atividade Moda
Fundação 1969
Fundador(es) Rei Kawakubo
Website oficial www.comme-des-garcons.com

A Comme des Garçons também é proprietária da Dover Street Market, uma multimarcas de varejo de luxo, com lojas em Nova York, Tóquio, Singapura, Pequim e Los Angeles.[1] Além da moda, a CDG também comercializa itens de perfumaria e joalheria.

As principais coleções da Comme des Garçons são desfiladas na Paris Fashion Week e na Paris Men's Fashion Week.[2] Em 2017, a empresa e suas afiliadas movimentaram "mais de $280 milhões por ano".[3]

História

editar
 
Smoking da Comme des Garçons para coleção em parceria com a sueca H&M, 2009

A marca foi fundada em 1969 pela estilista Rei Kawakubo, na cidade de Tóquio. O nome da marca foi inspirado na canção " Tous les garçons et les filles" (Todos os meninos e meninas, em tradução livre), de Françoise Hardy, especialmente no trecho Comme les garçons et les filles de mon âge (Como meninos e meninas da minha idade).[4] A marca fez sucesso no Japão na década de 1970 e uma linha de peças masculinas foi acrescentada ao portfólio em 1978. Em 1981, a Comme des Garçons fez o seu debut show (show de estreia nas passarelas) em Paris. O uso intenso de preto por Kawakubo, bem como tecidos desgastados e costuras inacabadas não foi apreciado pelos críticos franceses.[5]

Ao longo dos anos 80, suas criações eram frequentemente associados ao movimento punk, não sendo apreciado pelos críticos e especialistas de moda até a década de 1990. Em 2004, a empresa dividiu os seus negócios entre alta costura na França e prêt-à-porter no Japão, Espanha e Turquia. A linha de produtos Play (ou CDG Play) passou a ser amplamente produzida no Japão, Espanha e Turquia, mas alguns de seus produtos continuaram sendo feito à mão na França.

Ao longo dos anos, a Comme des Garçons tem se associado frequentemente à artes e projetos culturais de relevância internacional

A Comme des Garçons também criou coleções colaborativas com outras empresas ao longo dos anos, como com a dinamarquesa Hammerthor [6] e a sueca H&M .[7][8]

Exposições

editar

Como parte de sua cultura em aproximar a moda arte, após sua estreia em Paris, a Comme des Garçons exibiu fotos do fotógrafo alemão Peter Lindbergh no Centre Georges Pompidou, em 1986.[9] Em 1990, realizou uma exposição de escultura e, em 2005, uma exposição voltada à publicidade e design gráfico em Shinjuku, Tóquio.

Em agosto de 2010, inaugurou uma loja de seis andares e 1.800m² em Seul, capital da Coreia do Sul, com um espaço de exposição de artes da marca, o primeiro fora do Japão.[10]

Em maio de 2017, o Metropolitan Museum of Art de Nova York realizou uma exposição de moda com o tema Rei Kawakubo / Comme des Garçons Art of the In-Between .[11]

Comme Des Garçons Play

editar

Play é a linha de luxo casual da empresa. Possui um logotipo em forma de coração com dois olhos. Voltada para o público jovem e urbano, é a linha mais vendida da empresa.

A linha Play colaborou com marcas como Nike, Jordan e Louis Vuitton na criação de vários produtos como tênis e camisetas. Em Paris, lançou em 2018 um sneaker masculino em colaboração com a marca brasileira Melissa [12] .

 
Loja em Ayoama, bairro nobre de Tóquio

As boutiques da Comme des Garçons estão localizadas em cidades como Londres, Paris, Nova York, Pequim, Hong Kong, Seul, São Petersburgo, Tóquio, Kyoto, Osaka e Fukuoka. A empresa também revende sob licença seus produtos em lojas de departamento selecionadas, como na japonesa Isetan.

Além das tradicionais boutiques, desde 2004 a Comme des Garçons inaugura lojas temporárias (pop-up stores) conhecida como Guerrilla Store. A primeira loja dessa modalidade surgiu em Berlim,[13] com o objetivo de funcionar por apenas um ano [14]. As Guerrillas Stores ficam longe dos centros de moda internacionais. Após a loja de Berlim, foram inauguradas outras lojas em Reykjavik (Islândia), Varsóvia (Polônia), Helsinque (Finlândia), Singapura, Estocolmo (Suécia), e Atenas (Grécia), dentre outras. Em 2007, uma Guerrilla Store foi inaugurada em Beirute, no Líbano, e em 2008, no centro de Los Angeles, a primeira nos Estados Unidos[15] e em Glasgow (Escócia).

Em 2004 foi inaugurada em Londres a Dover Street Market, varejista multimarcas de luxo.[16][17]

Referências
  1. «Comme des Garçons worldwide stores». comme-des-garcons.com. Consultado em 24 de setembro de 2020 
  2. Slowey, Anne; Hyzagi, Jacques (4 de março de 2016). «Rei Kawakubo Never Meant to Start a Revolution». ELLE 
  3. Tim Blanks. Business of Fashion. "A Punk's Pain". April 24, 2017. .
  4. «The True Story of How COMME des GARÇONS Got Its Name». Highsnobiety. Consultado em 24 de maio de 2019 
  5. Kate Betts (9 de fevereiro de 2004). «Women in fashion – Rei Kawakubo». Time magazine. Consultado em 30 de junho de 2019. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2004 
  6. «vmagazine.com Comme des Garçons and the most avant-garde underwear around». Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2008 
  7. «Comme des Garcons for H&M». Vogue. 3 de abril de 2008. Consultado em 24 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 20 de agosto de 2010 
  8. Wells, Pete (17 de setembro de 2013). «Rei Kawakubo and H & M: A collaboration to watch». International Herald Tribune. Consultado em 24 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2008 
  9. «Peter Lindbergh for Comme des Garçons». Cópia arquivada em 13 de maio de 2008 
  10. «Comme des Garçons Seoul Flagship Store». Hypebeast. 1 de setembro de 2010. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  11. Time magazine. Kawakubo announcement of 2017 exhibit.
  12. «Comme des Garcons | HYPEBEAST». hypebeast.com (em inglês). Consultado em 19 de março de 2017 
  13. Fortini, Amanda (12 de dezembro de 2004). «The New York Times: The Anti-Concept Concept Store». Nytimes.com. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  14. Cathy Horyn (17 de fevereiro de 2004). «The New York Times: A Store Made for Right Now: You Shop Until It's Dropped». New York Times. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  15. Vesilind, Emili (17 de fevereiro de 2008). «Los Angeles Times: A hip hideaway». Articles.latimes.com. Consultado em 24 de setembro de 2013 
  16. «Dover Street Market | icon 017 | November 2004 | ICON MAGAZINE ONLINE». 17 de outubro de 2008. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2008 
  17. Tamsin Blanchard (3 de outubro de 2004). «The Observer: Shabby chic». London: Observer.guardian.co.uk. Consultado em 24 de setembro de 2013 

Ligações externas

editar