Cesar Romero

Romero nasceu em Nova York, filho de Maria Mantilla (filha do herói nacional cubano José Martí) e Cesar Julio Romero. Seu pai tinha ascendência italiana e trabalhava com importação e exportação de máquinas de refino de açúcar e sua mãe uma cantora cubana de concerto. Esse estilo de vida, no entanto, mudou drasticamente quando seus pais perderam o comércio de açúcar e sofreram perdas com a Quebra do Mercado de Ações de 1929. A família mudo-se para Costa Oeste americana, o que lhe permitiu seu sustento. Começou sua carreira cinematográfica na década de 1930, geralmente interpretando papéis coadjuvantes. Em A Ceia dos Acusados (1934), ele desempenhou um papel de apoio, com muitos dos seus primeiros trabalhos em cena eram pequenos personagens, como gangsteres italianos ou príncipes das Índias Orientais.

Seu primeiro papel de destaque foi como Khoda Khan, em A Queridinha do Vovô (1937) dirigido por John Ford. Fez vinte filmes pela 20th Century Fox, co-estrelando com Carmen Miranda e Alice Faye em Aconteceu em Havana, de 1941, e com Betty Grable em Minha Secretária Brasileira, filme de 1942. Também interpretou papéis menores, como o pianista Sinjin da banda de Glenn Miller em Serenata Azul (1942). O chefe do estúdio da Fox, Darryl F. Zanuck, selecionou-o pessoalmente para co-estrelar com Tyrone Power o filme Capitão de Castela, de 1947, dirigido por Henry King. Enquanto Power interpretou um personagem ficcional, Romero apareceu em cena como Hernán Cortés, um conquistador espanhol, conhecido por ter derrubado o Império Asteca de Montezuma e conquistar o centro do atual território do México. Romero também apareceu ao lado de Frank Sinatra em Onze homens e um segredo (1960).

Na televisão, fez várias participações especiais em The Martha Raye Show pela rede NBC em meados dos anos de 1950. Seus trabalhos na televisão incluem o papel do tio de Don Diego de la Vega na série Zorro, pela rede ABC.^[1] O reconhecimento internacional veio com o seriado Batman, dos anos 1960, onde Cesar Romero interpretou o Coringa, um dos personagens mais famosos dos quadrinhos, em uma versão cômica do vilão. A única exigência do ator para viver o príncipe palhaço do crime era não raspar o bigode que usava, sendo parcialmente visível sob a maquiagem branca.

Romero permaneceu em atividade nas telas de TV mesmo depois do fim da série em 1968, aparecendo em Banacek, Murder, She Wrote, Magnum, P.I. e Falcon Crest. Sua última aparição nas telas foi no docudrama Carmen Miranda: Bananas is my Business filmado em 1993, mas lançado nos cinemas em 1995.^[2]

Ele foi amigo de grandes diretores e trabalhou com John Ford, Ernst Lubitsch, Rubens Donaldson, Otto Preminger e Howard Hawks. Durante as filmagens de Aconteceu em Havana, tornou-se amigo de Carmem Miranda e apaixonou-se pelo Rio de Janeiro, que visitou por duas vezes, uma delas no Carnaval de 1946 ao lado do ator Tyrone Power, de quem era amigo íntimo.

Cesar Romero morreu em 1 de janeiro de 1994, em Santa Mônica (Califórnia), vitima de bronquite e pneumonia, aos 86 anos. Seu corpo foi cremado e as cinzas enterradas no Inglewood Park Cemetery, em Inglewood.^[3]