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A Afrotheria é um clado, podendo receber a denominação de coorte ou superordem, de mamíferos placentários, identificado recentemente por meio de análises genéticas, e que inclui os elefantes, o peixes-boi, o oricteropo, os hiráces, as toupeiras-douradas e os tenrecos.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAfrotheria
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Afrotheria
Stanhope, 1998

Classificação

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Outros arranjos incluem as ordens extintas Bibymalagasia e Ptolemaiida. A este grupo, alguns paleontólogos e taxonomistas acrescentam ainda alguns condilartros próximos às famílias Phenacodontidae e Apheliscidae, assim como os placentários primitivos Leptictida, tradicionalmente incluídos nos Insectivora ou Proteutheria. A ligação dos musaranhos-elefantes (Macroscelidea) com os Apheliscidae parece cada vez mais segura (Tabuce et al., 2007), enquanto a alegada relação dos Phenacodonta com os Hyracoidea parece dever-se mais a convergência do que a uma relação de parentesco.

Problemas classificatórios

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Acredita-se que a Afrotheria tenha se originado na África no período que estava isolada dos outros continentes. Sua única característica externa comum é o focinho móvel (probóscide), embora há evidência convincente que esta estrutura é de fato homóloga dentre todos os membros deste grupo. O grande problema em considerar os Afrotérios como sendo originalmente um clado africano é seu registro fóssil. As mais antigas evidências fósseis dos ungulados africanos e musaranhos-elefantes foram encontradas fora da África.

A monofilia da Afrotheria não é universalmente aceita. Evidências morfológicas colocam os elefantes e seus aparentados como verdadeiros ungulados (Ungulata); os musaranhos-elefantes juntamente com os Glires; e os tenrecos e toupeiras-douradas na Lipotyphla.

Filogenia

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Esta é a filogenia de acordo com estudos genéticos recentes:[1][2][3]

Afrotheria 
 Afroinsectiphilia 

 Tubulidentata

 Afroinsectivora 

 Macroscelidea

 Afrosoricida

 Paenungulata 

 Hyracoidea

 Tethytheria 

 Proboscidea

 Sirenia

Referências
  1. Peter J. Waddell, Hirohisa Kishino & Rissa Ota: A Phylogenetic Foundation for Comparative Mammalian Genomics. Genome Informatics 12, 2001, S. 141–154.
  2. Matjaž Kuntner, Laura J. May-Collado & Ingi Agnarsson: Phylogeny and conservation priorities of afrotherian mammals (Afrotheria, Mammalia). Zoologica Scripta 40 (1), 2011, S. 1–15.
  3. Esselstyn, Jacob A.; Oliveros, Carl H.; Swanson, Mark T.; Faircloth, Brant C. (26 de agosto de 2018). «Investigating Difficult Nodes in the Placental Mammal Tree with Expanded Taxon Sampling and Thousands of Ultraconserved Elements». Genome Biology and Evolution. 9 (9): 2308–2321. PMC 5604124Acessível livremente . PMID 28934378. doi:10.1093/gbe/evx168 
  • Tabuce, R., Delmer, C., & Gheerbrant, E. (2007). Evolution of the tooth enamel microstructure in the earliest proboscideans (Mammalia). Zoological Journal of the Linnean Society 149 (4), 611–628.
  • William J. Murphy, Eduardo Eizirik, Mark S. Springer; et al. (14 de dezembro de 2001). «Resolution of the Early Placental Mammal Radiation Using Bayesian Phylogenetics». Science. 294 (5550): 2348-2351 
  • Kriegs, Jan Ole, Gennady Churakov, Martin Kiefmann, Ursula Jordan, Juergen Brosius, Juergen Schmitz (2006). «Retroposed Elements as Archives for the Evolutionary History of Placental Mammals». PLoS Biol. 4 (4): e91  (pdf version)
  • Pardini AT, O'Brien PC, Fu B, Bonde RK, Elder FF, Ferguson-Smith MA, Yang F, Robinson TJ. (2007). Chromosome painting among Proboscidea, Hyracoidea and Sirenia: support for Paenungulata (Afrotheria, Mammalia) but not Tethytheria. Proc. Biol. Sci. 2007 May 22;274(1615):1333-40.
  • Tabuce, R., Marivaux, L., Adaci, M., Bensalah, M., Hartenberger, J.-L., Mahboubi, M., Mebrouk, F., Tafforeau, P. & Jaeger, J.-J. (2007). Early tertiary mammals from north Africa reinforce the molecular afrotheria clade. Proceedings of the Royal Society B - Biological Sciences, 274 (1614) : 1159-1166. 7 Maio 2007.

Ligações externas

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