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Acipenser gueldenstaedtii

Acipenser gueldenstaedtii, também chamado de Esturjão russo, é uma espécie de peixe da família Acipenseridae. É uma espécie muito próxima do Acipenser persicus (Esturjão Persa). As suas ovas são utilizadas para a produção de caviar ossetra.

Acipenser gueldenstaedtii
CITES Appendix II (CITES)[2]
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Acipenseriformes
Família: Acipenseridae
Gênero: Acipenser
Espécies:
A. gueldenstaedtii
Nome binomial
Acipenser gueldenstaedtii
Sinónimos[3][4]
  • Acipenser pygmaeus Reisinger 1830 non – Pallas 1814
  • Acipenser aculeatus Lovetsky 1834
  • Acipenser medius Heckel 1836
  • Acipenser tueckus Heckel 1836
  • Acipenser macrophthalmus Heckel 1836
  • Acipenser brevirostris Heckel 1836 non – Lesueur 1818
  • Acipenser gueldenstaedtii var. scobar Antipa 1909
  • Acipenser gueldenstaedti scaber Antipa 1909
  • Acipenser gueldenstaedti var. golis Antipa 1909
  • Acipenser gueldenstaedti var. longirostris Antipa 1909
  • Acipenser gueldenstaedti var. acutirostris Antipa 1909 non – Ayres 1854
  • Acipenser gueldenstaedtii var. colchicus Marti 1940
  • Acipenser colchicus (Marti 1940)
  • Acipenser gueldenstaedtii colchicus (Marti 1940)
  • Acipenser gueldenstaedti var. tanaica Marti 1940
  • Acipenser gueldenstaedti colchicus n. danubicus Movchan 1967
  • Acipenser gueldenstaedti persicus n. kurensis Belyaeff 1932

Ele é encontrado no Azerbaijão, na Bulgária, na Geórgia, no Irã, no Cazaquistão, na Romênia, na Rússia, na Turquia e na Ucrânia. O seu comprimento pode chegar a quase 2 metros e o seu peso a mais de 110 quilogramas. O esturjão-russo demora a amadurecer sexualmente e a se reproduzir, sendo, portanto, um peixe altamente vulnerável à pesca.

Atualmente a espécie é bastante rara na região do Mar Negro, onde quase todos os seus locais de reprodução desapareceram devido à construção de represas, com exceção do baixo Danúbio, que ainda conta com alguns desses locais, mas onde, mesmo assim, este peixe é raro. A região do Mar Cáspio perdeu 70% das áreas de reprodução do esturjão-russo desde a década de 1950, principalmente devido à construção de usinas hidroelétricas. O controle do fluxo do Rio Kuban provocou a perda de 140 mil hectares de áreas de reprodução, e o represamento do Rio Don implicou na perda de 68 mil hectares dessas áreas. A última população natural de esturjão-russo ainda migra subindo o Rio Danúbio e o Rio Rioni (ele foi visto pela última vez no Rioni em 1999), onde os esturjões são alvo de pesca excessiva e ilegal. As populações do Mar Cáspio também estão sob forte pressão devido à pesca excessiva e à perda de habitats de reprodução. Quase todos os peixes que migram para se reproduzir são pescados ilegalmente abaixo da Represa de Volgogrado. O Rio Ural ainda possui indivíduos da espécie que se reproduzem.

Os especialistas estimam que a população nativa selvagem deste esturjão sofreu um enorme declínio de mais de 90% nas últimas três gerações (cerca de 45 anos). Esta estimativa se baseia no declínio de 88,5% em capturas globais da espécie em apenas 15 anos, apesar do alto nível de reposição artificial; de 92,5% da biomassa procriação no Rio Volga de 1961-1965 a 1998-2000; de 88% do número médio de peixes reprodutores que entraram no baixo Rio Volga segunda a média de 1962-1975 à média de 1992-2000; e da queda do Índice de Produção Juvenil do Danúbio romeno.

A previsão é de que esse declínio continuará, já que a pesca ilegal no mar e nos rios para a produção de caviar resultará em breve na extinção da população natural selvagem remanescente do esturjão-russo. No futuro imediato, a sobrevivência da espécie poderá depender apenas da sua reposição artificial.

Referências
  1. Gessner, J.; Freyhof, J.; Kottelat, M. (2010). «Acipenser gueldenstaedtii». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2010: e.T232A13042340. doi:10.2305/IUCN.UK.2010-1.RLTS.T232A13042340.enAcessível livremente . Consultado em 14 de novembro de 2021 
  2. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  3. Froese, R.; Pauly, D. (2017). «Acipenseridae». FishBase version (02/2017). Consultado em 18 de maio de 2017 
  4. «Acipenseridae» (PDF). Deeplyfish- fishes of the world. Consultado em 18 de maio de 2017 
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