X | |
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Logotipo usado desde julho de 2023 | |
Página inicial do X visitada enquanto o usuário estava fazendo login em agosto de 2024 | |
Slogan | "What's happening?" (Brasil: "O que está acontecendo?") (Portugal: "O que está a acontecer?") |
Nomes anteriores | |
Proprietário(s) |
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Pessoas-chave | |
Requer pagamento? | não |
Gênero | |
Cadastro | sim |
País de origem | Estados Unidos |
Idioma(s) | 37 idiomas, incluindo o português |
Lançamento | 21 de março de 2006 (18 anos) São Francisco, Califórnia, Estados Unidos |
Sede | Bastrop, Texas, Estados Unidos |
Endereço eletrônico | x |
Estado atual | ativo |
X, popularmente conhecido pelo seu nome anterior Twitter e inicialmente chamado de Twttr ("gorjear"), é uma rede social e um serviço de microblog, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos em textos de até 280 caracteres (25 mil para assinantes do X Premium) conhecidos como posts (anteriormente tweets), por meio do website do serviço, por SMS e por softwares específicos de gerenciamento.
A sede do X está localizada em Bastrop, Texas desde setembro de 2024, e era anteriormente localizada em São Francisco, Califórnia.[4] A empresa foi fundada em 2006 por Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams.
Em 24 de julho de 2023, mudou o nome e logo do pássaro azul para a letra X, estilizada 𝕏.[5] Em 30 de agosto de 2024, foi determinado o bloqueio da plataforma no Brasil.[6][7]
História
[editar | editar código-fonte]O Twitter, como era chamado, foi criado em março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams, Biz Stone e Noah Glass[8] e foi lançado em julho de 2006 nos Estados Unidos. A ideia inicial dos fundadores era que o Twitter fosse uma espécie de "SMS da internet" com a limitação de caracteres de uma mensagem de celular. Inicialmente chamada Twttr (sem vogais), o nome da rede social, em inglês, significa gorjear. A ideia é que o usuário da rede social está "piando" pela internet.[9] Desde a sua criação, o X ganhou extensa notabilidade e popularidade por todo mundo. Algumas vezes é descrito como o "SMS da Internet".[10] Linda Yaccarino é a atual CEO da empresa.
No dia 12 de setembro de 2013, por meio do perfil da empresa no próprio X, foi informado que ela havia enviado à SEC (CVM dos Estados Unidos) documentos confidenciais para sua abertura de capital na Bolsa de Valores, operação também conhecida como IPO (Oferta Pública Inicial, em inglês). No dia 7 de novembro de 2013, a Twitter Inc. fez sua estreia na Bolsa de Nova Iorque. Todas as 70 milhões de ações colocadas no mercado foram vendidas. Seu valor chegou a subir até 90% de alta em relação ao valor estipulado inicialmente na abertura do pregão.[11] Na ocasião, a empresa captou US$ 1,82 bilhão no mercado e foi avaliada em US$ 24,57 bilhões.[12]
Aquisição por Elon Musk
[editar | editar código-fonte]Em abril de 2022 foi anunciado que a rede social seria comprada por Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, Inc., por 44 bilhões de dólares e, com isso, a empresa deixaria de ser negociada na bolsa de valores.[13] Contudo, em julho de 2022, Musk anunciou a desistência da compra. Em 12 de julho, o Twitter entrou com uma ação contra Musk, após o anúncio de desistência da compra.
Em outubro de 2022, reverteu sua decisão e decidiu manter a proposta inicial de 44 bilhões de dólares (cerca de 235 bilhões de reais), legalmente, Musk tinha até o dia 28 de outubro para confirmar a aquisição caso quisesse evitar um julgamento movido pela empresa. Documentos internos obtidos pela mídia detalhavam planos de cortar aproximadamente 75% do quadro de funcionários da empresa, caso a aquisição ocorresse.[14][15] A informação foi posteriormente desmentida por Musk.[16][17]
O Governo dos Estados Unidos, através do Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), estaria considerando fazer revisões de segurança nacional nos empreendimentos de Musk, incluindo o acordo de aquisição do Twitter, o que poderia acabar vetando a compra.[18][19]
Em 27 de outubro, afirmou através de um comunicado direcionado a usuários e anunciantes da rede social, que havia adquirido a plataforma,[20][13] horas mais tarde, fontes próximas ao assunto confirmaram que Musk estaria no controle da empresa e que seu, até então, diretor-presidente, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde e o conselheiro geral, Sean Edgett, haviam sido demitidos.[17][21][22][23][24]
Ferramentas
[editar | editar código-fonte]As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e também enviadas a outros usuários seguidores que tenham assinado para recebê-las. As atualizações de um perfil ocorrem por meio do site do X, por RSS, por SMS ou programa especializado para gerenciamento. O serviço é gratuito pela internet, entretanto, usando o recurso de SMS pode ocorrer a cobrança pela operadora telefónica.
No dia 23 de janeiro de 2015 duas novidades foram inseridas. O "Enquanto você estava fora" é um resumo das principais notícias e/ou posts de quem você segue. Já o "Digits" é feito para desenvolvedores e vai auxiliar no acesso a sites pelo celular.[25] Ainda em 2015, o X anunciou que irá liberar as mensagens diretas entre pessoas que não se seguem. Para isso, o usuário terá que liberar o outro contato por meio das configurações da conta.[26]
Repost
[editar | editar código-fonte]O Repost (anteriormente "Retweet") é uma função do X que consiste em replicar uma determinada mensagem de um usuário para a lista de seguidores, dando crédito a seu autor original.[27][28][29] Na página de início do site existe um botão chamado repostar, que faz o envio automático da mensagem para todos seguidores da pessoa. Antigamente, os usuários realizavam isto de forma manual, acrescentando um RT ao lado da @alcunha de quem escreveu.
Lista
[editar | editar código-fonte]Lista, anteriormente Twitter List ou Lista do Twitter, é um recurso disponível no X que permite ao usuário criar listas compartilháveis de usuários. O que dinamiza a leitura dos posts já que se torna possível ler o conteúdo postado por grupos de seguidores.[30]
Trending Topics
[editar | editar código-fonte]Os Trending Topics (TTs) ou Assuntos do Momento são uma lista em tempo real das frases mais publicadas no X pelo mundo todo. Valem para essa lista os marcadores, também conhecidos por hashtags (#) e nomes próprios.[31]
O recurso de Trending Topics usa por padrão a abrangência total, mas também é possível filtrar por países como Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Portugal e outros, ou cidades como Londres, Los Angeles, Miami, Nova Iorque, Rio de Janeiro, São Paulo e outras.[31]
API
[editar | editar código-fonte]Sorteios, promoções e até mesmo uma análise mais aprofundada da opinião dos usuários a respeito da sua marca ou serviço já podem ser feitas através de APIs desenvolvidas. Um fator que influência na alta taxa de empresas com seu desenvolvimento voltado ao X é a documentação que é fornecida pela equipe de desenvolvedores do serviço.
Em 13 de fevereiro de 2023, a API deixou de ser totalmente livre e passou a ter planos pagos. Os planos foram disponibilizados como uma forma de combater spamming e bots na plataforma, entretanto, é possível usar um plano gratuito de apenas um token por conta, também possuindo um limite mensal de 1.500 posts (cerca de 50 posts por dia).[32]
Aumento de caracteres
[editar | editar código-fonte]Em 26 de setembro de 2017, a empresa disponibilizou, em caráter de testes, o limite de 280 caracteres para cada post. A mudança foi aplicada em definitivo a partir de 7 de novembro do mesmo ano.[33][34]
Fleets
[editar | editar código-fonte]Em março de 2020, a rede social lançou a função Fleets, semelhante ao stories do Instagram. Como no Instagram, as mensagens eram apagadas após 24 horas.[35] Em 14 de julho de 2021, a ferramenta teve seu fim decretado pois, de acordo com a empresa, o Fleets não correspondeu às expectativas de engajamento, e foi desativada em 3 de agosto do mesmo ano.[36]
X Premium
[editar | editar código-fonte]Em 3 de junho de 2021, o Twitter anunciou um serviço de assinatura paga conhecido como Twitter Blue. Após a mudança de nome do Twitter para X, a assinatura foi renomeada para X Blue e em 5 de agosto de 2023, foi renomeada para X Premium.[37][38] A assinatura fornece recursos premium adicionais ao serviço.[39][40]
Verificação de contas
[editar | editar código-fonte]O X possuí 3 tipos de selos de verificações de perfis, o azul, o dourado, e o cinza.[41]
Para que um perfil seja verificado com o selo azul, é necessário pagar o X Premium (anteriormente Twitter Blue), que custa entre R$ 440,00 e R$ 629,00 (por ano) ou R$ 42,00 e R$ 60,00 (por mês), e é o único método de consegui-lo.[38][42] Qualquer perfil que obtenha os requisitos abaixo pode ter o selo azul:[42]
- Possuir um nome de usuário e uma foto de perfil;
- A conta deve estar ativa nos últimos 30 dias para se inscrever no X Premium;
- A conta deve ter mais de 30 dias de criação antes de se inscrever no X Premium;
- A conta deve possuir um número de telefone confirmado;
- A conta não pode ter sido alterada recentemente;
- A conta não pode ter violado as regras de falsificação de identidade e spam.
É possível perder o selo azul se:
- Violar as regras do X;
- Alterar o nome de usuário, a foto de perfil, ou o username (@) resultará em uma perda temporária do selo azul.
Para obter o selo dourado ou de organização, é preciso que a conta seja pertencente a uma empresa ou organização conhecida e autêntica, além disso, para manter o selo, é preciso pagar R$ 5 300,00 por mês. É possível também que empresas que possuem o selo dourado adicionar contas afiliadas, que custa R$ 260,00 por membro por mês.[43]
Para obter o selo cinza, é preciso que a conta seja pertencente a um membro de algum governo, alguns exemplos são Presidentes, Senadores e Ministérios.[carece de fontes]
Em 11 de abril de 2023, Elon Musk, o então CEO do X, anunciou que os antigos verificados (chamados de legacy verified account), iriam perder o selo azul em 20 de abril de 2023, se não pagassem o Twitter Blue (atual X Premium). Com isso, vários usuários perderam o seu selo azul, agora, só sendo obtido através do X Premium.[44]
Estimativas de usuários
[editar | editar código-fonte]A estimativa do número de usuários é baseada em pesquisas independentes já que a empresa não informa oficialmente número de contas ativas. Em novembro de 2008, Jeremiah Owyang estimou que o X possuía entre 4 a 5 milhões de usuários.[45] Já em maio de 2009, outro estudo analisou mais de 11 milhões e meio de contas de usuários.[46] Um estudo da Universidade de Harvard concluiu que apenas 10% dos usuários produzem 90% do conteúdo.[47]
Em fevereiro de 2009, o blogue "Compete.com" elegeu o X em terceiro lugar como rede social mais usada (Facebook em primeiro lugar, seguido do MySpace).[48]
Posteriormente, em 14 de setembro de 2010, o X divulgou no seu próprio site o número total de usuários registrados: 175 milhões.[49]
Atualmente, a rede social conta com 284 milhões de usuários registrados, porém, pouco mais de 24 milhões dos 284 milhões de usuários do X nunca postaram, repostaram ou curtiram uma mensagem publicada no microblog. As informações são da própria empresa e estão em um documento enviado à SEC (equivalente nos Estados Unidos à brasileira CVM) em 11 de janeiro de 2015.[carece de fontes]
Em 2022, o GOR (Global Overview Report) do X indica que a rede social conta com 436 milhões de utilizadores,[50] sendo que em Portugal, 13,8% da população do país aderiu à plataforma, totalizando 1,4 milhões de pessoas.[51] O Brasil conta com a segunda maior comunidade do X, logo a seguir aos Estados Unidos, com 8,28 milhões de usuários ativos.[52]
Impacto
[editar | editar código-fonte]Manifestações sociais
[editar | editar código-fonte]Em março de 2009, o X foi uma das principais ferramentas de divulgação do Pillow Fight Day — uma guerra pública de travesseiros acontecida em várias cidades do mundo. Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Santos, Fortaleza, Araraquara, Belém, Belo Horizonte, Bragança Paulista, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Guarulhos, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Salvador, Santa Maria, São João Del Rei, São Luís, Sorocaba, Uberaba, Uberlândia e Vitória foram algumas cidades brasileiras em que houve a manifestação.[carece de fontes]
Se destacou na mídia o uso do X durante as manifestações políticas ocorridas na Moldávia em reação ao resultado das eleições legislativas no início de 2009. A ferramenta também esteve presente no debate político e na movimentação da oposição durante a Eleição presidencial do Irã em 2009. Durante o Apagão elétrico de 2009, as primeiras informações das regiões atingidas pelo blecaute foi fornecida através dos usuários do X, através de postagens via celular, e lida por emissoras de rádio que faziam plantão naquele momento.[carece de fontes]
Em janeiro de 2010 foi realizada a primeira conexão e acesso pessoal à Internet de origem espacial, utilizando o X.[53] O astronauta Timothy Creamer, escreveu "Hello Twitterverse" no serviço de microblogging,[53] diretamente da Estação Espacial Internacional (ISS).[54][55]
Devido ao sucesso do X, um grande número de serviços semelhantes foram lançados. Alguns são disponibilizados em países específicos, outros unem outras funções, como a partilha de arquivos que era oferecido pelo Pownce.[carece de fontes]
Publicidade
[editar | editar código-fonte]O X também tem sido constantemente utilizado por grandes empresas para a divulgação de suas marcas, através de constantes atualizações, sempre ligando o consumidor a uma página onde possa encontrar mais informações sobre o serviço ou produto oferecido. Além disso, o X tem se mostrado um ótimo instrumento para o fortalecimento das marcas no ambiente virtual, pois agrega seguidores que recebem as atualizações enviadas pelas empresas, porém ainda é uma ferramenta que deve ser melhor explorada para esse fim.[34]
No artigo publicado em 14 de abril de 2009, no The New York Times, a jornalista Claire Cain Miller afirmou que a utilidade mais produtiva do X tem sido para aquelas empresas que desejam ouvir os clientes e oferecer reações imediatas às opiniões deles. A Dell, por exemplo, percebeu que os clientes estavam reclamando de que o apóstrofo e as teclas de retorno estavam próximas demais no laptop Dell Mini 9. O problema foi reparado. Na Starbucks, os clientes costumavam reclamar deixando notas em uma caixa de sugestões. Agora, eles podem também enviar a reclamações ou sugestões via X.[carece de fontes]
No Brasil, o destaque da mídia para ações publicitárias no X tem sido para a venda de um apartamento realizada pela construtora Tecnisa. O perfil da empresa no X foi criado em 20 de fevereiro de 2008, mas, somente em 13 de julho de 2008, começou a ser utilizado para uma divulgação. Tratava-se do lançamento do Acquaplay, em Santos.[carece de fontes]
Em 23 de fevereiro de 2009, Romeo Busarello, diretor de marketing da empresa chegou a afirmar: "usamos para comunicar lançamentos e novidades (…) Tenho consciência de que não vou vender um apartamento via Twitter [X]." Porém, cerca de 4 meses depois, a construtora concluiu a primeira venda por meio do X. A promoção realizada na rede social oferecia R$ 2 000,00 em vale-compras, além de armários e cozinhas planejados, somente para as compras geradas por meio desta forma de contacto. A oferta levou o consumidor a efetivar a compra de uma unidade de três suítes no empreendimento Verana, localizado no Alto da Lapa, em São Paulo, ao custo de R$ 500 000. "Provavelmente este é o produto mais caro vendido pelo Twitter [X] no mundo. E, com certeza, é a primeira venda concretizada por uma empresa do segmento da construção civil, utilizando redes sociais. Esta conquista inédita fortalece nossa estratégia de divulgação on-line dos imóveis. Afinal, conseguimos um excelente resultado com um baixo investimento", afirmou Busarello.[carece de fontes]
A Google e a Microsoft entraram em um acordo com o X para que os posts postados diariamente pelos milhões de usuários da rede social, apareçam nos resultados dos buscadores, tanto da Google, quanto da Microsoft, no caso o Bing. A Google está pagando US$ 15 milhões e a Microsoft US$ 10 milhões e serão os primeiros a fazer experiências com os dados coletados. A Yahoo também pode fazer parte desse acordo.[56]
Lusofonia
[editar | editar código-fonte]Segundo o grupo de pesquisa norte-americano Web Ecology, a língua portuguesa é a segunda mais utilizada pelo X.[57] Um estudo da Semiocast, no entanto, mostra que a língua portuguesa é a terceira mais utilizada, atrás do inglês e do japonês.[58][59][desatualizado]
Em maio de 2011, a jornalista brasileira Rosana Hermann lançou um livro pela editora Panda Books, intitulado Um passarinho me contou – Relatos de uma viciada em Twitter. O livro é baseado em histórias vividas por ela desde a sua entrada na rede social em abril de 2007.[60]
Portugal
[editar | editar código-fonte]Após uma década de presença em Portugal, surge a oficialização da delegação portuguesa do X. Em Portugal não são públicos os dados de utilização desta rede social, mas é visível a crescente popularidade entre adolescentes e jovens adultos, por um lado, e influenciadores como figuras públicas, políticos e jornalistas, por outro. No entanto, Katie Lampe, directora de vendas do X para a Europa, Médio Oriente e África, revelou em Lisboa que mais de metade dos utilizadores portugueses daquela rede acede à sua conta pelo menos uma vez por dia, e que o mobile representa 80% dos acessos.[61]
Brasil
[editar | editar código-fonte]Em 17 de agosto de 2024, a plataforma decidiu encerrar suas operações no Brasil "com efeito imediato". Tal decisão de Elon Musk baseou-se em ameaça judicial do ministro Alexandre de Moraes à representante legal da companhia no país: "Apesar de nossos inúmeros recursos ao Supremo Tribunal Federal não terem sido ouvidos, de o público brasileiro não ter sido informado sobre essas ordens e de nossa equipe brasileira não ter responsabilidade ou controle sobre o bloqueio de conteúdo em nossa plataforma, [Alexandre de] Moraes optou por ameaçar nossa equipe no Brasil em vez de respeitar a lei ou o devido processo legal."[62] No entanto, apesar da decisão, o serviço continuou disponível aos usuários[63] até 31 de agosto, quando saiu do ar em todo país.[64]
Depois de um mês e sete dias, o X voltou ao ar no dia 8 de outubro, após o pagamento das multas impostas pelo STF.[65]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Separar controvérsias numa se(c)ção específica pode não ser a melhor maneira de se estruturar um artigo, pois pode gerar peso indevido para pontos de vista negativos. (Setembro de 2024) |
Viés político
[editar | editar código-fonte]Em 2019[update], o cofundador e então CEO do ex-Twitter, Jack Dorsey, afirmou que a rede social era tão liberal que seus funcionários conservadores não se sentiam seguros para expressar suas opiniões.[66] O então Twitter foi acusado, em 2019[update], de possuir forte viés de esquerda,[67] e, em 2021[update], de frequentemente apoiar pautas de esquerda e extrema-esquerda.[68]
Limite de caracteres
[editar | editar código-fonte]No início do funcionamento do site, algumas empresas mundiais proibiram o uso do X, alegando que a então limitação de 140 caracteres seria prejudicial para um jornalismo de qualidade.[69] Além disso, o escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e vencedor de um prêmio Nobel de Literatura, José Saramago fez uma dura crítica ao X dizendo: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.[70]
Em resposta ás críticas, em 2018 o número e caracteres dobrou de 140 para 280. E em 2022 passou ao limite de 4 000 caracteres.[71][72] Em outubro de 2023, o atual limite é 25 mil caracteres para assinantes do X Premium.[carece de fontes]
Veiculação de notícias falsas e uso político violando regras da plataforma
[editar | editar código-fonte]Escrevendo para o The Intercept Brasil em janeiro de 2021, Tatiana Dias responsabilizou o X pelo Colapso dos hospitais de Manaus, pois a empresa, assim como fez em relação a Donald Trump, demorou para tomar alguma atitude contra a disseminação de informações falsas, assim como também deixou que deputados bolsonaristas incentivassem a população de Manaus a saírem do lockdown: "Mas eu tendo a concordar com o meu colega Sam Biddle, do Intercept norte-americano: a remoção de Trump foi o ápice de quatro anos de covardia corporativa. As empresas têm regras claras, mas falham miseravelmente em aplicá-las".[73]
Na reportagem publicada pelo Aos Fatos em junho de 2021, foi mostrado que a rede social, mesmo afirmando que tinha reforçado as regras contra desinformação, ainda permite que circulem postagens com evidente desinformação. Mesmo sendo apontadas as fontes de desinformação, o X enviou uma nota a Aos Fatos dizendo que a "maior parte dos tweets [posts] [destacados pela reportagem] não viola sua política de informações enganosas sobre a Covid". Um dos posts citados foi o de Allan dos Santos do Terça Livre, que segue em circulação a mais de uma semana, mesmo sendo comprovado que a informação da postagem é falsa. Após a reportagem, o X removeu algumas publicações, mas manteve outras.[74] Em 2021 foi noticiado também na imprensa alemã que o PT pagava influencers para fazer propaganda do partido o que ajudou o candidato em 2018 a alcançar o segundo turno.[75]
Invasão de crackers
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 2009, o X foi alvo do primeiro ataque de crackers. Quem tentava acessar ou logar no site, encontrou o site e sua conta sob o controle dos invasores, o que permaneceu por duas horas até sair do ar.[carece de fontes]
Na madrugada do dia 18 de dezembro de 2009, ao clicar no X, o usuário era redirecionado para página com aviso de grupo chamado "Exército Cibernético do Irã". O site saiu do ar por cerca de uma hora, informa o portal da rede de TV norte-americana CNN. Em seu blogue oficial, o X disse que "os registros DNS (sigla em inglês para Sistema de Nomes de Domínios, que é um mecanismo que traduz o nome dos sites nos números que identificam as páginas) ficaram temporariamente comprometidos, mas agora foram consertados". A rede social não deu mais detalhes sobre o assunto.[76]
Coincidência ou não, o caso do Irã com X é antigo. O Governo do Irã foi envolvido no caso, pois em junho de 2009, através do X, ocorreram manifestações contra a reeleição de Mahmud Ahmadinejad, por conta das graves denúncias de fraude eleitoral, provocando inúmeras reações negativas internas e externas. O X foi bloqueado diversas vezes no país.[carece de fontes]
Em 25 de março de 2010, a Polícia anunciou a prisão do "Hacker-croll", no centro da França, um pirata virtual que roubou as senhas de vários famosos no X, entre eles, o grupo musical britânico Duran Duran, o "presidente de uma grande empresa pública francesa" e o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O jovem de 25 anos foi detido após uma investigação conjunta entre autoridades da França e dos Estados Unidos, diz o jornal Le Parisien. A prisão do jovem só foi facilitada após criar blogues no qual narrava o sucesso das invasões, não só no X, mas também em outras redes sociais como o Facebook e em contas pessoais de e-mail.[77]
Às vésperas de 7 de setembro de 2010, hackers brasileiros aproveitaram uma falha de XSS para criar um worm que se espalhava automaticamente através de um link. Clicando no link o usuário enviava suas informações aos hackers que tratavam de manipular essas informações e forçar o envio de uma mensagem contendo o mesmo link no X do usuário. As mensagens enviadas variaram desde morte a fotos sensuais de artistas conhecidos.[78]
Casos de suicídios
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 2009, a publicitária brasileira de ascendência japonesa Marisa Toma, mais conhecida como Ematoma, de 33 anos, foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava na Grande São Paulo. Segundo investigações, Marisa Toma cometeu suicídio, ao golpear faca no próprio peito. Antes de se matar, deixou recado suicida no X que recebe nome Ematoma,[79] Não deixou recado os motivos pelo suicídio, mas nas últimas semanas, ela estava deprimida. Era proprietária do site Objetos de Desejo.[80] Depois que a morte dela foi divulgada, o perfil @ematoma saiu do ar.[carece de fontes]
No dia 11 de fevereiro de 2010, o famoso estilista britânico, que assumiu a homossexualidade, Alexander McQueen, foi encontrado morto enforcado na sua residência em Londres. Segundo legistas, a morte ocorreu na véspera, no dia 10 de fevereiro. Uma semana antes, dia 2 de fevereiro, a mãe do estilista, Joyce McQueen, morreu e avisou no dia seguinte através do X: “Estou avisando todos os meus seguidores que minha mãe morreu ontem, e que se ela não tivesse dado à luz, vocês também não me teriam. Descanse em paz”, seguido de “Mas a vida deve seguir em frente!!!!!!!!!!!!!!!”.[81] Desde então, nunca conseguiu superar a perda da mãe e entrou em depressão. No dia 7 de fevereiro, postou no X: "Noite de domingo, tem sido uma semana terrível, mas meus amigos têm sido ótimos, agora preciso de alguma forma me recompor.". Desde então não saiu da residência e se matou três dias depois. Após o anúncio da morte, o perfil do estilista do X foi retirado do ar no mesmo dia.[carece de fontes]
Casos de preconceito
[editar | editar código-fonte]Na eleição presidencial no Brasil em 2010, a candidata Dilma Rousseff obteve uma média de 70% de votos na região nordeste do país. Isso incentivou, logo após a divulgação dos resultados do pleito em 31 de outubro de 2010, uma série de mensagens preconceituosas contra nordestinos, considerados "culpados" pelo sucesso da candidata (apesar de uma análise criteriosa demonstrar que ela se elegeria mesmo sem os votos da região).[82][83]
Um dos casos de mais destaque foi o de Mayara Petruso, estudante de direito de São Paulo, que escreveu: "Nordestisto (sic) não é gente, faça um favor a Sp, mate um nordestino afogado!".[84] Diante das denúncias e publicações da imprensa, no dia 3 de novembro a OAB de Pernambuco entrou com notícia-crime no Ministério Público Federal em São Paulo contra a autora das citadas mensagens.[82] Mayara foi condenada, no dia 16 de maio de 2012, a 1 ano, 5 meses e 15 dias de reclusão pela juíza da 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A pena, entretanto, foi convertida em multa de 500 reais e prestação de serviços comunitários, uma vez que Mayara não possuía antecedentes criminais e já havia sofrido "forte punição moral".[85][86]
No dia 4 de novembro, a ONG SaferNet entrou com mesmo processo no MPF, identificando 1 037 perfis de usuários que postaram mensagens preconceituosas contra nordestinos.[82] Boa parte deles foi listada no Tumblr "Diga Não à Xenofobia".[87] Os casos de preconceito no X acabaram repercutindo no exterior, com publicação de uma matéria no jornal The Telegraph, do Reino Unido.[88]
UberTwitter e Twidroyd
[editar | editar código-fonte]Em 18 de fevereiro de 2011, o X suspendeu os aplicativos mobile UberTwitter e Twidroyd por violarem as normas de privacidade e de marca registrada.[89] O X bloqueia centenas de aplicativos que violam as políticas do site, mas para este caso, o X tomou uma atitude diferente ao compartilhar esse fato com a mídia, pois a suspensão afeta um grande número de usuários.[90] O UberTwitter se manifestou em sua página oficial dizendo ter mudado algumas normas para voltar ao normal. Logo em seguida, o site e o X da empresa passa a se chamar "UberSocial".[91] Já a partir de 21 de fevereiro de 2011 os aplicativos voltaram ao normal.[92]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Quem é Linda Yaccarino, nova CEO do Twitter no lugar de Elon Musk». UOL. 13 de maio de 2023. Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ «Quem é Elon Musk, o novo dono do Twitter». BBC News Brasil. 25 de abril de 2022. Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ «Excited to announce that I've hired a new CEO for X/Twitter. She will be starting in ~6 weeks!» (em inglês). Elon Musk. 11 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023 – via Twitter
- ↑ Emerson, Sarah. «Elon Musk Has Officially Moved X To Texas». Forbes (em inglês). Consultado em 4 de outubro de 2024
- ↑ «Twitter changes logo to 'X', replacing blue bird symbol». www.aljazeera.com (em inglês). Consultado em 24 de julho de 2023
- ↑ «X/Twitter fora do ar: Justiça ordena que operadoras, Apple e Google bloqueiem acesso • Tecnoblog». Tecnoblog. 30 de agosto de 2024. Consultado em 30 de agosto de 2024
- ↑ «Alexandre de Moraes determina bloqueio do X (antigo Twitter) em todo o Brasil». www.tecmundo.com.br. Consultado em 30 de agosto de 2024
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 9 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ «Redes sociais: Criador do Twitter rejeita comparação com o Facebook»
- ↑ Leslie D'Monte (29 de abril de 2009). «Swine flu's tweet tweet causes online flutter». Business Standard. Consultado em 28 de maio de 2009
- ↑ «Ações do Twitter estreiam em alta na bolsa de NY». Globo. 7 de novembro de 2013. Consultado em 7 de novembro de 2013
- ↑ «Em sua estreia na bolsa, Twitter termina o dia com valorização de 73%». Valor Econômico. 7 de novembro de 2013. Consultado em 21 de setembro de 2023
- ↑ a b «Timeline of billionaire Elon Musk's bid to control Twitter». AP NEWS (em inglês). 27 de outubro de 2022. Consultado em 27 de outubro de 2022
- ↑ «Documents detail plans to gut Twitter's workforce». Washington Post (em inglês). 20 de outubro de 2022. ISSN 0190-8286. Consultado em 26 de outubro de 2022
- ↑ «Twitter Tries Calming Employees as Deal With Elon Musk Looms». The New York Times (em inglês). 21 de outubro de 2022. ISSN 0362-4331. Consultado em 26 de outubro de 2022
- ↑ «Musk Tells Twitter Staff He Doesn't Plan to Cut 75% Of Jobs». Bloomberg (em inglês). 27 de outubro de 2022. Consultado em 27 de outubro de 2022
- ↑ a b «Elon Musk reportedly fires top Twitter executives as he takes over company». The Guardian (em inglês). 27 de outubro de 2022. Consultado em 27 de outubro de 2022
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Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial» (em alemão, inglês, espanhol, e português)