Tool
Tool | |
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Tool se apresentando no Rosklide Festival, em 2006. | |
Informação geral | |
Origem | Los Angeles, Califórnia |
País | Estados Unidos |
Gênero(s) | |
Período em atividade | 1990 - atualmente |
Gravadora(s) |
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Afiliação(ões) |
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Integrantes | Danny Carey Adam Jones Maynard James Keenan Justin Chancellor |
Ex-integrantes | Paul D'Amour |
Página oficial | toolband.com |
TOOL é uma banda de rock/metal progressivo norte-americana formada em 1990 em Los Angeles, Califórnia. A banda é constituída pelo baterista Danny Carey, o guitarrista Adam Jones, o vocalista Maynard James Keenan e o baixista Justin Chancellor.
A banda surgiu com um som influenciado pelo heavy metal em seu primeiro álbum, e mais tarde aderiram ao metal alternativo com o lançamento do segundo álbum, Ænima, em 1996. Os seus esforços para unificar a experimentação musical, artes visuais e uma mensagem de evolução pessoal continuou com Lateralus, de 2001, e 10,000 Days, de 2006, oferecendo à banda aclamação e sucesso a nível mundial. Em 2019 é lançado o álbum Fear Inoculum, que recebeu aclamação da crítica.
Devido à incorporação de artes visuais e álbuns relativamente longos e complexos, a banda é geralmente descrita como um grupo com um estilo transcendente, usando de elementos do rock progressivo, rock psicodélico e do art rock. A relação entre a banda e a indústria musical é ambivalente, por vezes marcada por censura pela insistência dos membros da banda em ter privacidade.
História
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos, EPs e primeiro álbum (1988-1995)
[editar | editar código-fonte]Durante os anos 1980, os membros da futura banda se mudaram para Los Angeles. Adam Jones trabalhou como escultor e designer de efeitos especiais, na qual ele aprendeu a técnica de stop motion, que foi mais tarde usada nos videoclipes da banda. Maynard James Keenan serviu por três anos ao Exército, porém deixou-o para estudar arte, o que depois o levou a fazer design em pet shops. Danny Carrey já fez parte da banda Green Jello e Pygmy Love Circus.[1] Paul D'Amour tentou trabalhar na indústria cinematográfica.[2]
Em 1989, Keenan e Jones se conheceram por um amigo em comum. Depois que Keenan tocou uma gravação de sua antiga banda, Jones ficou tão impressionado com sua voz que eventualmente o chamou para formar sua própria banda.[3] Eles começaram a tocar juntos e estavam procurando um baterista e um baixista. Danny foi apresentado a Adam por Tom Morello, com quem Adam havia tocado baixo em uma banda chamada Electric Sheep.[4][5] Danny Carey se ofereceu para tocar bateria com Maynard e Adam, pois "sentia pena" dos dois, já que outros músicos que foram convidados não apareciam.[6] A formação da banda foi definida quando um amigo de Jones os apresentou ao baixista D'Amour.[7]
Depois de quase se chamarem Toolshed,[6] eles escolheram simplesmente Tool, pelo fato de quererem que sua música fosse uma "ferramenta" para a compreensão da lacrimologia, a "ciência do choro" como terapia, que consiste em evoluir explorando sua dor física e emocional.[6][8][9]
Depois de quase dois anos tocando na área Los Angeles, a banda foi chamada por algumas gravadores, e eventualmente assinaram com a Zoo Entertainment.[7] Opiate foi lançado em 10 de março de 1992. O EP foi descrito pela banda como "slam and bang".[6] Em 1994, Jones disse a Guitar School que as músicas mais pesadas deles foram escolhidas para fazerem parte do EP.[10] O single "Hush" ganhou um videoclipe dirigido por Ken Andrews, da banda Failure,[6][11] onde todos da banda aparecem amordaçados e nus, com uma placa escrita: "Parental Advisory: Explicit Parts" cobrindo suas nádegas.[12][13] O videoclipe causou forte polêmica na época, trazendo opiniões contrários ao clipe pela Parents Music Resource Center. Após certo tempo, eles começam a abrir shows para Rollins Band, Rage Against the Machine, Fishbone, White Zombie[14] e Corrosion of Conformity.[12][15] A faixa Sweat foi adicionada à trilha sonora do filme Fuga de Los Angeles.[6][16]
Em 6 de abril de 1993, a banda lança o primeiro álbum de estúdio, Undertow. O álbum foi lançado em uma cena musical onde o grunge estava no auge e o pop punk estava começando a se populizar.[17] A banda começou uma nova turnê, como foi planejado. Eles estavam programados para tocar no Garden Pavilion in Hollywood, mas depois descobriram que o local pertencia à Igreja da Cientologia, que foi um choque com a "ética da banda sobre como uma pessoa não deve seguir um sistema de crenças que restringe seu desenvolvimento como ser humano".[12] Keenan passou o show inteiro como "uma ovelha na platéia".[18] O Tool depois tocou em vários concertos, incluindo o Lollapalooza, e depois foram movidos do segundo estágio para o palco principal pelo co-fundador do evento Ted Gardner.[19] No último show do Lollapalooza em Los Angeles, o comediante Bill Hicks apresentou a banda.[20] Na apresentação, ele brincou com a platéia pedindo para ajudá-lo a achar sua lente de contato perdida.[21] A popularidade da banda começou a aumentar com esses concertos, com o álbum ganhando disco de ouro em setembro do mesmo ano e platina em 1995.[22]
Algumas distribuidoras (como a Walmart) censuraram a capa original, que foi trocada por um código de barras gigante.[23][24] O single "Sober" teve sucesso e ganhou o "Best Video by a New Artist" da Billboard, acompanhado de seu vídeo em stop motion.[10] "Prison Sex" foi lançada como single também, e fez a banda se tornar novamente alvo de censura, com sua letra e clipe que abordam pedofilia. O vídeo foi feito pelo guitarrista Adam Jones, que viu como sua "interpretação surreal" sobre o assunto.[25] O canal de televisão Much considerou o videoclipe obsceno,[12] e depois de um tempo a MTV parou de passar o clipe.[26] Por outro lado, alguns jornalistas elogiam o vídeo e descrevem a letra como "metafórica".[13]
Em setembro de 1995, a banda começou a escrever e gravar o próximo álbum. No mesmo ano, eles sofreram sua única mudança de formação até o momento, com a saída do baixista Paul D'Amour, que decidiu sair da banda para trabalhar em outros projetos, e também porque preferia tocar guitarra do que baixo.[27] Justin Chancellor, membro de uma banda chamada Peach, foi escolhido para substituí-lo entre outros concorrentes, como Scott Reeder do Kyuss, Frank Cavanagh do Filter e Shepherd Stevenson do Pigmy Love Circus.[28][29]
Ænima (1996-1997)
[editar | editar código-fonte]O segundo álbum da banda, Ænima, foi lançado em 17 de setembro de 1996. Seu título é a junção das palavras "Anima" (termo criado por Carl Jung) e "Enema" (introdução de água e medicamentos líquidos no organismo por via retal).[6] O álbum foi certificado como platina triplo em 4 de março de 2003.[30] A banda teve ajuda do produtor David Bottrill (que já tinha produzido alguns álbuns do King Crimson),[31] enquanto Jones criou a capa junto com Cam de Leon.[6]
O álbum contém uma capa alternativa dedicada ao comediante Bill Hicks, que tinha morrido dois anos antes do álbum ser lançado.[12] A banda pretendia conscientizar sobre as ideias de Hicks, já que achavam que tinham ideias e conceitos em comum.[32] O refrão da faixa título "Ænema" faz referência a um esboço do álbum Arizona Bay, de Hicks, na qual ele imagina "um dia em que cultura americana seria purificada por um terremoto com a Califórnia caindo no mar".[33]
O primeiro single foi "Stinkfist", e causou polêmica por causa de seu título e sua letra, que fala sobre a prática fisting de uma forma metafórica,[1] tanto que a MTV renomeou a faixa para "Track #1".[34] Em 1997, a faixa foi nomeada para o "Best Music Video" no Grammy Awards.[35]
Uma turnê foi iniciada em 16 outubro de 1996 em Pomona, Califórnia.[36] Em 1997, a banda seguiu para a Europa e para a Austrália.[37] No mesmo ano, foi feita a primeira de muitas "pegadinhas de 1 de abril" relacionadas à banda. Kabir Akhtar, dono da fanpage semi-oficial da banda, "The Tool Page", escreveu que "pelo menos três membros da banda estavam em estado crítico depois de um acidente de ônibus em uma rodovia. A notícia falsa teve repercussão na época, tanto que algumas rádios e até a MTV publicaram sobre isso. Mais tarde, Akhtar postou um pedido de desculpas dizendo que a "página não postará mais essas brincadeiras futuramente".[38]
Eventualmente, a banda voltou aos Estados Unidos e apareceu no Lollapalooza do mesmo ano[39] (onde foram uma das principais atrações do festival, junto com o Korn),[40] na qual foram elogiados pelo The New York Times.[41]
Ænima estreou em segundo lugar na Billboard em outubro de 1997.[42] O álbum foi nomeado para "Best Recording Package" do Grammy Awards.[35] A faixa "Ænema" ganhou o "Best Metal Performance".[43] O álbum aparece em várias listas como um dos melhores de 1996.[44][45]
Brigas, projetos, Salival e Lateralus (1997-2005)
[editar | editar código-fonte]No final de 1997, a gravadora Volcano entrou com uma ação contra o Tool, alegando que a banda tinha violado o contrato ao buscar e aceitar ofertas de outras gravadoras. Em resposta, a banda alegou que a gravadora não tinha dado a opção de renovação, e que eles estavam livres para procurar outras gravadoras. Em dezembro de 1998, a banda e a gravadora concordaram em fazer um novo contrato.[6][46] Em 2000, a banda foi processada pelo seu ex-empresário Ted Gardner, alegando não ter recebido sua comissão de 20%, que terminou com Gardner demitido.[47]
Nesta época, Keenan se juntou à banda A Perfect Circle, que foi fundada pelo técnico de guitarra do Tool, Billy Howerdel, Jones se juntou ao vocalista da banda Melvins, Buzz Osborne, em uma banda chamada Noise Arcade, e Carey tocou bateria com o vocalista da banda Dead Kennedys, Jello Biafra, em projetos paralelos.[48] Quando Keenan se juntou ao A Perfect Circle, houve boatos de que o Tool estava se separando,[49] mas os outros membros ainda estavam trabalhando em um material novo enquanto esperavam Keenan voltar.[50]
Em 2000, o Tool lança o box set Salival, colocando fim nos boatos de que a banda iria terminar.[40] Salival contém duas faixas inéditas ("Merkaba" e "L.A.M.C."), um cover de "No Quarter", do Led Zeppelin, um cover ao vivo da música "You Lied", da banda Peach, e versões ao vivo e alternativas de músicas antigas da banda.[51] As versões de DVD e VHS contêm videoclipes, e a versão de DVD tem um clipe bônus para a música "Hush". Nenhum single foi lançado para o álbum, porém a faixa escondida da música "L.A.M.C.", "Maynard's Dick", tocou nas rádios, e eventualmente seu nome foi trocado para "Maynard's Dead".[6]
Em janeiro de 2001, uma notícia falsa foi lançada dizendo que o Tool iria lançar um álbum chamado Systema Encéphale, com 12 faixas. As notícias falsas foram espalhadas em sites como o Napster.[52] O site foi fortemente criticado pela banda na época, com Keenan dizendo que esses serviços "destroem a cena musical, junto com as gravadoras, artistas e compositores".[53] Um mês depois, a banda revelou (junto com sua lista de faixas) que o nome do novo álbum seria Lateralus.[54]
Em 15 de maio de 2001, o terceiro álbum de estúdio do Tool, Lateralus, é lançado. O álbum marca uma forte mudança musical na banda, saindo das raízes que tinham no metal alternativo e incorporando elementos de art rock[55] e de rock progressivo.[55][56][57] O jornal The A.V. Club descreveu Lateralus como um álbum com composições complexas e longas, usando elementos da música do Extremo Oriente e do rock industrial.[58] O álbum foi descrito pela revista Rolling Stone como "uma mistura de Jane's Addiction com o álbum Larks' Tongues in Aspic, do King Crimson".[59]
O álbum se tornou um sucesso mundial, chegando ao primeiro lugar na Billboard 200.[60] "Schism" foi a única canção da banda que alcançou a Billboard Hot 100, ficando na 67ª posição.[61] A canção ganhou a "Melhor Performance de Metal" do Grammy Awards.[62][63] "Lateralus" foi nomeada como a "melhor canção de metal do século XXI" pela revista Louwdire.[64] Durante a cerimônia do Grammy, o baterista Danny Carey brincou dizendo: "Obrigado aos meus pais por me aturarem, e eu gostaria de agradecer a Satanás", e o baixista Justin Chancellor disse: "Eu gostaria de agradecer ao meu pai por ter feito a minha mãe".[65]
Em agosto de 2001, o Tool fez uma pequena turnê com o King Crimson, uma das maiores influências para a banda. Keenan depois comentou sobre a turnê: "Para mim, estar no palco com King Crimson é como Lenny Kravitz tocando com Led Zeppelin, ou Britney Spears no palco junto com Debbie Gibson".[55] As turnês do álbum terminaram em novembro de 2002.[66]
Em 2005, mais uma "pegadinha de 1 de abril" relacionada à banda foi feita, dizendo que Keenan havia "encontrado Jesus" e que estaria deixando a banda.[67] Kurt Loder, da MTV, chegou a contatar Keenan por e-mail para perguntar sobre o rumor, na qual ele confirmou ser verdade. Mais tarde, Loder o contatou novamente, e Keenan respondeu simplesmente com "heh heh".[68] Em 7 de abril, a banda anunciou em seu site oficial de que a notícia era falsa e de que eles estavam gravando um novo material.[69]
10,000 Days e Fear Inoculum (2006-presente)
[editar | editar código-fonte]Detalhes sobre o próximo álbum começaram a surgir, como a influência das bandas Fantômas e Meshuggah, com quem fizeram turnê. Em uma entrevista ao canal MTV, o baterista Danny Carey disse que o novo álbum seria mais "pesado e intenso" que o anterior, Lateralus.[70] Especulações sobre o título do novo álbum foram feitas, porém foram descartadas quando a banda anunciou que o título será 10,000 Days. Ainda assim, algumas especulações continuaram, alegando que 10,000 Days era apenas um álbum para enganar o público.[71] Os rumores acabaram quando uma cópia do álbum foi vazada na internet uma semana antes de seu lançamento oficial.[72]
O primeiro single, "Vicarious", chegou ao segundo lugar da tabela Alternative Songs.[73] 10,000 Days vendeu por volta de 564,000 unidades na primeira semana nos Estados Unidos,[74] e também chegou ao primeiro lugar na Billboard 200.[60] Contudo, o álbum foi menos bem recebido pela crítica em comparação com o anterior, Lateralus.[75][76]
Ainda em 2006, o Tool fez turnês para promover o álbum, junto com as bandas Isis e Mastodon.[77] Em 15 de junho de 2007, a banda apareceu como atração principal no Bonnaroo Music Festival, com participação especial do guitarrista Tom Morello, da banda Rage Against the Machine, na performance da canção "Lateralus".[78] A faixa "Vicarious" foi nomeada para o "Best Hard Rock Performance" do Grammy Awards.[79] Em 2008, a faixa "The Pot" foi nomeada para a mesma categoria.[80] O álbum venceu o "Best Recording Package".[81]
Em maio de 2007, o baixista Justin Chancellor declarou que a banda provavelmente iria continuar a turnê até o começo de 2008, e que, depois disso, tirariam uma folga.[82]
Até uma ideia de um filme "surreal" sobre a banda foi cogitada pelos membros, porém, a ideia foi abandonada, com o guitarrista Adam Jones declarando que a ideia era "apenas conversa agora".[83]
Em 18 de julho de 2009, o Tool começou sua "turnê de verão", com seu primeiro show no Mile High Music Festival, em Commerce City, Colorado. A banda também fez uma apresentação no Lollapalooza em 8 de agosto em Chicago, e sua turnê terminou no Epicenter Festival, em Pomona, Califórnia, no dia 22 de agosto.[84][85] Em janeiro e fevereiro de 2012, a banda fez sua "turnê de inverno" nos Estados Unidos e no Canadá. Ainda no mesmo ano, no dia 23 de junho, eles fizeram uma apresentação no Rivers Edge Festival, em Saint Paul, Minnesota.[86] Em 12 de maio de 2013, a banda se apresentou no Ozzfest do Japão.[87] Enquanto isso, Keenan fez turnês com sua banda Puscifer, que ele descreve como ideias musicais que ele não conseguiu explorar com o Tool ou com A Perfect Circle.[88]
Ainda em 2013, Carey disse a uma rádio da Nova Zelândia que o novo álbum poderia ser lançado em algum momento do ano, apesar de Keenan ter dito a uma rádio do Chile que o álbum não viria em 2013.[89] Mais tarde, Carey disse que seria mais provável que o álbum fosse lançado no começo de 2014.[90] Em 6 de março de 2014, Jones disse que o álbum estava completo e que deveria ser lançado no mesmo ano.[91] No dia seguinte, a banda desmentiu a declaração de Jones, dizendo que sua "piada de improviso foi tirada de contexto".[92]
Em 15 de julho de 2014, Carey e Jones disseram à revista Rolling Stone que o principal motivo para o atraso do quinto álbum é um processo em andamento. Carey disse que uma faixa de quase 10 minutos ainda sem título já está pronta, e Jones a descreveu como "muito bem feita".[93]
Em fevereiro de 2015, Jones postou um curta-metragem em sua página no Facebook, em que o baterista do Motörhead, Mikkey Dee, entra em um estúdio onde ambas as bandas estão trabalhando e pergunta a Jones o que ele está fazendo. Jones então responde que o Tool está trabalhando em "algumas músicas". Em março do mesmo ano, ele declarou que a banda ganhou o processo e que eles estão "mais inspirados" para criar do que antes.[94]
Em janeiro de 2016, eles fizeram uma turnê nos Estados Unidos.[95]
Em 2017, foi relatado que Keenan tinha começado a gravar os vocais para o próximo álbum,[96] e mais tarde foi dito que o álbum não seria lançado em 2017.[97][98] Em março, a banda anunciou uma turnê na América do Norte.[99] Em junho, Chancellor disse que o álbum estava "por volta de 90%",[100] enquanto Carey disse em dezembro que o álbum "definitivamente" seria lançado em 2018.[101][102]
Em fevereiro de 2018, Jones revelou que Keenan estava trabalhando nas letras do álbum, e que a banda iria começar a gravar em março.[103] Em junho, durante seu discurso de aceitação do prêmio "Icon Award" no Metal Hammer Golden Gods Awards, Keenan disse: "Muito trabalho está sendo feito, muito trabalho já foi feito. Vou deixar registrado agora dizendo que vocês verão músicas novas no ano que vem".[104] Em setembro do mesmo ano, Keenan anunciou em seu Twitter que a produção do novo álbum estava progredindo.[105] Em janeiro de 2019, Keenan disse que havia terminado a gravação de seus vocais para o álbum "há meses".[106] Enquanto isso, Carey disse que o objetivo é lançar o álbum em meados de abril, e, mais tarde, Keenan disse que o álbum provavelmente será lançado entre maio e julho.[107] Em 5 de maio de 2019, a banda estreou duas novas músicas chamadas "Descending" e "Invincible" no festival Welcome to Rockville, em Jacksonville, Flórida.[108] Dois dias depois, a banda confirmou que o álbum será lançado no dia 30 de agosto de 2019.[109] Em 29 de julho, Keenan disse oficialmente que o nome do novo álbum será Fear Inoculum.[110] Em 2 de agosto, a discografia da banda foi disponibilizada nas plataformas digitais de streaming.[111] Em 7 de agosto, a faixa-título do álbum foi lançada como single, a primeira música inédita da banda em 13 anos.[112] O álbum Fear Inoculum foi lançado oficialmente em 30 de agosto.[113]
Em 2020, a faixa-título "Fear Inoculum" foi nomeada para a categoria "Best Rock Song" do Grammy Awards, enquanto a música "7empest" venceu na categoria "Best Metal Performance".[35]
Em 2022 a banda lança o single Opiate², uma regravação da música "Opiate". A nova versão é quatro minutos e meio mais longa do que a original e mantém a mesma letra (com algumas alterações), além de uma nova introdução de baixo, uma seção intermediária instrumental estendida e um novo final instrumental. Para comemorar o 30º aniversário do EP, um curta-metragem em Blu-ray dirigido por Dominic Hailstone foi lançado em 18 de março. O comentário do curta é feito por BenDeLaCreme e Jinkx Monsoon, do RuPaul's Drag Race.[114]
Estilo musical e influências
[editar | editar código-fonte]Stephen Thomas Erlewine do site AllMusic descreve a banda como uma mistura de um metal obscuro com a ambição do art rock, usando elementos musicais de bandas como Jane's Addiction e de gêneros como grindcore, death metal, thrash metal, rock progressivo e até pós-punk.[40] Patrick Donovan do jornal The Age descreve o Tool como "a banda de metal da pessoa que pensa. Cerebrais e viscerais, macios e pesados, melódicos e abrasivos, delicados e brutais, familiares e estranhos, ocidentais e orientais, bonitos e feios, tenso, porém amplo e épico, são um emaranhado de contradições".[71] O jornal The New York Times aponta semelhanças da banda com o Led Zeppelin nos riffs de guitarra e nos modos do Oriente Médio.[115] O álbum de 2001 Lateralus foi comparado ao álbum Meddle, do Pink Floyd.[56]
Tool é categorizado como uma banda de metal progressivo,[8][31][116][117][118] metal alternativo,[118][119][120][121][122][123] art rock,[40][124] rock progressivo,[125][126] art metal,[54][55][127][128] avant-garde metal,[129][130] post-metal[131] e metal industrial.[132]
Música
[editar | editar código-fonte]O Tool usa de diversos ritmos de tempo incomuns. Por exemplo, o baixista Justin Chancellor descreve o tempo de "Schism" como "seis" e "seis e meio" e que depois entra em "todos os tipos de tempos". A revista Bass Player descreve seu estilo de baixo como tendo "um tom de mid-range, técnicas no estilo de guitarra e versatilidade elástica". Como exemplo, a revista citou o efeito wah "martelado" usado na música "The Patient".[133]
O baterista Danny Carey usa de técnicas de polirritmia e de tabla, e teve influência de bateristas como John Bonham, Ringo Starr, Stewart Copeland, Bill Bruford, Carl Palmer, Terry Bozzio, Billy Cobham, Louie Bellson, entre outros bateristas do rock, jazz e jazz fusion.[134][135][136]
O estilo vocal de Maynard James Keenan já foi comparado com o do vocalista Layne Staley, da banda Alice in Chains, sendo considerado pelo jornal Seattle Post-Intelligencer como o "mais natural para substituir Staley".[137] O jornal The New York Times cita sua capacidade de "dignificar emoções como luxúria, raiva e desgosto, o mel em sua voz adicionando um toque de profundidade".[138]
Segundo a revista Guitar Player, o guitarrista Adam Jones não é focado em nenhum gênero musical, porém usa elementos de música pop, jazz, avant-garde e blues.[139] Além disso, a banda faz uso de forte experimentação instrumental, como, por exemplo, o uso do talkbox na música "Jambi' e do chamado "‘pipe bomb microphone".[140]
A banda coloca ênfase na sonoridade de suas músicas e tenta diminuir o efeito que as letras podem ter na percepção das mesmas.[1] Por exemplo, o uso da sequência de Fibonacci no número de sílabas por linha na letra de "Lateralus"[141] e o uso do metro iâmbico em "Jambi".[142] Keenan quis explorar letras mais pessoais no álbum 10,000 Days,[143] como o próprio nome do álbum e sua faixa título, que fazem referência ao tempo em que sua mãe ficou paralisada por conta de um derrame, em 1976, até sua morte, em 2003.[144][145][146]
Influências
[editar | editar código-fonte]A banda britânica de rock progressivo King Crimson é citada como uma das maiores influências para o Tool. A banda também cita o letrista Peter Sinfield como uma influência.[147] O guitarrista Robert Fripp disse ser um fã da banda, e acrescentou: "Os membros do Tool têm sido generosos o suficiente para sugerir que o [King] Crimson foi uma influência neles. Adam Jones me perguntou se eu poderia detectá-lo em sua música, e eu disse que não podia. Eu posso detectar mais influência do Tool no King Crimson, do que eu posso ouvir King Crimson no Tool".[148] Bandas como Rush,[149] Helmet,[150] Jane's Addiction,[40] the Melvins,[19] Depeche Mode, Joni Mitchell, e a música country também são citadas como influência pelos membros da banda.[27]
Sean Richardson do jornal The Boston Phoenix vê influência do álbum Undertow em bandas como Deftones, System of a Down e Korn, assim como a influência da própria banda no "novo metal".[151] O estilo de vocal de Keenan tem influenciado vocalistas como Pete Loeffler da banda Chevelle,[152] Benjamin Burnley do Breaking Benjamin[153] e Fred Durst do Limp Bizkit.[154]
Artes visuais
[editar | editar código-fonte]Tool também se destaca por suas artes em seus videoclipes e capas de álbuns. O guitarrista Adam Jones é o diretor de arte e dos videoclipes da banda.[155]
Videoclipes
[editar | editar código-fonte]A banda possui oito videoclipes oficiais, porém os membros raramente aparecem neles. Keenan diz que o motivo disso é porque "as pessoas se prendem às personalidades envolvidas, em vez de ouvir a música".[13] Em grande maioria, os clipes são feitos na técnica stop-motion.[11] Além de Adam Jones, muitas vezes os vídeos são feitos em colaborações com outros artistas, como Chet Zar, Alex Grey, Meats Meier e Matt Santoro.[156]
Em 1994, a revista Guitar School comentou sobre videoclipe de "Sober": "Uma peça perturbadora de animação stop-motion e um gênio frio. 'Sober' centra-se em uma dor e um Messias confuso, tentando lidar com um ciclo de raiva, solidão e depressão. Pelo menos é o que achamos que é".[10]
Jones disse que o clipe de "Prison Sex" é "sobre alguém que é sexualmente molestado quando criança e, consequentemente, fica traumatizado. Quando ele fica mais velho, ele libera esse trauma oculto por ele mesmo molestar uma criança. O vídeo é uma interpretação surrealista do círculo involuntário de causa de retribuição por molestamento".[25]
O clipe do single "Vicarious" foi feito usando a tecnologia CGI.[11]
Capas de álbuns
[editar | editar código-fonte]Adam Jones é responsável pela maioria das capas dos álbuns. A capa do álbum Undertow representa uma caixa torácica esculpida por Jones.[25] Capas dos próximos álbuns foram feitas em colaboração com outros artistas: Ænima foi feita em colaboração com Cam de Leon;[6] Lateralus e 10,000 Days com colaboração de Alex Grey.[155][157][158]
Shows
[editar | editar código-fonte]Tool já apareceu em shows com diversos artistas, como The Melvins e o grupo de artes experimentais Osseus Labyrint, na turnê do álbum Lateralus;[159] entre vários outros em outras turnês. Eles já fizeram covers em shows de músicas de bandas como Led Zeppelin, Kyuss, Peach, Ted Nugent e Ramones.[6][160]
Shows ao vivo do Tool incluem artes visuais e até performances de atores no palco, e normalmente são feitos em palcos com pouca iluminação, fazendo com que a banda não seja o foco principal do show.[161] Keenan faz sua performance ao lado de Carey em uma plataforma, enquanto Jones e Chancellor ficam na frente do palco.[162] Na maioria das vezes, Keenan não olha para o público nos shows.[128][163] O designer de vídeos ao vivo da banda, Breckinridge Haggerty, explica que "os espaços escuros são principalmente para Maynard. Muitas das músicas são uma jornada pessoal para ele e ele tem dificuldades com o brilho das luzes quando está tentando reproduzir essas emoções para o público. Ele precisa de um pouco de espaço pessoal e se sente mais confortável nas sombras". Ele também explica que a banda não faz uso de câmeras ao vivo ou de followspot, e que "todo o vídeo é reproduzido. São todos os clipes em loop que não são acompanhados por uma música como um videoclipe. A banda nunca usou nenhum tipo de timecode. Eles sempre garantiram que o vídeo pudesse mudar rapidamente, de uma maneira que pudesse ser improvisada. Essa é uma parte importante da produção. O show nunca é o mesmo duas vezes". Durante os anos, a biblioteca de vídeos acumulados pela banda foi por volta de 6 horas de material, a maior parte dos vídeos foram criados por Adam Jones, sua esposa Camella Grace, Chet Zar, Meats Meier e Breckinridge Haggerty.[164] Parte do material criado por Zar foi lançado em seu DVD Disturb the Normal.[165]
Integrantes
[editar | editar código-fonte]Membros atuais
[editar | editar código-fonte]- Danny Carey - bateria (1990-presente)
- Adam Jones - guitarra (1990-presente)
- Maynard James Keenan - vocal (1990-presente)
- Justin Chancellor - baixo (1995-presente)
Ex-membros
[editar | editar código-fonte]- Paul D'Amour - baixo (1990-1995)
Discografia
[editar | editar código-fonte]Álbuns de Estúdio
[editar | editar código-fonte]- Undertow (1993)
- Ænima (1996)
- Lateralus (2001)
- 10,000 Days (2006)
- Fear Inoculum (2019)
Singles
[editar | editar código-fonte]- Opiate² (2022)
EP
[editar | editar código-fonte]Prêmios e nomeações
[editar | editar código-fonte]Grammy Awards
Ano | Trabalho nomeado | Prêmio | Resultado |
---|---|---|---|
1997 | Ænima | Best Recording Package (Adam Jones & Kevin Willis) | Nomeado |
1998 | "Ænema" | Best Metal Performance | Venceu |
"Stinkfist" | Best Music Video | Nomeado | |
2002 | "Schism" | Best Metal Performance | Venceu |
2007 | 10,000 Days | Best Recording Package (Adam Jones) | Venceu |
"Vicarious" | Best Hard Rock Performance | Nomeado | |
2008 | "The Pot" | Best Hard Rock Performance | Nomeado |
2020 | "7empest" | Best Metal Performance | Venceu |
"Fear Inoculum" | Best Rock Song | Nomeado |
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- ↑ Kitts, Jeff; Tolinski, Brad (2002). Guitar World Presents Nu-metal (em inglês). [S.l.]: Hal Leonard Corporation. p. 3. ISBN 9780634032875
- ↑ Mclver, Joel (7 de março de 2012). Unleashed: The Story of TOOL (em inglês). [S.l.]: Omnibus Press. p. 15. ISBN 9780857127709
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Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial» (em inglês)
- «Fã-clube oficial» (em inglês) Arquivado em 7 de janeiro de 2009, no Wayback Machine.