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RR Pictoris

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
RR Pictoris
Dados observacionais (J2000)
Constelação Pictor
Asc. reta 06h 35m 36,1s[1]
Declinação -62° 38′ 24,3″[1]
Magnitude aparente 12,502[1]
Características
Cor (B-V) -0,2[1]
Variabilidade Variável cataclísmica (Nova)
Astrometria
Mov. próprio (AR) 5,204 ± 0,222 mas/a[2]
Mov. próprio (DEC) 0,245 ± 0,281 mas/a[2]
Paralaxe 1,920 ± 0,182 mas[2]
Distância 1 700 ± 160 anos-luz
520 ± 50 pc
Magnitude absoluta 3,92
-7,61 durante nova[2]
Outras denominações
Nova Pictoris 1925, HIP 31481.[1]
RR Pictoris

RR Pictoris, também conhecida como Nova Pictoris 1925, é uma estrela binária variável cataclísmica que explodiu como uma nova em 1925. Localiza-se na constelação de Pictor a uma distância de aproximadamente 1 700 anos-luz (520 parsecs) da Terra.[2] Foi primeiramente notada pelo astrônomo sul-africano R. Watson em 25 de maio de 1925, quando tinha uma magnitude aparente de 2,3. Seu brilho continuou a aumentar até chegar a uma magnitude de 1,2 em 9 de junho de 1925. A magnitude do sistema diminuiu para 4 em 4 de julho, mas aumentou novamente para 1,9 em 9 de agosto.[3] Seis meses após seu pico de magnitude, RR Pictoris não era mais visível a olho nu, até chegar à sua magnitude aparente atual de 12,5.[3][1]

Novas são sistemas binários compostos por uma anã branca e uma estrela secundária tão próxima que preenche seu lóbulo de Roche com material estelar, que é então transferido para a anã branca por acreção. Quando esse material atinge uma massa crítica, uma quantidade enorme de energia é liberada e o brilho do sistema aumenta tremendamente. As duas estrelas de RR Pictoris completam uma órbita a cada 3,48 horas. Cálculos mostram que a densidade da estrela secundária é muito baixa para seu tamanho, o que sugere que ela já saiu da sequência principal e portanto consumiu todo o hidrogênio em seu núcleo, se expandindo e esfriando no processo.[4]

Referências
  1. a b c d e f «SIMBAD query result - V* RR Pic». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  2. a b c d e Harrison, Thomas E.; Bornak, Jillian; McArthur, Barbara E.; Benedict, G. Fritz (abril de 2013). «Hubble Space Telescope Fine Guidance Sensor Parallaxes for Four Classical Novae». The Astrophysical Journal. 767 (1). pp. artigo 7, 11. Bibcode:2013ApJ...767....7H. doi:10.1088/0004-637X/767/1/7 
  3. a b Burnham, Robert (2013) [1977]. Burnham's Celestial Handbook, Volume Three: An Observer's Guide to the Universe Beyond the Solar System. New York, New York: Courier Dover Publications. pp. 1460–62. ISBN 9780486318035 
  4. Ribeiro, Fabíola M. A.; Diaz, Marcos P (janeiro de 2006). «A Tomographic Study of the Classical Nova RR Pictoris». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 118 (839): 84-93. Bibcode:2006PASP..118...84R. JSTOR 498458. arXiv:astro-ph/0510042Acessível livremente. doi:10.1086/498458 
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