Sylvie Kinigi
Sylvie Kinigi | |
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Sylvie Kinigi | |
Presidente do Burundi (Interina) | |
Período | 27 de outubro de 1993 a 5 de fevereiro de 1994 |
Antecessor(a) | François Ngeze |
Sucessor(a) | Cyprien Ntaryamira |
Primeira-ministra do Burundi | |
Período | 10 de julho de 1993 a 7 de fevereiro de 1994 |
Presidente | Melchior Ndadaye François Ngeze |
Antecessor(a) | Adrien Sibomana |
Sucessor(a) | Anatole Kanyenkiko |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de novembro de 1953 (71 anos) Burundi |
Nacionalidade | burundiana |
Alma mater | Universidade do Burundi |
Partido | União para o progresso nacional |
Sylvie Kinigi (24 de novembro de 1953) foi primeira-ministra do Burundi, de 10 de julho de 1993 a 7 de fevereiro de 1994, e presidente, de 27 de outubro de 1993 a 5 de fevereiro de 1994.[1] Ela é a primeira e única mulher a ocupar esses cargos no país.[2][3]
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Kinigi nasceu em 1953 em uma família do interior do Burundi. Seu pai era comerciante e sua mãe agricultora e dona de casa. Sylvie é a terceira de seis filhos. A mais velha era uma menina e teve que ajudar a mãe, mas Sylvie foi autorizada a frequentar uma escola belga para meninas dirigidas por freiras. Ela recebeu educação primária e secundária e depois foi para a capital, Bujumbura, para estudar economia. Aos 19 anos, casou-se com um dos professores e teve quatro filhos, mas continuou seus estudos. Também ajudou na organização de mulheres do partido governante Tutsi e conseguiu mudar as leis e implementar medidas econômicas e sociais para as mulheres.[4]
Ela liderou o grupo na capital e foi membro do conselho executivo nacional das de mulheres. Depois que Kinigi se formou na Universidade do Burundi, ela conseguiu um emprego no banco central do Burundi e, ao mesmo tempo, lecionou na universidade. No banco, ela foi promovida e ficou responsável por pesquisas e estudos. Em 1991, tornou-se consultora do primeiro-ministro e foi responsável por reduzir os gastos militares e realizar um programa de reforma econômica. Houve conflito armado entre os hutus e tutsis até 1993. Em seguida, as eleições foram organizadas como uma transição para a democracia. Para grande surpresa, o líder da oposição Melchior Ndadaye foi eleito Presidente do Burundi. Ele nomeou um gabinete com dois terços dos hutus e um terço de tutsis. Sylvie Kinigi tornou-se primeira-ministra. Isso foi parte de um esforço para construir a união entre os dois grupos étnicos do Burundi - Ndadaye era hutu e desejou diminuir a hostilidade tutsi ao seu governo, nomeando um tutsi como primeira-ministra. Kinigi afirmou que a reconciliação seria sua maior prioridade.[5][6]
Em 21 de outubro, no entanto, o presidente Ndadaye e seis de seus ministros foram mortos por insurgentes tutsis. Isso marcou o início da Guerra Civil do Burundi, com a violência étnica generalizada. Kinigi e outras figuras importantes do governo se refugiaram na embaixada francesa e sobreviveram ao caos. Depois de alguns dias, Kinigi conseguiu reunir 15 dos 22 ministros para continuar governando, se tornando presidente interina. Sua posição foi reforçada quando Pierre Buyoya e Jean Baptiste Bagaza, ex-presidentes militares, apoiaram o seu governo. Em janeiro de 1994, o Parlamento elegeu Cyprien Ntaryamira, o ex-ministro da Agricultura, como presidente pelo restante do mandato de Ndadaye. Como Ntaryamira era um hutu, sua eleição gerou hostilidade entre os tutsis. Kinigi, no entanto, reconheceu Ntaryamira como presidente, mas renunciou ao cargo de primeira ministra quando o novo governo assumiu. Ela foi objeto de críticas, ataques e ameaças de todos os lados e não demorou muito para que ela deixasse o país. Em fevereiro, ela foi substituída por Anatole Kanyenkiko, também membro dos tutsi.[7][6]
- ↑ colaborador. «Sylvie Kinigi (1953)». Biografias de Mulheres Africanas. Consultado em 14 de abril de 2023
- ↑ «SYLVIE KINIGI Prime Minister». meridian.org. Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Torild Skard (2014) 'Sylvie Kinigi', page 288-91,"Women of power - half a century of female presidents and prime ministers worldwide", Bristol: Policy Press ISBN 978-1-4473-1578-0
- ↑ «Sylvie Kinigi». EMCA. Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ Gunhild Hoogensen and Bruce O. Solheim (2006) 'Sylvie Kinigi' page 50-52, "Women in power - world leaders since 1960", Westport, CT: Praeger ISBN 0-275-98190-8 and Skard (2014)
- ↑ a b «Sylvie Kinigi, Prime Minister of Burundi From Reuters, 23 December 1994». hartford. Consultado em 25 de março de 2020
- ↑ «Sylvie Kinigi, the only female Head-of-State and Burundian true leader». ZERÀ ACTION BURUNDI. Consultado em 25 de março de 2020