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Museu Palestino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Museu Palestino
The Palestinian Museum
Museu Palestino
O Museu Palestino
Informações gerais
Arquiteto(a) Heneghan Peng
Inauguração 18 de maio de 2016
Presidente Omar al-Qattan
Diretor Mahmoud Hawari
Website Site
Geografia
País Estado da Palestina Palestina
Cidade Birzeit, Cisjordânia
Coordenadas 31° 57′ 47″ N, 35° 11′ 00″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Museu Palestino é um museu localizado em Birzeit, cidade 25 km ao norte de Jerusalém, na Cisjordânia, na Palestina. Aberto em 18 de maio de 2016, o museu é um projeto da Welfare Association, organização sem fins lucrativos para o desenvolvimento de projetos humanitários na Palestina.[1]

Logotipo do Museu.

O projeto inicial, concebido em 1997, pretendia criar um memorial para o 50º aniversário da Nakba ("catástrofe”), marco da criação do Estado de Israel. Mais tarde, o projeto ganhou um viés mais amplo e passou a abordar a história, a sociedade, a arte e a cultura palestinas desde o início do século XIX,[2] buscando se tornar um centro simbólico da diáspora internacional, que, em 2016, somava cerca de seis milhões de palestinos ao redor do mundo.[3]

O museu foi definido como um local inovador para o desenvolvimento e comunicação de pesquisas, conhecimento e novas interpretações sobre a sociedade palestina, sua arte, história e cultura.[4] Em maio de 2015, aderiu oficialmente ao Conselho Internacional de Museus.

Em maio de 2016, foi anunciado que Mahmoud Hawari, especialista em arte, arquitetura e arqueologia islâmica, do Centro de Pesquisa Khalili da Universidade de Oxford sucederia Jack Persekian no cargo de diretor do museu. Persekian foi deposto pelo conselho após três anos e meio em atividade.[1][5]

Museu sem fronteiras

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O projeto do Museu Palestino pretende transcender fronteiras políticas e geográficas e abordar as questões de mobilidade acarretadas pelo conflito israelo-palestiniano. Através de parcerias locais, regionais e internacionais, e de centros afiliados, busca conectar palestinos em todo o mundo.[6] Com uma extensa rede de parcerias dentro da região, se estabeleceu como um centro para a atividade cultural.[7]

O museu ocupa uma área de quatro hectares, doados pela vizinha Universidade Birzeit.[3] O projeto arquitetônico foi definido por meio de uma competição internacional, realizada em 2011, e é assinado pelo escritório irlandês Heneghan Peng, o mesmo a projetar o Grande Museu Egípcio.[8]

O edifício possui um desenho moderno, recortado no calcário branco, que contrasta com a paisagem árida. O espaço reúne áreas de exposição e pesquisa, um anfiteatro, área destinada aos programas educativos,[9] um pequeno café e um jardim onde foram plantadas espécies originárias da região, como amendoeiras, damascos, romãs e amoreiras.[3]

O custo do edifício é estimado em 24 milhões de dólares.[10] Os fundos foram provenientes de mais de 30 famílias e instituições palestinas privadas, incluindo a Fundação al-Qattan, o Banco da Palestina (de propriedade privada) e o Fundo Árabe para o Desenvolvimento Social e Econômico.[10]

Referências
  1. a b «Palestinian Museum Prepares to Open, Minus Exhibitions». The New York Times. 16 de maio de 2016. Consultado em 18 de outubro de 2017 
  2. Rana Anani (21 de abril de 2013). «Palestinian Museum to Showcase People's History, Culture - Al-Monitor: the Pulse of the Middle East». Al-Monitor. Consultado em 20 de maio de 2016 
  3. a b c Wainwright, Oliver (17 de maio de 2016). «Palestine Museum review – a beacon of optimism on a West Bank hilltop». The Guardian. Consultado em 18 de outubro de 2017 
  4. Meador, Daryl. «Museum without borders" to open in Palestine». Electronicintifada.net. Consultado em 20 de maio de 2016 
  5. «Mahmoud Hawari appointed new director of long-awaited Palestinian Museum». Theartnewspaper.com. 5 de maio de 2016. Consultado em 20 de maio de 2016 
  6. Cascone, Sarah. «Bloodshed Can't Derail Construction of Palestinian Museum». News.artnet.com. Consultado em 20 de maio de 2016 
  7. Hatuqa, Dalia. «The Palestinian Museum will present a culture without borders». Thenational.ae. Consultado em 20 de maio de 2016 
  8. Ditmars, Hadani (3 de agosto de 2016). «Complex geometry: Heneghan Peng's Palestinian Museum takes its cue from a natural context». Wallpaper. Consultado em 18 de outubro de 2017 
  9. Hecht, Esther. «Palestinian Museum Will Link the Past and the Present». Archrecord.construction.com. Consultado em 20 de maio de 2016 
  10. a b «Jack Persekian steps down». The Economist. 9 de dezembro de 2015. Consultado em 18 de outubro de 2017 

Ligações externas

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