Mílton da Cunha Mendonça
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Milton da Cunha Mendonça | |
Data de nascimento | 23 de maio de 1956 | |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 5 de julho de 2019 (63 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | |
Altura | 1,77 m | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Período em atividade | 1975–1996 (21 anos) | |
Posição | meio-campista | |
Clubes de juventude | ||
1968–1969 1969–1974 |
Bangu Botafogo | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1975–1982 1983–1985 1985–1987 1987 1988–1989 1989 1989–1990 1991 1991 1992 1993 1994 1995–1996 |
Botafogo Portuguesa Palmeiras Santos Inter de Limeira Bangu Al-Sadd São Bento Grêmio Inter de Santa Maria Fortaleza América de Natal Barra Mansa |
106 (19) 110 (28) 33 (13) | 342 (118)
Seleção nacional | ||
1976 1982–1983 |
Brasil Sub-23 Brasil |
2 (0) | 1 (0)
Milton da Cunha Mendonça (Rio de Janeiro, 23 de maio de 1956 – Rio de Janeiro, 5 de julho de 2019) foi um futebolista brasileiro que atuou como meio-campista.
Um dos maiores ídolos do Botafogo, brilhou com a camisa do alvinegro nas décadas de 1970 e 1980. Também teve passagens também por clubes como Palmeiras, Santos e Grêmio.[1]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Início
[editar | editar código-fonte]Mendonça é filho de um ex-zagueiro do Bangu Atlético Clube, também conhecido como Mendonça, que atuou no clube na década de 1950. Carioca do bairro de Bangu, Milton da Cunha Mendonça iniciou sua carreira no dente de leite do Bangu, aos 12 anos de idade.
Botafogo
[editar | editar código-fonte]Logo em seguida transferiu-se para as categorias de base do Botafogo, pelo qual sagrou-se campeão em 1973 do Torneio Mundial de Cadets, realizado em Croix, na França. No clube de General Severiano, Mendonça acompanhou mais como fã do que como colega de trabalho uma geração vitoriosa comandada por craques como Gérson e Jairzinho, ícones da campanha do tricampeonato do Brasil na Copa do Mundo de 1970. Em 1975 ganhou sua primeira chance no "time de cima" do Glorioso e não perdeu mais a posição por sete anos seguidos.
Jogou no profissional do Botafogo de 1975 a 1982. Pelo alvinegro carioca, marcou 118 gols em 342 partidas. Estava em campo na final do Torneio Início do Rio de Janeiro em 1977, vencido pelo Botafogo, o qual podemos considerar como o único título oficial conquistado no período em que esteve no alvinegro, pois atuou pelo clube no famoso jejum de títulos que durou 21 anos (de 1968 a 1989).
O gol mais marcante da carreira de Mendonça foi contra o Flamengo em 1981, quando o rubro-negro foi eliminado pelo Botafogo para a disputa das quartas de final do Campeonato Brasileiro. No lance que mais tarde foi apelidado de "Baila Comigo", Mendonça deu dois lindos e desconcertantes dribles em Júnior, passando pelo mesmo e colocando a bola forte, à meia altura, sem chances para o goleiro Raul Plassmann.[2][3] O gol mereceu uma placa no Maracanã, que posteriormente foi retirada (não se sabe o motivo).
Portuguesa e Palmeiras
[editar | editar código-fonte]Após a saída do Botafogo, foi atuar na Portuguesa entre 1983 a 1985.[4]
Posteriormente foi contratado pelo Palmeiras, onde atuou entre 1985 e 1987.[5] Pelo alviverde paulista, Mendonça marcou 19 gols em 106 partidas. Em 1986, estava em campo na decisão histórica quando o Palmeiras perdeu a final do Paulistão para a Internacional de Limeira.
Santos
[editar | editar código-fonte]Em 1987, a diretoria do Santos investiu na contratação de jogadores experientes como o próprio Mendonça,[6] que chegou com a responsabilidade de ser o cérebro e camisa 10 da equipe.[7][8] Estreou no dia 3 de março, numa vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras, em amistoso realizado no Estádio do Pacaembu.[8] Conseguiu ajudar o time que liderou a primeira fase do Campeonato Paulista de 1987 e conquistou o Torneio de Marselha, na França.[8]
O meia despediu-se do Peixe ao final de 1988. No total pelo clube, disputou 110 jogos e marcou 28 gols.[8]
Últimos anos
[editar | editar código-fonte]Posteriormente defendeu o Al-Saad, Grêmio, Inter de Limeira e São Bento, retornando em 1990 ao Bangu Atlético Clube.[1] Jogou ainda em clubes do Nordeste como Fortaleza e América de Natal, até parar de vez em 1996.
Seleção Brasileira
[editar | editar código-fonte]Pela Seleção Olímpica, atuou em 21 de janeiro de 1976, num empate em 1 a 1 contra o Uruguai pelo Torneio Pré-Olímpico.[9] Integrou também a Seleção Brasileira principal que disputou a Copa América de 1983.
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Mendonça teve duas significativas homenagens em 2008, tendo a SUDERJ imortalizado seus pés na Calçada da Fama do Maracanã, no dia 24 de fevereiro,[10] e o Botafogo lançado em 12 de agosto a camisa retrô do craque.[11]
Além disso, é o maior artilheiro do Estádio Marechal Hermes.[carece de fontes]
Morte
[editar | editar código-fonte]Mendonça morreu no dia 5 de julho de 2019, aos 63 anos de idade, em decorrência da queda de uma escada na estação de trem Guilherme da Silveira, em Bangu, Rio de Janeiro.[12] Nos últimos anos de vida ele vinha lutando contra o alcoolismo.[13]
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Botafogo
- Santos
- Brasil Sub-23
- ↑ a b Rogério Micheletti. «Mendonça - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 6 de janeiro de 2022
- ↑ Vitor Seta (5 de julho de 2019). «Júnior relembra o drible 'baila comigo' e lamenta morte de Mendonça: 'Fica um carinho grande'». O Globo. Consultado em 6 de janeiro de 2022
- ↑ «Ídolo do Botafogo e famoso por drible 'baila comigo' no Flamengo, Mendonça morre aos 63 anos». ESPN Brasil. 5 de julho de 2019. Consultado em 6 de janeiro de 2022
- ↑ Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. 27 de janeiro de 1984
- ↑ Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. 25 de janeiro de 1985
- ↑ Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. 11 de maio de 1987
- ↑ Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril. 27 de abril de 1987
- ↑ a b c d «Mendonça – 1987-1988». Acervo Histórico do Santos FC. 8 de novembro de 2016. Consultado em 10 de janeiro de 2024
- ↑ Napoleão, Antonio Carlos; Assaf, Roberto (2006). Seleção brasileira: 1914-2006. [S.l.]: Mauad Editora Ltda
- ↑ Thiago Lavinas (24 de fevereiro de 2008). «Mendonça põe os pés na 'Calçada da Fama'». ge. Consultado em 28 de maio de 2024
- ↑ Gustavo Rotstein (12 de agosto de 2008). «Botafogo lança camisa em homenagem ao ex-jogador Mendonça». ge. Consultado em 28 de maio de 2024
- ↑ Emanuelle Ribeiro (5 de julho de 2019). «Morre Mendonça, ex-meia e ídolo alvinegro, após dois meses internado em estado grave». ge. Consultado em 28 de maio de 2024
- ↑ Emanuelle Ribeiro (5 de julho de 2019). «Ídolo do Botafogo, Mendonça lutou contra o alcoolismo no fim da vida: "Sofreu muito"». ge. Consultado em 28 de maio de 2024