Marianinha-amarela
Marianinha-amarela | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Capsiempis flaveola (Lichtenstein, 1823)[3] | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição geográfica da marianinha-amarela.
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Sinónimos | |||||||||||||||
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Tiraninho-amarelo[5] ou marianinha-amarela[6] (Capsiempis flaveola) é uma espécie de ave passeriforme da família Tyrannidae que vive nas Américas Central e do Sul, desde Nicarágua até o nordeste da Argentina e o sudeste do Brasil. É o único membro do gênero Capsiempis, sua taxonomia tem sido instável e já foi colocada anteriormente em pelo menos três gêneros.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A marianinha-amarela era anteriormente incluída no gênero Phylloscartes, porém evidências de crânio e siringe sugerem outras relações dentro da família Tyrannidae.[4]
Os amplos estudos genético-moleculares realizados por Tello et al. (2009) descobriram uma grande quantidade de novas relações dentro da família Tyrannidae que, no entanto, não estão refletidas na maioria das classificações.[7] Seguindo estes estudos, Ohlson et al. (2013) propuseram a divisão da família Tyrannidae em cinco. De acordo com essa proposta, Capsiempis permanece em Tyrannidae, na subfamilia Elaeniinae, na tribo Elaeniini, junto a Elaenia, Tyrannulus, Myiopagis, Suiriri, Serpophaga, parte de Phyllomyias, Phaeomyias, Nesotriccus, Pseudelaenia, Mecocerculus leucophrys, Anairetes, Polystictus, Culicivora e Pseudocolopteryx.[8]
Subespécies
[editar | editar código-fonte]Segundo as classificações do Congresso Ornitológico Internacional (IOC)[9] e Clements Checklist v.2017,[10] são reconhecidas 5 subespécies, com sua correspondente distribuição geográfica:[4]
- Capsiempis flaveola semiflava (Lawrence, 1865) - sul de Nicarágua para o sul até o leste do Panamá, incluindo a Ilha Coiba.
- Capsiempis flaveola leucophrys Berlepsch, 1907 – centro-norte da Colômbia (Sucre para o leste até o vale do Rio Magdalena) e noroeste da Venezuela (base da Sierra de Perijá para o sul até Táchira e oeste de Mérida, e sudoeste de Lara).
- Capsiempis flaveola magnirostris Hartert, 1898 - sudoeste do Equador (Pichincha para o sul até Guayas e El Oro).
- Capsiempis flaveola cerula Wetmore, 1939 - localmente ao leste dos Andes na Colômbia, Venezuela, Guianas, norte de Brasil (leste do Amazonas e Rio Branco para o leste até o Amapá), leste do Equador, sudeste do Peru e norte da Bolívia.
- Capsiempis flaveola flaveola (Lichtenstein, 1823) - leste da Bolívia (norte de Santa Cruz) para o leste até leste e sudeste do Brasil (Pernambuco a Rio Grande do Sul), leste do Paraguai e nordeste da Argentina (Misiones).
A subespécie proposta por Zimmer em 1955, C. f. amazonus, que ocorreria nas Guianas e no norte do Brasil, descrita com base em alguns poucos espécimes, parece não ser claramente distinguível de cerula em um maior número de espécimes, e está incluída nesta.[4][9]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome do gênero “Capsiempis” deriva do grego “kaptō, kapsō”: engolir e “empis, empidos”: mosquito; significando “que engole mosquitos”;[11] e o nome da espécie “flaveola”, tem origen no latim “flaveolus”: amarelado.[12]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A marianinha-amarela mede entre 10,5 e 11,4 cm de comprimento e pesa cerca de de 8 g. Tem um bico muito fino de formato semelhantes aos de um pequeno Vireo ou de mariquitas. É verde-oliva pro cima e amarelo-intenos por baixo. Apresenta uma listras superciliares esbranquiçadas ou amrelo-pálidas. As asas e a cauda são de coloração marrom-escura com penas com extremidades amarelas e duas faixas amareladas na cauda. Machose fêmea são semelhantes, mas os juvenis são mais amarronzados por cima e tem a coloração amarela mais pálida.
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Sua área de distribuição se estende através das Américas do Sul e Central. Está presente em Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.[1]
Esta espécie ocorre em áreas de mata, bordas de floresta e próximo a rios, vegetação secundária densa e gramíneas ou clareiras arbustivas.[1]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]Alimentação
[editar | editar código-fonte]A marianinha-amarela é um pássaro ativo que é geralmente visto em pares ou grupos familiares, alimentando-se de insetos, aranhas e pequenas bagas. Geralmente pegam suas presas nas folhas das árvores.
Reprodução
[editar | editar código-fonte]Constrói ninhos em forma de tigela com fibras de plantas e folhas de grama, forrados na parte externa com musgo. Eles os colocam em alturas entre 2–7 m em árvores, arbustos e campos de milho. Geralmente são postos dois ovos brancos, na maioria das vezes sem manchas ou com manchas marrom-avermelhadas claras.
- ↑ a b c BirdLife International (2012). «Capsiempis flaveola». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013
- ↑ Cabanis, J.; Heine Sr., F. (1859–1860). «Verzeichniss der ornithologischen Sammlung des Oberamtmann Ferdinand Heine, auf Gut St. Burchard vor Halberstadt». Museum Heineanum (em alemão). II. Theil, die Schreivögel enthaltend. [1–2] pp. 1-176. Halberstadt: R. Frantz. p. 56. doi:10.5962/bhl.title.112135
- ↑ Lichtenstein, M.H.C. (1823). Verzeichniss der Doubletten des zoologischen Museums der Königl. Universität zu Berlin nebst Beschreibung vieler bisher unbekannter Arten von Säugethieren, Vögeln, Amphibien und Fischen (em latim e alemão). Berlín: T. Trautwein. p. 56. doi:10.5962/bhl.title.40281
- ↑ a b c d Yellow Tyrannulet (Capsiempis flaveola) em Handbook of the Birds of the World - Alive (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2018.
- ↑ «Tyrannidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ Tello, J. G., Moyle, R. G., Marchese, D.J. & Cracraft, J. (2009). «Phylogeny and phylogenetic classification of the tyrant flycatchers, cotingas, manakins, and their allies (Aves: Tyrannides)» (PDF). Cladistics (25). pp. 1–39. ISSN 0748-3007. doi:10.1111/j.1096-0031.2009.00254.x
- ↑ Ohlson, J.I.; Irestedt, M.; Ericson, P.G.P.; Fjeldså, J. (2013). «Phylogeny and classification of the New World suboscines (Aves, Passeriformes)» (PDF). Zootaxa (em inglês). 3613. pp. 1–35. ISSN 1175-5326. doi:10.11646/zootaxa.3613.1.1
- ↑ a b Gill, F. & Donsker, D. (Eds.). «Tyrant flycatchers». IOC – World Bird List (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2018
- ↑ Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan & C. L. Wood (2017). «The eBird/Clements checklist of birds of the world: v2017». The Cornell Lab of Ornithology (Planilha Excel) (em inglês). Disponible para download
- ↑ Jobling, J. A. (2017). Capsiempis Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 27 de novembro de 2017.
- ↑ Jobling, J. A. (2017) flaveola Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 27 de novembro de 2017.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hilty, Birds of Venezuela, ISBN 0-7136-6418-5
- Stiles and Skutch, A guide to the birds of Costa Rica ISBN 0-8014-9600-4
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Fotos da marianinha-amarela Arquivado em 10 de julho de 2015, no Wayback Machine. em antpitta.com
- Vídeos, fotos e sons de Capsiempis flaveola em The Internet Bird Collection.
- Sons e mapa de distribuição de Capsiempis flaveola no xeno-canto.
- Fotos e sons de Capsiempis flaveola no Wikiaves.