Estádio Nabi Abi Chedid
Estádio Nabi Abi Chedid | |
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Nomes | |
Nome | Estádio Nabi Abi Chedid |
Apelido | Nabizão |
Antigos nomes | Estádio Marcelo Stéfani |
Características | |
Local | Bragança Paulista, São Paulo, Brasil |
Gramado | Grama natural (105 x 68 m) |
Capacidade | 12,332 (Engenharia)[1] 15,010 (Bombeiros)[2] |
Construção | |
Data | 1949 |
Inauguração | |
Data | 1949 |
Partida inaugural | Red Bull Bragantino 2 x 1 Mogiana (Campinas) |
Primeiro gol | Sacadura (Red Bull Bragantino) |
Recordes | |
Público recorde | 15,000 pessoas[3] |
Data recorde | 26 de agosto de 1990 |
Partida com mais público | Red Bull Bragantino 1 x 1 Novorizontino |
Outras informações | |
Remodelado | 2019[4] |
Proprietário | Red Bull Bragantino |
Administrador | Red Bull Bragantino |
O Estádio Nabi Abi Chedid, originalmente conhecido como Estádio Marcelo Stéfani e apelidado popularmente como "Nabizão", é um estádio de futebol localizado na cidade de Bragança Paulista, São Paulo, Brasil. Sua capacidade atual é de 15 010 pessoas.[2] Foi construído em 1949, mas a inauguração oficial deu-se apenas em janeiro de 1965.[5] O estádio é de propriedade do Red Bull Bragantino.
Até 6 de janeiro de 2009 seu nome era Estádio Marcelo Stéfani (1914—1985), ex-jogador e ex-presidente do clube. No entanto, a direção do Bragantino decidiu mudá-lo para Estádio Nabi Abi Chedid.[6] Nabi Abi Chedid era o pai do presidente do clube, Marquinho Chedid. A área esportiva que abriga o estádio, então, passou a chamar-se Marcelo Stéfani. A troca de nome foi reprovada por boa parte da população da cidade.[7]
Após ser adquirido pela empresa de energéticos Red Bull em 2019, o CEO do clube, Thiago Scuro, divulgou detalhes da reforma de expansão do estádio, que duraria dois anos, começando no primeiro trimestre de 2020.[8] A ideia é de que o Nabizão tenha formato similar ao de uma arena, com capacidade para vinte mil pessoas.
Jogos decisivos
[editar | editar código-fonte]Em 1990 sediou a final do Campeonato Paulista, quando o time da casa se sagrou campeão. Nessa final, o estádio recebeu seu maior público: 26 mil pessoas,[5] sendo onze mil não-pagantes.[9]
No ano seguinte foi palco da final do Campeonato Brasileiro, já que o Bragantino não abriu mão do direito que detinha de mandar o jogo decisivo em casa,[10] apesar da perspectiva de arrecadar cerca de trezentos mil dólares se o segundo jogo também fosse realizado no Estádio do Morumbi.[11] A escolha não foi bem-vinda pelo São Paulo, como observou o técnico Telê Santana: "Lamento apenas que a decisão tenha ocorrido no Marcelo Stéfani. O Brasil tem, pelo menos, cinco grandes estádios onde este jogo poderia acontecer. Paciência."[12] O Jornal da Tarde, de São Paulo, definiu assim a escolha: "A final em Bragança tinha o requinte de uma quermesse, em que o padre acaba sendo o maior contemplado."[11]
O público neste jogo foi de 12 492 pagantes, parte deles abrigada em arquibancadas de madeira: foi o menor público em uma decisão de Campeonato Brasileiro em todos os tempos.[13] Apesar desse público pequeno, o aparato policial foi grande, com oitocentos soldados da Polícia Militar e mais dois carros da Tropa de Choque na cidade, o que assustou parte dos moradores, acostumados a uma rotina mais pacata.[11] O jogo foi acompanhado in loco por 114 emissoras de rádio do Brasil inteiro (de lugares distantes como Rondonópolis e Cuiabá)[14] e até pela Rádio BBC,[11] de Londres. Após uma vitória pelo placar mínimo no Morumbi, um empate sem gols em Bragança deu ao São Paulo o título.
Em 2018, recebeu a final da Série A3 do Campeonato Paulista. Como mandante, o Sport Club Atibaia venceu a Associação Atlética Portuguesa por 2 a 1.
Em 2019 foi o palco da histórica campanha do Bragantino no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019 - Série B, que se estabeleceu como o início da parceira entre a instituição e a empresa Red Bull, originando o RB Bragantino para as temporadas de 2020 em diante. Inclusive, o estádio chegou a receber o jogo que confirmou o título (Bragantino 1x1 Criciúma) e também o jogo da entrega da taça de campeão (Bragantino 2x0 CRB). Jogando no "Nabizão", o Bragantino não perdeu sequer um jogo na competição, conquistando 13 vitórias e 6 empates (78,95% de aproveitamento).
- ↑ Ansel Lancman. «Estádio Nabi Abi Chedid-Laudo de Vistoria de Engenharia e Acessibilidade, página 13» (PDF). Federação Paulista de Futebol. Consultado em 16 de agosto de 2020
- ↑ a b Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. «Estádio Nabi Abi Chedid-Laudo de Segurança, página 8» (PDF). Federação Paulista de Futebol. Consultado em 16 de agosto de 2020
- ↑ Tonico Duarte (28 de agosto de 1990). «Bragantino campeão pensa no futuro». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo (35 440): 19. ISSN 1516-2931. Consultado em 25 de maio de 2022
- ↑ «Globo Esporte:Bragantino derruba muros e inicia reforma para projeto da arena no Nabizão; veja vídeo». 2 de dezembro de 2019. Consultado em 26 de fevereiro de 2020
- ↑ a b "Marcelo Stéfani", Placar número 1.129-A, julho de 1997, Editora Abril, pág. 106
- ↑ "'Nabi Abi Chedid' já é o nome do estádio do Bragantino", Gazeta Bragantina, 30/12/2008, acessado em 30/1/2009
- ↑ "Mudança de nome de estádio revolta população" Arquivado em 17 de fevereiro de 2009, no Wayback Machine., Henrique Nunes, Correio Popular, 14/2/2009, acessado em 14/2/2009
- ↑ «Scuro detalha reforma do Nabizão e anuncia criação de time feminino do RB Bragantino». Globo Esporte. 2 de dezembro de 2019. Consultado em 4 de abril de 2020
- ↑ "Tabelão", São Paulo em Ação número 2, 31/8/1990, Editora Abril, encarte central
- ↑ "Dois é bom, três é demais!", Placar número 1.194-A, agosto de 2001, Editora Abril, pág. 46
- ↑ a b c d "Bragança, feliz com o vice", Roberto Pereira de Souza, Jornal da Tarde, 10/6/1991, Edição de Esportes, pág. 2
- ↑ "Telê: é o fim da velha sina", Chico Lang, A Gazeta Esportiva, 10/6/1991, pág. 20
- ↑ "O golias não deu chance", Placar número 1.234, agosto de 2002, Editora Abril, pág. 25
- ↑ "Torcidas", A Gazeta Esportiva, 10/6/1991, pág. 4