Façanha de La Plata
Evento | Semi-final da Copa Libertadores da América de 1971 | ||||||
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Data | 29 de abril de 1971 | ||||||
Local | Estadio Jorge Luis Hirschi, La Plata, Argentina | ||||||
Melhor em campo | Juan Manuel Bazurko | ||||||
Árbitro | Héctor Ortiz |
A Façanha de La Plata (em espanhol: La Hazaña de La Plata) é como ficou conhecida uma histórica partida de futebol válida pela fase de grupos da semi-final da Copa Libertadores da América de 1971 (à época um triangular), em 29 de abril daquele ano, em que o Barcelona de Guayaquil, do Equador, venceu, fora de casa, por 1 x 0, o Estudiantes de La Plata, da Argentina. O time argentino era o atual tricampeão da competição (1968, 1969 e 1970) e, até aquele dia, permanecia invicto jogando em casa na história de sua participação na Libertadores (até então, eram onze vitórias e um único empate – 0 a 0 com o Millonarios, em 1968).[1][2] A vitória do Barcelona levou a um aumento de sua popularidade, não apenas na suAa cidade sede (Guayaquil), mas em todo o Equador.[3]
No dia seguinte, na sessão de esportes do equatoriano El Universo, a chamada era “A inesquecível noite em que o Barcelona ganhou do Estudiantes”, e o texto “Muitos anos passarão, virá o ano 2000 e outras gerações com a chegada do século XXI. O homem chegará não apenas à lua mas a outros planetas, possivelmente a outro sistema solar, mas os torcedores equatorianos e particularmente os guayaquileños vão sempre se lembrar da noite em que o Barcelona venceu o Estudiantes de La Plata. O Barcelona realizou uma façanha que logo se converterá em lenda”.[4]
Pré-jogo
[editar | editar código-fonte]Em sua edição de 27 de abril de 1971, a revista esportiva argentina El Gráfico publicou um artigo na véspera da partida que dizia: "O que os alunos cantam ... Rapaz, traga outra xícara!". Entre outras coisas, o autor, Oswaldo Ardizzone, escreveu: "O Barcelona é uma equipe de terceira categoria na qual o maestro Spencer está fazendo a última parada de sua grande carreira goleadora". Devido à vitória anterior dos Estudantes sobre o Barcelona por 1 x 0 em Guayaquil, Ardizzone não poupou elogios para refletir sobre a eficácia dos jogadores do Estudiantes quando atuaram como visitantes: "Eles resolveram o jogo com nada mais do que aquela organização para enfrentá-lo. segurança e serenidade do time que sabe o que quer. Quem sabe que nesses tipos de confrontos você não ganha mais que o suficiente, mesmo que o rival seja a terceira categoria (...) eu sei que o Barcelona é um time da terceira categoria, mas o jogo foi lá, em Guayaquil, com os tribunos de Guayaquil e com os 35 graus de Guayaquil."[5]
Essas linhas eram ofensivas no Equador, a ponto de a edição de 3 de maio de 1971 do jornal local El Universo intitular: "A revista El Gráfico ridiculariza Guayaquil e os onze de Barcelona". De fato, a chamada equipe de "terceira categoria" acabou vencendo uma equipe experiente em sua própria casa e pela Copa, precisamente naquelas semifinais da Copa.
Ficha técnica da partida
[editar | editar código-fonte]29 de abril de 1971, 21:30 | Estudiantes de La Plata | 0:1 | Barcelona | |
Detalhes | 62' Juan Manuel Bazurko | Público: 20 000 Árbitro: Héctor Ortiz Assistente 1: Romualdo Arppi Filho Assistente 2: César Orozco |
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- ↑ globoesporte.globo.com/ O padre do Barcelona de Guayaquil
- ↑ CONMEBOL - Copa Libertadores 1971: Partidos
- ↑ Clásico del Astillero: A 44 años del Triunfo de la Plata. Guayaquil, 24 de febrero de 2015
- ↑ trivela.com.br/ Estudiantes reencontra adversário que protagonizou a “Façanha de La Plata”
- ↑ Vasconcellos R., Ricardo: La Hazaña de La Plata y la fobia de mirar hacia atrás. Diario "El Universo". Guayaquil, 26 de marzo de 2014