Forja Catalã
A forja catalã era um estabelecimento siderúrgico dedicado à redução direta do minério de ferro e à produção de ferro e aço[1] que empregava um forno de pedra com 2 metros de altura, cujos insufladores de ar eram por trompas d'água[2][3][4].
Essas forjas criadas em razão da influência islâmica[5] na região da Catalunha, Espanha, representaram um avanço tecnológico em relação aos fornos de lupa, uma vez que sua capacidade diária de produção era quase dez vezes maior[6][2]. Por este motivo, as forjas catalãs dominaram a produção de ferro na Europa do século XI ao século XV.
Ocorre que, com o surgimento dos altos fornos e do método de refino do ferro gusa, a indústria siderúrgica passou a preferir o processo de redução indireta do minério de ferro, aos poucos deixando de utilizar as forjas catalãs[7].
- ↑ BIEHL, Luciano Volcanoglo (2003). A ciência ontem, hoje e sempre. Canoas: ULBRA. 32 páginas
- ↑ a b Faciaben, Marcos Eduardo (22 de junho de 2012). «Tecnologia siderúrgica no Brasil do século XIX: conhecimento e técnica na aurora de um país (o caso da Fábrica de Ferro de São João do Ipanema)». Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em História Social). doi:10.11606/d.8.2012.tde-08112012-113010
- ↑ Landgraf, Femando José G.; Tschiptschin, André P.; Goldenstein, Hélio. «Notas sobre a história da Metalurgia no país». www.pmt.usp.br. Consultado em 25 de setembro de 2016
- ↑ Maia, Rafael Rocha (9 de maio de 2014). «Análise de inclusões de escória em amostras arqueológicas da fábrica de ferro de Ipanema.». Escola Politécnica - Universidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais). doi:10.11606/d.3.2014.tde-29122014-115425. Consultado em 25 de setembro de 2016
- ↑ Rodrigues, Manuel Ferreira; Mendes, José Maria Amado (1 de janeiro de 1999). História da indústria portuguesa: da idade média aos nossos dias (PDF). [S.l.]: Associação Industrial Portuense. p. 23. ISBN 9789721046948
- ↑ Noldin Júnior, José Henrique (2002). Contribuição ao estudo da cinética de redução de briquetes auto-redutores (PDF). Dissertação (Mestrado em Engenharia Materiais e de Processos Químicos e Metalúrgicos). Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. pp. 16–23
- ↑ Melo, Malard, Antonio Augusto (1 de janeiro de 2009). «Avaliação ambiental do setor de siderurgia não integrada a carvão vegetal do Estado de Minas Gerais.». PPGSEA - Mestrado profissional (Dissertações). Consultado em 25 de setembro de 2016