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Evidencialismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Evidencialismo em epistemologia consiste na ideia de que uma crença só se justifica se ela for suportada por uma evidência. Essa posição foi defendida principalmente por Richard Feldman e Earl Conee. [1]. A ideia de que aquilo que justifica nossas crenças são evidências é bastante intuitiva e foi aceita sem maior discussão na história da filosofia. Mas, segundo esses autores, ela foi desafiada por teorias externalistas da justificação, como a teoria causal da conhecimento [2] e o confiabilismo de processo (process confiabilism), defendido por Alvin Goldman [3]. Segundo essa última teoria, aquilo que justifica uma crença é um processo causal que torna a crença confiável. Teorias externalistas da crença se baseiam em casos como os de crenças que atribuímos a crianças pequenas e animais, que não são capazes de as justificar, ou de crenças que muitas vezes possuímos (por exemplo, o número de um telefone) mas que já há muito esquecemos onde as aprendemos e por isso não temos a menor ideia de que evidências internas teríamos para justificá-las.

Referências
  1. R. Feldman, E. Conee: ''Evidentialism: Essays in Epistemology''. Oxford: Clarendon Press, 2004
  2. Alvin Goldman: "A Causal Theory of Knowing", The Journal of Philosophy, 1967
  3. "What is Justified Belief?", in G. Pappas (ed.) Justification and Knowledge, Boston: D. Reidel, 1979