Gaze
A gaze ou gaza (do hindustani gazi e do árabe غزة ghazza) é um tecido leve, fino e transparente, de algodão ou de seda, muito poroso, estéril (ou esterilizável), de elasticidade, espessura, forma, reticulado e tamanho variáveis, conforme o uso a que se destina.
É empregada costumeiramente em curativos e intervenções cirúrgicas, podendo estar impregnada de medicamentos tais como antissépticos.[1]
Etimologia e história
[editar | editar código-fonte]Segundo Houaiss,[2] o termo provém do hindustâni-persa gazī, provavelmente derivado do persa gaz no sentido de 'vara', em alusão à largura do tecido cujo nome seria derivado do topônimo Gaza, na Palestina,[3] onde se supõe a existência de uma antiga indústria têxtil.[4]
Apesar da proibição do comércio com não cristãos pelas autoridades religiosas da Europa medieval, um tipo fino de seda conhecido como gazzatum era importado de Gaza já no século XIII. [5] Ainda que os membros de ordens religiosas na Europa fossem proibidos de usá-lo, seu uso, para diversos fins, inclusive no vestuário, acabou por se difundir no continente.[5]
Uso médico
[editar | editar código-fonte]Em medicina, o uso da gaze atende quase sempre a uma ou mais das seguintes finalidades:
- Proteção mecânica da área afetada;
- Reforço estrutural da superfície local;
- Contenção ou minimização de hemorragias;
- Absorção de exsudatos ou secreções oriundas do tecido afetado;
- Impedimento, minimização ou prevenção de infecções recorrentes.
Se destinada a aplicação direta sobre um ferimento ou traumatismo, a atadura de gaze costuma ser fixada por esparadrapos ou por fitas adesivas (também estéreis). Se destinada a proteção e reforço estrutural, a atadura de gaze deve ser convenientemente enrolada em volta da área afetada.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 842.
- ↑ Dicionário Houaiss: 'gaze' [etimologia]
- ↑ «Gauze | Lightweight, Breathable, Soft | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 14 de novembro de 2023
- ↑ TAYLOR, Isaac (2005). Words and Places Or Etymological Illustrations of History, Ethnology and Geography. [S.l.]: Kessinger Publishing. p. 288. ISBN 978-1-4179-7157-2
- ↑ a b GARRISON, Webb B. (2008). Why You Say It. [S.l.]: Read Books. p. 261. ISBN 978-1-4437-3182-9