Broches celtas
O broche Celta é um tipo particular de broche usada pelas populações celtas para fixar peças de roupa ao corpo (conhecida como manto). Artefatos deste tipo são geralmente datados dos primeiros séculos da Alta Idade Média e produzidos nas Ilhas Britânicas . Caracterizam-se pela presença de um longo pino preso a um anel.
Existem três tipos:
Broches Penanulares - com anel aberto, destinadas a fixar o tecido sem perfurá-lo; Broches pseudo- penanulares - anel fechado com simulação dos ápices terminais; Broches de cardo - de formato mais simples, produzidas durante as últimas fases da Era viquiingue (século XI).
Inicialmente um simples elemento metálico de suporte nas vestimentas dos celtas, cujo uso remonta ao início da Idade do Ferro , as fíbulas tornaram-se verdadeiros objetos de ourivesaria entre os séculos VIII e X. Artefactos extremamente preciosos foram produzidos nesse período para as elites gaélicas dominantes na Escócia e na Irlanda , constituindo uma parte fundamental da arte celta medieval inicial e, especificamente, da chamada arte insular.
Origem
[editar | editar código-fonte]Nos séculos III e IV, houve difusão de um tipo de broche penanular (presumivelmente no sudoeste da Grã-Bretanha e no País de Gales , segundo as descobertas realizadas) com extremidades apicais do anel de consideravel dimensão e decoradas com motivos zoomórficos, com ou sem cabeças humanas, e esmalte[1][2]. O modelo desapareceu da Grã-Bretanha no século V[3], mas foi revivido e desenvolvido na Irlanda nos séculos VI e VII: as pontas tornaram-se mais grossas, as decorações zoomórficas com acréscimos abstratos mantiveram-se e o esmalte era acompanhado com incrustações de vidro. O comprimento do pino aumenta até quase o dobro do diâmetro do anel[4]. Paralelamente aos gaélicos da Irlanda, os gaélicos escoceses e os pictos também desenvolveram penanulares, embora recorrendo a características estilísticas de decoração comuns ao resto da produção de ourivesaria local (por exemplo, relicários cristãos).[5]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Briggs, Stephen. "The Roscrea Brooch Re-Provenanced?". Ulster Journal of Archaeology, volume 74, 2017.
- Dickinson, Tania M. Fowler's Type G penannular brooches reconsidered, 1982, Medieval Archaeology, PDF
- Edwards, Nancy. The Archaeology of Early Medieval Ireland. Routledge, 1996, ISBN 0-415-22000-9, ISBN 978-0-415-22000-2
- Gere, C. and Rudoe J. Jewellery in the Age of Queen Victoria: a Mirror to the World. British Museum Publications, 2010. ISBN 0-7141-2819-8
- Henderson, George; Henderson, Isabel. The Art of the Picts: Sculpture and Metalwork in Early Medieval Scotland. Thames and Hudson, 2004. ISBN 978-0-5002-8963-1
- Johns, Catherine. The Jewellery of Roman Britain: Celtic and Classical Traditions, Routledge, 1996. ISBN 978-1-85728-566-6
- Laing, Lloyd Robert. The archaeology of late Celtic Britain and Ireland, c. 400–1200 AD. Taylor & Francis, 1975. ISBN 978-0-416-82360-8
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- "Ship": Larsen, Anne Christine (ed), The Vikings in Ireland, 2001, The Viking Ship Museum, Roskilde, ISBN 87-85180-42-4, online text Arquivado em 2016-03-05 no Wayback Machine
- Wallace, Patrick F.; Ó Floinn, Raghnall (eds) (2002). Treasures of the National Museum of Ireland: Irish Antiquities, Gill & Macmillan, Dublin, ISBN 0-7171-2829-6
- Whitfield, Niamh (2001). The "Tara" Brooch, in Hourihane, Colum (ed), From Ireland coming: Irish art from the early Christian to the late Gothic period and its European context. Princeton University Press, 2001. ISBN 0-691-08825-X, 9780691088259
- Whitfield, Niamh (2005). "A brooch fragment from Dublin", in Bork, Robert Odell and Montgomery, Scott, De re metallica: the uses of metal in the Middle Ages, 2005, Ashgate Publishing, Ltd., ISBN 0-7546-5048-0, ISBN 978-0-7546-5048-5, google books
- Whitfield, Niamh. "More Thoughts on the Wearing of Brooches in Early Medieval Ireland". In: Hourihane, Colum (ed), Irish Art Historical Studies in honour of Peter Harbison, 2004. ISBN 978-1-8518-2847-0
- Youngs, Susan (ed). The Work of Angels: Masterpieces of Celtic Metalwork: 6th to 9th Centuries. University of Texas Press, 1989. ISBN 978-02927-9058-2