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Imbituba

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 Nota: Não confundir com Imbituva (no Paraná).

Imbituba
  Município do Brasil  
Zimba
Zimba
Zimba
Símbolos
Bandeira de Imbituba
Bandeira
Brasão de armas de Imbituba
Brasão de armas
Hino
Lema Imbituba, um mar de oportunidades
Gentílico imbitubense
Localização
Localização de Imbituba em Santa Catarina
Localização de Imbituba em Santa Catarina
Localização de Imbituba em Santa Catarina
Imbituba está localizado em: Brasil
Imbituba
Localização de Imbituba no Brasil
Mapa
Mapa de Imbituba
Coordenadas 28° 14′ 24″ S, 48° 40′ 13″ O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Municípios limítrofes Garopaba, Imaruí, Paulo Lopes e Laguna
Distância até a capital 90 km
História
Fundação 21 de junho de 1958 (66 anos)
Administração
Prefeito(a) Rosenvaldo da Silva Junior[1] (PSB, 2021–2024)
Vereadores 13
Características geográficas
Área total [2] 184,787 km²
População total (Censo IBGE/2022[3]) 52 579 hab.
Densidade 284,5 hab./km²
Clima Subtropical úmido (Cfa)
Altitude 10 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 88780-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,765 alto
PIB (IBGE/2020[5]) R$ 2 148 020 mil
PIB per capita (IBGE/2020[6]) R$ 47 432,32
Sítio www.imbituba.sc.gov.br (Prefeitura)
www.imbituba.sc.leg.br (Câmara)

Imbituba é um município brasileiro, situado no litoral sul do estado de Santa Catarina. De acordo com estimativas do Censos 2022 do IBGE, sua população é de 52.581 habitantes, com uma unidade territorial de 182,9290 km².

Considerada a capital nacional da Baleia-franca, é em Imbituba que se encontra o ponto de origem do datum altimétrico, uma vez que, neste município, o nível médio do mar apresenta menor variação, segundo o marégrafo instalado no porto de Imbituba.[7]

História

Período pré-colonial

No litoral Sul de Santa Catarina o registro de ocupação humana é de aproximadamente 6.000 A.P. com a presença dos grupos construtores dos sambaquis que ocuparam vastamente a região (monte de conchas). Mais recentemente, um pouco antes da colonização europeia nas terras brasileiras, por volta de 700 A.P a região recebe os grupos indígenas conhecidos como Tupi-Guarani (grafia com hífen remete a tradição linguística do grupo) que teriam partido da Amazônia seguindo os grandes rios, principalmente os Rios Paraguai e Paraná até a foz do Rio da Prata, daí então se voltando para o litoral sul do Brasil.

Nesse panorama de ocupação regional Imbituba se apresenta como um local de grande potencial arqueológico onde atualmente existem 43 (quarenta e três) sítios arqueológicos mapeados, sendo 42 (quarenta e dois) relacionados a povos pré-coloniais como os sambaquis e Tupi-guarani e 1 (um) relacionado com a ocupação colonial e a prática da caça da baleia. Entre os mais recentes podemos citar o sítio pré-colonial Aldeia Ribanceira I.

O sítio arqueológico Aldeia Ribanceira I

Anzol confeccionado em osso atribuido a Tradição Tupiguarani. Escavada por arqueólogos no sítio arqueológico Aldeia Ribanceira 1, em Imbituba SC. Foto: Sapienza Arqueologia

O sítio atribuído a Tradição Tupi-guarani foi mapeado por arqueólogos durante o levantamento arqueológico para a implantação de empreendimento residencial no bairro Vila Esperança. Situado em patamar geomorfológico de planície litorânea apresentou contexto de implantação diferenciado, com a camada arqueológica entre 0,60 e 2,0 metros de profundidade. Com a escavação se percebeu que a estratigrafia do sítio foi marcada por solo arenoso, composto por uma camada escurecida resultante de queima (manchas), cujos dados apontaram para duas grandes manchas de terra escura, com diversos focos de queima.

As datações obtidas para o sítio arqueológico mostraram datas entre 404-+40 e 802+-40 A.P..

Escavação de Vasilha da Tradição Tupiguarani. Escavada por arqueólogos no sítio arqueológico Aldeia Ribanceira 1, em Imbituba SC. Foto: Sapienza Arqueologia

Entre os elementos arqueológicos identificados no salvamento merecem destaques: anzol - confeccionado em osso, lâmina de machado – confeccionado em pedra, e a vasilha de tamanho grande confeccionada em argila, identificada entre 1,90 e 2,20 metros de profundidade, além de uma quantidade expressiva de fragmentos de afiadores líticos, pequenas lascas e peças cerâmicas de diversos tamanhos, que muitas vezes estavam associadas às estruturas de combustão.

Sambaquis

Os sambaquis são sítios arqueológicos que foram construídos lentamente, durante muitos anos. “É uma palavra de etimologia Tupi (...). 'Tamba' significa conchas e 'Ki' amontoado, que são as características mais marcantes desse tipo de sítio”. Os sambaquis destacam-se como os sítios arqueológicos mais antigos da costa litorânea brasileira.

Sepultamento escavado no sambaqui Cabeçuda-01 em Laguna, Santa Catarina. Foto: Alexandro Demathé. Acerto GRUPEP-Arqueologia
Sambaqui Garopaba do Sul em Jaguaruna, Santa Catarina. Foto: Alexandro Demathé
Zoólito em formato de peixe. Foto: Alexandro Demathé. Acerto GRUPEP-Arqueologia

As características mais marcantes de um sambaqui são a sua forma monticular e o fato de serem constituídos por conchas, berbigões, ostras e moluscos. Os vestígios das ocupações nos sambaquis revelam muitos aspectos de sua cultura, tais como a estratégia ocupacional com feições relacionadas a organização social quando se observam as evidências de sepultamentos por exemplo. É importante descartar também que nas estruturas dos sambaquis são encontradas ostras abertas que possivelmente serviram de alimento e também fechadas, o que demonstra que os sambaquis não são constituídos primordialmente de restos alimentares, e por isso não podem ser classificados como “lixo dos índios”, mas sim um local sagrado elaborado para fins ritualísticos onde eram sepultados os mortos juntamente com alguns objetos ou adornos.

Em sítios arqueológicos são encontrados objetos utilitários feitos em pedra e osso, tais como: quebra coquinho, peso de rede, lâmina de machado, amós e pontas de lança óssea que eram presas em hastes de madeira e utilizadas na captura de pescados. Além de artefatos utilitários, confeccionavam adornos diversos, tais como colares, coroas e tembetás, para isso utilizavam conchas e dentes de animais, como tubarão, porcos-do-mato e jacaré, para pingentes, o que pode ter um significado importante na vida dos sambaquieiros, pois são animais agressivos, apresentando dificuldades para a caça ou a pesca dos mesmos. Todos esses artefatos citados são encontrados dentro da estrutura monticular do sambaqui e muitas vezes estão associadas a sepultamentos humanos. Ainda, entre os objetos mas que raramente são encontrados podemos destacar as esculturas conhecidas como Zoólitos (zoo = animal, lito = pedra) que impressionam pela aparência fidedigna com os animais que representam tais como, peixes, aves, tatus e outros.[8][9]

Ceramista - Guarani

Cerâmica Guarani. Foto: Alexandro Demathé. Acerto GRUPEP-Arqueologia
Cerâmica Guarani restaurada. Vasilha escavada por arqueólogos no sítio arqueológico Aldeia Ribanceira 1, em Imbituba SC. Foto: Sapienza Arqueologia

Os Ceramistas Guarani chegaram a Santa Catarina por volta de 700 anos A.P. Migraram da Amazônia, seguindo o rio Paraguai e Paraná, até a foz do rio da Prata, voltando-se para o litoral sul do Brasil.

Os Guarani que habitavam o litoral Catarinense são da Tradição Tupiguarani, esta tradição é “fruto de uma relação complexa entre dois tipos de classificações, uma linguística e outra cerâmica, que tem origem na história da pesquisa etnográfica do país.”.

A busca por novos territórios foi motivada por uma série de fatores, nos quais se destacam: uma mudança social e política dentro do sistema organizacional do grupo e a escassez de recursos na região Amazônica gerada pelo fenômeno El Niño que pode ter sido responsável pela famigerada busca pela “Terra sem Males”.

Cerâmica Guarani. Vasilha escavada por arqueólogos no sítio arqueológico Aldeia Ribanceira 1, em Imbituba SC. Foto: Sapienza Arqueologia

Construíam suas aldeias geralmente em áreas de posições elevadas, nas encostas dos morros e próximos a rios, locais com boa visibilidade, que proporcionasse melhores condições naturais para sobrevivência do grupo, em especial, o desenvolvimento da agricultura de subsistência, pesca, caça e coleta. Confeccionavam seus artefatos em pedra, madeira e barro, entre os objetos feitos com pedra se destacavam as lâminas de machado polido, os enxós, os afiadores e os tembetás, este último, usado como adorno.  Entre os artefatos em madeira se podem citar as lanças e os arcos de lançar as flechas, esses objetos são raramente identificados nos sítios arqueológicos, uma vez que são constituídos de material degradável, e não resistem ao tempo. Contudo, o artefato cerâmico representado pelas vasilhas e potes são elementos determinantes para a caracterização de um sítio arqueológico Guarani. A confecção desses objetos representa muito além do utilitário cotidiano de cozinhar e armazenar alimentos servia como parâmetro de status social de uma tribo perante outras, e também poderiam servir de urna funerária, quando de tamanho grande, sendo esta sua última finalidade. Além disso, a confecção dessas vasilhas cerâmicas influenciava fortemente na escolha do espaço geográfico para o acampamento do grupo, uma vez que, por variar de tamanho (grande e médio porte) não eram de fácil mobilidade, dificultando o nomadismo e contribuindo para a fixação do grupo em lugares com matéria-prima (argila).[10][11][12][13][14][15][16]

Ceramista - Jê

Cerâmica Jê. Foto: Alexandro Demathé. Acerto GRUPEP-Arqueologia

Os ceramistas Jê, migraram do centro-oeste do Brasil e chegaram a Santa Catarina por volta de 1.000 anos A.P. Habitavam regiões da encosta e planalto, porém há registros arqueológicos e etnográficos de ocupação sazonal desses grupos no litoral Catarinense.[17] Desse modo, no inverno aproveitavam a safra de pinhão, e no verão, desciam para o litoral em busca de alternativas alimentares para a subsistência. Em Araranguá não há até o momento registro de sítios arqueológicos atribuídos a esses grupos, no entanto o que se sabe é que os municípios limítrofes localizados próximo a encosta da serra é comum a presença vestígios arqueológicos e dados etnohistóricos relacionados a eles.

Viviam em aldeias e possuíam uma média e baixa mobilidade territorial, uma vez que praticavam a horticultura, porém tinham forte dependência da caça e da coleta de frutos. Suas habitações eram basicamente de dois tipos: piso rebaixado e as mais duradouras construídas na superfície do chão. As estruturas de piso rebaixado são atualmente um importante indicador de sítio arqueológico atribuído a esses grupos, já que a depressão no solo é comumente evidenciada de forma rasa, aliada ou não a evidências de carvão e fragmentos líticos e cerâmicos.[17][18][19]

A matéria prima utilizada na confecção dos artefatos se resumia a pedra, o barro, e a madeira, esta última porém, não é encontrada em sítios arqueológicos, uma vez que é degradável e não resiste ao tempo. No entanto, como há registro documental de contato desses grupos com os colonizadores europeus, as informações relativas ao modo de vida são bastante abrangentes. Entre os artefatos confeccionados, podemos citar os utilitários feitos em pedra - enxó e lâmina de machado,  os de barro - vasilhas geralmente pequenas e de espessura fina, e os adornos em pedra e madeira conhecidos como tembetás.

Do período colonial até a emancipação político administrativa

Imbituba, localizada no estado de Santa Catarina, Brasil, tem um histórico que remonta ao século XVII. Inicialmente fazia parte da Capitania de São Vicente e pertencia à região de Laguna.[20][21] O processo de povoamento em Imbituba teve início com a presença de populações indígenas e de naufrágios, além de conflitos entre reinos de Portugal e Espanha[22] e a influência dos moradores de São Vicente.[20][23]

Em 1738, a Capitania de Santa Catarina foi criada para fins estratégicos político-militares, separando-se da jurisdição de São Paulo e tornando-se subordinada ao Rio de Janeiro.[20] Para aumentar a população de Santa Catarina, a imigração de pessoas das regiões dos Açores e da Madeira foi incentivada durante a segunda metade do século XVIII, ampliando assim o crescimento econômico e demográfico.[20]

Praia do Rosa, em 2017

Assim foi criada a Freguesia de Santa Ana de Vila Nova em 1753, seguindo-se a fundação da Freguesia de Vila Nova de Santana em 1755.[24] Segundo registos de 1796, a Freguesia tinha uma população de 1.104 indivíduos (915 livres e 194 escravizados), divididos em 242 famílias.[24] Seus limites geográficos e estruturais englobavam áreas que hoje pertencem aos municípios de Imbituba, Imaruí e São Martinho.[24]

Imbituba a partir do pós-independência de 1822

No século XIX, Vila Nova tornou-se distrito do município de Laguna,[20] e a Freguesia de Mirim foi criada em 1856.[24][25] A economia de Imbituba nos séculos XVIII e XIX baseava-se principalmente na agricultura, bem como atividades artesanais e nas pescas baleeiras.[26] A força de trabalho para essas atividades dependia fortemente de indivíduos escravizados.[27][28][29]

Além disso, com a utilização do porto de Imbituba e a conclusão da estrada de ferro Theresina Cristina em 1884, a região conheceu um desenvolvimento secundário no transporte de carvão e outros recursos durante o final do século XIX.[20][30]

O Município de Imbituba foi criado em 30 de agosto de 1923, e instalado em 1 de janeiro de 1924, tendo sido eleito o engenheiro Álvaro Monteiro de Barros Catão como intendente municipal, cargo que o possibilitou chefiar o Executivo do município por quase 7 anos. Porém, em 6 de outubro de 1930, pelo decreto do Governador Provisório do Sul do Estado, foi suprimida sua autonomia como município.[31][32] Por fim, em 21 de junho de 1958 ocorreu a segunda emancipação de Imbituba, onde o município foi instalado em 5 de agosto de 1958 e separou-se oficialmente de Laguna em 6 de outubro de 1959.[32][33]

Nesse contexto de redemocratização e recuperação da autonomia política, a primeira eleição direta da história de Imbituba para os cargos de chefe do poder executivo municipal (prefeito) e de representante no poder legislativo municipal (vereador) ocorreu em 3 de outubro de 1958 com os eleitos tomando posse no ano seguinte. Neste pleito, acabou Nelson Souza (UDN) sendo eleito prefeito municipal.[31]

Armação baleeira

A pesca da baleia foi estabelecida oficialmente no Brasil no século XVII, quando em 1602, Felipe II, Rei da Espanha e Portugal, deu a concessão para o início da captura de baleias francas. No ano de 1796 por determinação do Marquês de Pombal foi instalada a quarta armação baleeira do Brasil localizada em Imbituba.[34][35]

Na época, a instalação na armação baleeira foi sinônimo de progresso regional. A gordura do animal derretida resultava em tonéis de óleo que eram utilizados como matéria-prima mantenedora da iluminação pública de São Paulo e Rio de Janeiro. A construção civil também se beneficiou dessa prática, já que o óleo também era utilizado como argamassa  para o reboco das edificações construídas naquele período.[34][35][36]

A decadência das armações baleeiras tem início quando em 1801, foi assinado um decreto que estipulou o fim dos monopólios e consequente perda dos subsídios do governo imperial para as armações. Entre os anos de 1867 a 1870 a descoberta do petróleo americano com a fabricação do querosene contribuiu ainda mais para esse processo, juntamente com a fabricação do cimento Portland, uma vez que o óleo da baleia que era adicionado à argamassa seria substituído pelo cimento, o que tornaria tudo mais prático.[34][36]

Contudo, somente no ano de 1973 efetivamente o ciclo de pesca da baleia franca chega ao fim, levando à espécie à beira da extinção. Em 1982 ambientalistas liderados por Ibsen de Gusmão Câmara, redescobriram no Estado de Santa Catarina as últimas baleias francas brasileiras e iniciaram uma ação pela preservação e recuperação da espécie.[37]

Atualmente Imbituba abriga o Projeto Baleia Franca, uma ONG, localizada na Praia de Itapirubá, que tem como objetivo realizar pesquisa e garantir à conservação e proteção a baleia franca.[38]

Porto de Imbituba

A história do Porto de Imbituba está diretamente ligada à descoberta do carvão mineral no sul de Santa Catarina. No ano de 1835 a Assembléia Provincial de Santa Catarina encaminhou ao governo imperial um projeto solicitando a abertura de uma companhia para explorar o carvão na região. Assim, atendendo a solicitação da Assembléia em 1837 Santa Catarina oficializou a descoberta do carvão mineral, o que gerou uma grande estruturação política e econômica para a implantação da Estrada de Ferro e do Porto para viabilizar o escoamento do mineral.[34]

No ano de 1876 a exploração das jazidas carboníferas tem início através do capital estrangeiro representado pelas empresas: “The Tubarão Coal Mining Company Limited”, responsável pela extração mineral e pelos estudos de viabilidade para implantação do porto em Imbituba e a “The Donna Thereza Cristina”, que foi a responsável pela construção da estrada de ferro que integrou os municípios de Imbituba, Laguna, Tubarão, Jaguaruna, Criciúma, Lauro Muller, Urussanga e Araranguá .[34][36]

No ano de 1871 o projeto para a construção do Porto de Imbituba estava em processo, sendo previstos além de uma estrutura básica administrativa, a construção de um quebra-mar com galerias arcadas submersas. Contudo, o projeto precisou ser alterado por determinação do governo, sendo construído apenas um trapiche com 70 metros de extensão na mesma enseada onde arpoavam as baleias .[34][36]

Em 1894 ocorreu a primeira crise que afetou o Porto de Imbituba, nela foi colocado em dúvida a qualidade do carvão extraído na região. Portanto, para diluir esse evento, políticos locais promoveram um movimento a fim de obter incentivos comerciais, que foram sancionados apenas em 1895. Depois dessa primeira crise a companhia inglesa “The Tubarão Coal Mining Company Limited”, foi vendida para a empresa “Lage & Irmãos” .[34][36]

A partir de 1889 o Porto de Imbituba já era considerado o principal centro de escoamento de carvão do sul do Brasil. Portanto, apenas no ano de 1919 que a obra de infraestrutura projetada inicialmente foi completamente efetivada dando maior aporte estrutural ao Porto.[carece de fontes?]

Geografia

O município é dotado de poucas edificações com sua população se dispersando pelos distritos de Mirim, de Vila Nova e da Sede.

O maior bairro, em extensão territorial, é o Penha, com cerca de 35 quilômetros quadrados. Neste mesmo bairro, localiza-se o ponto mais elevado da cidade, o Morro da Penha, com cerca de 520 metros. O menor é o Village, com cerca de 530 metros quadrados.[39]

O bairro mais populoso, é a Nova Brasília, com aproximadamente 4.600 habitantes. O menos populoso, o Arroio do Rosa, com 250 moradores.[39]

Em relação à densidade demográfica, o bairro mais povoado é o Campestre, com 1.650 hab./km². O menos povoado é o Penha, com 10 hab./km².[39]

Organização político-administrativa

Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Imbituba

Sendo um município do Brasil, Imbituba é administrada por dois poderes, o executivo e o legislativo, independentes e harmônicos entre si. O primeiro é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários e eleito pelo voto popular para um mandato de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição para mais um mandato consecutivo, enquanto que o segundo é representado pela Câmara Municipal de Imbituba, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[40]

Com a exceção da eleição do engenheiro Álvaro Catão como intendente de Imbituba durante a República Velha na década de 1920, a primeira eleição direta da história da cidade para os cargos de chefe do poder executivo municipal (prefeito), de substituto desse chefe (vice-prefeito) e de representante no poder legislativo municipal (vereador) ocorreu em 3 de outubro de 1958 com os eleitos tomando posse no ano seguinte.[31]

As atuais autoridades que ocupam cargos da organização político-administrativa de Imbituba são as seguintes (data: 29 de maio de 2024):

Economia

Turismo

Imbituba possui praias importantes como a Praia do Rosa, considerada uma das 30 baías mais bonitas do mundo[42] e a Praia da Vila, que além de beleza cênica, formado por ilhas próximas uma das outras e trilhas como a Trilha Ecológica do Farol, possui uma das maiores e melhores ondas do Brasil para a prática do surf, e foi palco principal do campeonato mundial de surf (WCT) entre os anos de 2003 a 2010.

Esportes

Na década de 2000, Imbituba ganhou notoriedade no cenário esportivo internacional após sua escolha como sede da etapa brasileira do Circuito Mundial de Surfe (WCT), após a competição ser transferida de Saquarema, RJ para Florianópolis, capital do estado, com palco alternativo no município catarinense. Como Florianópolis não apresentou ondas condizentes com o torneio naquele ano e a etapa acabou sendo realizada em Imbituba, nos anos seguintes Imbituba virou a sede oficial da etapa brasileira do WCT até 2010.

A partir de 2011, Imbituba perdeu para a cidade do Rio de Janeiro a sede do WCT porque o retorno financeiro para o evento é muito maior lá.[43]

A cidade também sedia etapas do campeonato brasileiro de Windsurf e do de Kitesurf que são realizadas na Lagoa de Ibiraquera, considerada um dos melhores locais para a prática do esporte no país.

Imbituba também é sede do Imbituba Futebol Clube, equipe de futebol profissional, que atualmente encontra-se na terceira divisão do futebol catarinense, mas nos anos 2010 e 2011 disputou a elite do certame estadual.

Imbitubenses ilustres

  • Jorginho (jogador de futebol da seleção italiana).

Ver também

Referências

  1. a b c Prefeito e vereadores de Imbituba tomam posse; veja lista de eleitos em g1.globo.com
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «IBGE Panorama». População no último censo 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 8 de novembro de 2023. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de fevereiro de 2014 
  5. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2020». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  6. «Produto Interno Per Capita dos Municípios 2020». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 8 de novembro de 2023 
  7. «Datum Vertical: O Que É e Qual o do Brasil?». Consultado em 29 de maio de 2024 
  8. Gaspar, Madu (1999). Sambaqui: arqueologia do litoral brasileiro. [S.l.]: Editora Schwarcz - Companhia das Letras 
  9. Scunderlick Eloy de Farias, Deisi (2000). Arqueologia e Educação: uma proposta de preservação para os sambaquis do sul de Santa Catarina. (Jaguaruna, Laguna e Tubarão). Porto Alegre: Tese (Mestrado)-PUCRS. p. 167 
  10. ALVES, Claudia (1991). «A Cerâmica Pré - histórica Brasileira: Novas Perspectivas Analíticas». Clio Arq. Recife V.1 (7): 11-60 
  11. SCHMITZ, Pedro Inácio (1991). Pré-História do Rio Grande do Sul (PDF). São Leopoldo, RS: Instituto Anchietano de Pesquisas – UNISINOS 
  12. SCHMITZ, Pedro Ignácio (1999). «Caçadores-coletores do Brasil Central». Editora UFRJ. Pré-História da Terra Brasilis 
  13. Prous, André (1991). Arqueologia brasileira. [S.l.]: Editora Universidade de Brasília 
  14. Noelli, Francisco Silva (1999). «A OCUPAÇÃO HUMANA NA REGIÃO SUL DO BRASIL: ARQUEOLOGIA, DEBATES E PERSPECTIVAS - 1872-2000». Revista USP (44): 218–269. ISSN 2316-9036. doi:10.11606/issn.2316-9036.v0i44p218-269. Consultado em 6 de janeiro de 2022 
  15. Chmyz, Igor. «TERMINOLOGIA ARQUEOLÓGICA BRASILEIRA PARA A CERÂMICA». Consultado em 5 de janeiro de 2022 
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Ligações externas

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